- Agora, aluna aplicada, é a sua vez.

    Puta que pariu! Meu sangue recomeçou a ferver. Edward me olhava com olhos ferozes e famintos, como se fosse me atacar. Meu único desejo e pensamente era que ele realmente o fizesse.

   Naquele momento nada em minha vida era mais importante do que ter Edward em minha boca. Tudo que eu queria era sentir seu gosto, a textura de seu membro e saber até onde poderíamos chegar. Eu o queria e este era o meu objetivo. Tê-lo para mim e em mim.

    - Isabella, seu rosto corado deveria ser um motivo para me parar, no entanto, todas as vezes que a vejo desse jeito tenho vontade de ultrapassar todas as barreiras. É um estímulo muito forte.

    Seus dedos acariciavam meu rosto e cabelos, colocando-os atrás da orelha, como se eu fosse uma menina inocente a um passo da perdição. Bom... Esta era mesmo a minha realidade. Meus olhos não deixavam os dele tentando descobrir como poderia iniciar o que tanto desejávamos.

    - Uma moeda de ouro pelos seus pensamentos – ele sorriu gentilmente. O vermelho de meu rosto se espalhou pelas orelhas e desceu pelo pescoço. Engoli em seco. Edward sorriu mais largamente e beijou meus lábios com doçura. – Diga. Precisamos fazer isso juntos – sua voz calma e quente entrava pelos meus ouvidos e acionava os botões em meu ventre que me envolviam ainda mais nesta deliciosa necessidade que eu sentia dele.

    - Eu quero... – Fechei os olhos bastante constrangida, era algo inacreditavelmente íntimo mas eu precisava dizer. Estávamos juntos em toda esta loucura. Abri os olhos encarando seu rosto angelical e me enchi de coragem. – Quero fazer isso... Sentir o seu gosto... Em minha boca.

    Edward fechou os olhos como se minhas palavras fossem fortes demais para ele. Mordendo o lábio inferior puxou o ar com força e, quando abriu os olhos novamente, eles estavam negros, luxuriosos e penetrantes, alcançando não apenas a minha alma, também me tocavam e estimulavam bem... lá. No centro entre as minhas pernas. No mesmo lugar onde seus lábios brincavam anteriormente.

    Ele baixou o olhar e seus olhos quentes como brasas percorreram meu corpo nu. Uma de suas mãos desceu pela minha cintura, alcançando minha perna e acariciando minha coxa. Depois refez o caminho utilizando a mesma intensidade que me incendiava de dentro para fora.

    - Eu também – disse por fim. – Venha – ele me puxou e rolamos no colchão. Rapidamente eu estava sobre ele.

    Edward se acomodou no travesseiro e me aguardou. Seus olhos atentos a mim. Oh Droga! Como devo fazer Merda! Ele continuava me olhando, aguardando ansioso me deixando cada vez mais envergonhada. Deveria haver um “manual de práticas pré-sexuais para virgens” ou qualquer coisa parecida. Seria bastante útil neste momento. Meu professor sorriu. Droga! Ele se divertia com minha falta de experiência.

    - Por que não começa com o gel? Faça como eu fiz em você.

    Mordi os lábios adorando a ideia de poder tocá-lo completamente sem nenhum empecilho. Mas eu saberia como fazer?

    - Tome – ele me entregou o pequeno frasco. – Passe um pouco nas mãos e esfregue uma na outra para aquecer. – Obedeci ciente de que seus olhos me acompanhavam como um bom mestre faz com seu aluno. Com o óleo aquecido nas palmas das minhas mãos me preparei para iniciar meu trabalho, mas parei antes de alcançar seu peitoral.

    - Devo usar as algemas e vendá-lo também? – Edward riu e umedeceu os lábios.

    - Não. Como um bom professor devo guiá-la, Isabella – estreitou os olhos e sorriu de alguma piada interna o que me deixou intrigada e ao mesmo tempo irritada. – Calma! Estava apenas pensando no que você seria capaz de fazer, caso eu permitisse que me algemasse. – Ah!... Ah! Sorri maliciosa. Eu realmente faria. – Foco, Isabella. O óleo – sugeriu.

    Imediatamente coloquei minhas mãos sobre seu peito e iniciei a massagem. Edward me observava. Suas pupilas continuavam dilatadas a respiração foi ficando instável um pouco acelerada.

    - Pode espalhar o óleo por onde desejar, Bella – ok. Corri as mãos pelos seus ombros e bíceps. Voltei ao peitoral e desci pela barriga. Ele se mexeu um pouco e eu parei instantaneamente. – Continue – a voz rouca foi um excelente incentivo.

    Ele estava deitado com as pernas entre as minhas, eu sentada sobre o seu corpo com as mãos massageando eroticamente o pé da sua barriga. Edward mordeu levemente os lábios e fechou os olhos quando deixei que meu indicador corresse pela borda da sua cueca.

    - Quero que você tire – pedi ainda com a voz baixa. Eu podia ver a ereção do meu professor quase saltando de dentro do tecido e só esta ideia já me deixava com a mente completamente inundada de imagens e sensações.

    Edward se movimentou embaixo de mim e, com a minha tímida ajuda, retirou a cueca sem demonstrar nem um pouco de embaraço. Ele estava muito confortável o que me fazia desviar o foco e me perder em pensamentos pecaminosos.

    - E agora? – Perguntou observando atentamente minhas reações. Meus olhos estavam fixos em seu membro completamente rígido. Involuntariamente umedeci os lábios.

    - Puta que pariu Isabella, não faça isso – rosnou.

    - O que eu fiz? – Sussurrei sem saber ao certo o que tinha feito de errado para causar aquela reação.

    - O que você fez? O que você sempre faz sua diabinha.

    - Edward, eu... – Mordi o lábio inferior.

    - Continue Isabella... – Fiquei sem saber o que dizer. – A massagem... O óleo – revirou os olhos me deixando completamente envergonhada.

    - Ok.

    Peguei mais um pouco do óleo e esfreguei as mãos. Sem mais conversa peguei seu pau em minhas mãos sentindo o tecido escorregar com facilidade devido à lubrificação extra. Meu professor arqueou o corpo e soltou um gemido que acendeu tudo dentro de mim. Meu corpo estava em festa. Eu adorava vê-lo desta maneira.

    - Oh! Assim, Bella! – Movimentou seus quadris na direção das minhas mãos. Aumentei a pressão e ele gemeu mais me deixando quase em êxtase.

    Corri minha mão em seu pau mantendo-o preso entre meus dedos e comecei a masturbá-lo. Subindo e descendo meus dedos eu sentia que o produto esquentava ainda mais, eu acelerava e parava para potencializar os efeitos.

   Quando estava no meio destes movimentos subindo e descendo, vagarosamente, que me armei de coragem para fazer o que almejava.

    Edward estava de olhos fechados se deliciando com o calor do óleo e os movimentos implacáveis da minha mão. Eu muito excitada e louca de vontade de colocá-lo em minha boca. Sem que ele percebesse, inclinei minha cabeça em sua direção e quando terminava o subir de minha mão reiniciei o movimento de descida só que com os lábios.

    - Ah! Bella! – Gemeu como nunca havia feito antes. O som foi delicioso. Completamente “orgástico” e me deixou completamente molhada.

    Desci os lábios sentindo-o entrar em minha boca. Céus! Não cabia totalmente. Quando chegou até o ponto em que eu sabia não daria mais, apertei os lábios e o suguei. Achei que a seria uma ótima maneira de fazer uma vez que o termo utilizado pelas pessoas era “chupar”, então este deveria ser o movimento correto. Ou não?

    Bastou sugar seu membro, comprimindo-o em minha boca para que Edward soltasse outro gemido que derreteria qualquer calcinha. Ainda bem que eu não estava com a minha. Suas mãos agarraram meus cabelos, segurando com delicadeza as laterais do meu rosto acariciando-o. Subi os lábios imitando o movimento que minha mão fazia e deixei que minha língua roçasse toda a sua extensão. Queria sentir o seu sabor, a sua textura.

    - Oh, céus! – Seus quadris levantaram em direção à minha boca e ele se enterrou um pouco mais fundo. Hum! Assim era gostoso. Era como se minha boca estivesse sendo fodida. Pensar nisso fez com que todas as borboletas que voavam alegremente pelo meu estômago começassem a dar rasantes. Era delicioso.

    O gosto do óleo era bom, chiclete, o que tornava tudo mais doce, o sabor de Edward era magnífico e o cheiro, porque sim, eu sentia o seu cheiro com mais potência, estando tão perto, era inebriante. Sabonete, óleo e Edward, nu e cru, e todinho em minha boca. Ah, Deus! Era bom demais para ser verdade.

    Guiada por seus gemidos e os movimentos dos seus quadris, estabeleci um padrão para satisfazer as nossas necessidades. Eu segurava a sua base com a mão, mantendo-o à minha disposição e aos poucos o enterrava na boca aprofundando mais até senti-lo em minha garganta. Era um pouco angustiante. Eu tinha medo de forçar vômito, porém ao que parece, Edward se encaixava em mim com perfeição e conseguiu se acomodar completamente permitindo que continuássemos. Quando estava descendo o acariciava com os lábios e a língua, que fazia movimentos circulares e quando levantava o sugava com força até chegar na cabeça onde passava a língua e sugava com mais avidez, para depois recomeçar.

    Ok. Edward com a cabeça entre minhas pernas foi algo maravilhoso. Digno de um troféu. Eu poderia passar horas aplaudindo o seu desempenho de mestre, mas cá entre nós, eu estava arrancando dele os mais deliciosos gemidos, sem contar com as palavras impróprias que ele dizia todas as vezes que meus lábios sugavam a cabeça do seu pau. Acho que eu merecia uma medalha de ouro.

    - Assim, Bella. Isso... Ah! Deus...

    Ele continuava gemendo e forçando seu pau extremamente duro e inchado em minha boca e garganta... Eu o sugava, lambia e chupava sem me fazer de rogada. Era exatamente o que eu queria. Eu estava adorando.

    - Vamos parar agora, Bella. – O que? Por que? Não o deixei sair. Segurei com mais força e o suguei avidamente. – Ah. Meu. Deus! – Aproveitei sua reação e o enterrei ainda mais profundamente. Aumentei o ritmo. – Bella! – rosnou levantando os quadris e estocando com força. – Eu vou... Bella... – Ah vai sim, Edward! É o que eu quero. Sem parar.

    - Bella... Por favor! – Fui até a ponta do seu membro enquanto descia a pele com minhas mãos, como se o masturbasse. Fechei os lábios na cabeça do seu pênis e o suguei forçando sua entrada. Os lábios impediam que ele entrasse todo de uma vez. Como se estivesse tirando a minha virgindade.

    - Puta que pariu! – Ele forçou a entrada e eu o recebi chupando-o e masturbando-o. – Você vai me fazer gozar sua safada – rosnou. Foi como se as palavras estivessem presas em sua garganta.

    Intensifiquei os movimentos em um pedido mudo para que ele realmente gozasse. Eu queria que o fizesse, naquele momento, enterrado na minha boca.

    - Ah, Bellaaaaaa!

    O jato grosso, quente e viscoso atravessou minha boca escorrendo pela minha garganta. Suas mãos firmes seguraram meu rosto impedindo que eu continuasse me movimentando, sem impedi-lo de continuar gozando.

    Edward, ainda me segurando, levantava os quadris enterrando em minha boca seu membro úmido e pulsante, saindo com movimentos lentos. Saboreei cada gota do seu gozo, ciente de que cada pouquinho daquela inundação era o desejo de Edward se liquefazendo em mim. E eu amava o seu desejo, por isso amava seu gozo. Nenhuma gota foi desperdiçada. Eu o recebi com orgulho e prazer.

 



POV EDWARD

 

     Bella me olhou com o rosto ainda um pouco corado. Eu ofegava, resquícios de um orgasmo incomparável. Tudo porque um dia, esta linda criatura achou que seu humilde professor deveria ajudá-la a descobrir o sexo. Puta que pariu! Como eu pude acreditar que não me envolveria? Desde o primeiro dia, quando a beijei pela primeira vez soube que estava perdido. Isabella me seduzia com apenas um olhar.

    E agora, vendo-a sorrir timidamente, com os lábios ainda brilhando, lambuzados com o que tinha escapado do meu gozo e vendo o quanto estava satisfeita com o próprio desempenho me deixava... Orgulhoso? Talvez, mas era mais. Muito mais. Eu estava encantado. Completamente deslumbrado.

    Isabella Swan, virgem, minha aluna, que havia seguido todas as minhas instruções, me fascinava e seduzia, quando demonstrava essa enorme satisfação em aprender. Porra, Bella! Eu queria jogá-la neste colchão e possuí-la. Mas era um passo muito grande a ser dado.

    Calma, Edward! Agora falta muito pouco.

    - E então? – Ela me questionou com um misto de curiosidade e insegurança. Sorri e umedeci os lábios. Eu estava deliciado com o orgasmo que ela tinha me proporcionado. E eu que pensei que poderia me abster desta sensação enquanto estivéssemos juntos. Deixei que um risinho escapasse. – O que foi? – Ficou apreensiva.

    - Você me surpreende aluna – puxei Bella para junto de mim e beijei o alto da sua cabeça para depois jogá-la para o lado e me posicionar ao seu lado, virando-me para olhá-la nos olhos. Ela soltou um risinho infantil.

    - Surpreendo?

    - Sim. Seu desempenho foi... Impecável. – Ela sorriu lindamente.

    - Impecável – repetiu e o vermelho de seu rosto começou a se espalhar. Era uma delicia assisti-la corando.

    - O que me faz pensar se... – Arqueei uma sobrancelha. O pensamento chegou a ser incômodo. Não gostava nem de imaginar Bella com outro homem, mesmo sendo uma experiência do seu passado.

    - O que? – Ela me encarou curiosa, mas logo entendeu o que eu estava tentando dizer. – Edward! – Ficou indignada.

    - Tá, tudo bem! Fiquei apenas curioso – ela continuava contrariada. – Hey! Não fique irritada. Eu só pensei se já não teve esta experiência antes. Você foi incrível, Bella. Deve concordar comigo que para uma garota que nunca tinha nem beijado outro cara fazer um boquete tão perfeito não é o que se espera, não é? – Ela fez cara de inconformada com o que eu tinha acabado de dizer e forçou o corpo para se levantar da cama. – Para, Bella! – Comecei a rir. – Como você é estressada garota.

    - Eu? Estressada? Porra, se você acha mesmo que já tive outras experiências como esta então por que não me come logo de uma vez? Fica cheio de frescura porque eu sou virgem, porque sou sua aluna, o diabo a quatro e não me come. Nem mesmo quando acha que outro homem já enfiou o pau na minha boca. Fala sério, Edward!

    Puta que pariu! Essa boca suja nunca iria mudar.

    - Ok. Chega! Você conseguiu – deitei de lado deixando-a livre para levantar. Mas Bella não levantou. Ficou deitada encarando o teto, assim como eu.

    - Você começou – ela falou, após vários minutos em silêncio.

    - Não sou mais um adolescente, Isabella. Não fico nesta disputa de quem começou e quem não começou. Eu apenas explanei uma ideia e você nem precisava ficar toda ofendida, muito menos deixar que sua boca suja se apresentasse.

    - Ah é! Sou uma boca suja. Agora estou mesmo com a boca completamente suja de porra. Acabei de chupar o meu professor.

    Levantei, sentando na cama para encará-la. Não conseguia acreditar no que ela tinha acabado de dizer. Isabella me encarou com os braços cruzados no peito nu, o rosto vermelho e os olhos brilhantes. Ficamos nos encarando até que ela riu. Foi impossível não acompanhá-la.

    - Puta merda! Você é muito sacana, Bella – e demos risada até não aguentarmos mais.

    Parei sobre ela e beijei rapidamente seus lábios.

    - Ah, não! Professor Cullen, você me disse coisas muito ruins – ela desviou os lábios dos meus ainda rindo.

    - Eu não fiz nada. Esqueça – beijei seu pescoço e acariciei seu corpo. A pele de Bella era deliciosa.

    Ela se movimentou na direção da minha mão, completamente à vontade comigo e nossas carícias. Isabella se conhecia muito bem e sabia o que queria e o que gostava o que era maravilhoso. Desci meu rosto em busca de seus seios e quando os encontrei brinquei com eles, lambendo, mordendo e chupando. Bella gemia sem pudor, acariciando meus cabelos e mantendo meu rosto preso nas carícias que eu deixava em seu corpo.

    - Minha nossa, Edward. Você é insaciável – ela gemeu ao sentir minha ereção roçando sua pele.

    - E você é uma diabinha muito gostosa, Isabella Swan. – Olhei para cima e encontrei seus olhos. Ela sorriu e me chamou de volta para seus lábios. Obedeci.

    Beijamo-nos apaixonadamente. Eu sentia todo o seu corpo, sem nenhuma barreira ou empecilho, todinho para mim. Como eu a queria! Isabella abriu as pernas mantendo-me entre elas, nossos sexos em contato, desfrutando um do outro, se experimentando, encontrando o caminho para que pudéssemos nos completar. Eu queria, infelizmente ainda não podia.

    - Faça amor comigo, Edward – ela pediu entre meus lábios. – Eu quero você, apenas a você. Não me faça esperar mais.

    Droga! Eu estava tão perto. Apenas um movimento e estaríamos entregues. Merda! Eu não podia. Não sem ter a certeza de que Bella não seria prejudicada. Porra! Por mais que a desejasse eu era o seu professor e, para piorar a nossa situação, também o responsável pelo seu trabalho de conclusão do curso, não podia simplesmente achar que as pessoas entenderiam. Ela poderia ser desacreditada e eu também. Não podíamos nos arriscar. Mas como dizer não? Puta merda! Gemi em seu pescoço ainda muito tentado. Era só um movimento. Um só e não haveria mais volta.

    - Espere por mim, Bella – parei tudo o que estávamos fazendo e procurei seus olhos. – Eu quero você como nunca quis mulher alguma. Acredite! Mas nós teremos que esperar.

    - Eu não quero esperar – disse manhosa. – Não quero esperar. Por favor! – Se agarrou ainda mais a mim e buscou pelos meus lábios.

    - Bella... – Gemi quase cedendo aos seus encantos. – Não faça...

    - Por favor, Edward! – Se movimentou aumentando o atrito entre nossos sexos. – Agora, por favor! – Bella me beijava com cuidado enquanto seu corpo se esfregava no meu. Suas mãos acariciavam meus cabelos e costas e suas pernas estavam agarradas em minha cintura.

    Ah, droga! Para que esperar? Agora ou em duas semanas não faria muita diferença. Levantei um pouco o corpo pronto para penetrá-la quando a campainha tocou. Imediatamente fui trazido de volta à realidade. Puta que pariu! O que eu estava fazendo?



POV BELLA

 

Droga! Nem consigo acreditar que justamente quando Edward estava quase cedendo, algum idiota aparece para atrapalhar. Quem seria? Merda! Eu ainda estava queimando por dentro.

    Edward levantou um pouco atordoado. Ele me encarava confuso depois olhou para a janela do quarto. Deixei que meu corpo aceitasse que teríamos que parar pelo menos por enquanto.

    - Deixe-me ver quem é – a campainha tocou mais uma vez. Puxei o cobertor e me cobri. Ele foi até a janela e cuidadosamente olhou para fora. – Merda! – Novamente a campainha tocou. Quem estava do lado de fora tinha pressa. – Acho que você vai conhecer minha irmã – olhou para mim e sorriu timidamente.

    - Eu? Por que? – Entrei em pânico. – Edward...

    - Ninguém consegue enrolar Alice, então é melhor você se vestir e descer comigo. – Pegou suas roupas do chão e começou a se vestir em tempo recorde. – Vamos, Bella! É melhor fingirmos que estávamos estudando e rolou uns amassos do que deixar que ela descobrir o que estava acontecendo de verdade.

    Pulei da cama e peguei meu vestido só não encontrei minha calcinha. Edward sorria cinicamente. A campainha tocou outra vez e ele olhou para a janela desgostoso.

    - Ela não desiste. Vamos, acho que você vai precisar disso – tirou minha calcinha do bolso e me entregou. Olhei-o incrédula. – Vista logo ou vou te arrastar lá para baixo sem ela. – Caminhou em direção à porta pegue o notebook.

    Peguei tudo, vesti minha calcinha e corri atrás dele pelas escadas enquanto a campainha tocava de novo. Edward apontou para a bancada da cozinha e eu corri para lá abrindo o computador procurando desesperadamente pelo meu texto.

    - Por que a demora?

    - Estava... – Meu professor fez uma pausa rápida, passando as mãos nos cabelos. – Estou trabalhando. Ia ignorar porque não sabia que era você, mas como insistiu demais...

    - Trabalhando? – Levantei o rosto na direção da porta que Edward segurava e vi uma mulher baixinha, com cabelos negros curtos num corte incrivelmente moderno, maquiada como uma modelo, usando um vestido vinho lindo, saltos altos e não consegui imaginar mais ninguém senão Alice. No mesmo instante nossos olhos se encontraram. Sorri sem graça e ela retribuiu um pouco curiosa. – Ah!

    Logo em seguida o professor Whitlock, Jasper, como ele mesmo pedia para ser chamado, entrou se posicionando atrás da mulher que devia ser a irmã de Edward. No momento em que ele me viu um sorriso debochado surgiu em seus lábios. Puta que pariu! Edward tinha contado a ele. Meu rosto pegou fogo.

    - Vejo que acabamos de interromper uma aula extra – Jasper falou ainda com seu sorriso debochado. Edward pigarreou um pouco desconcertado. Voltei a olhar a tela do computador.

    - Tudo bem. Eu e Isabella estávamos repassando um dos seus textos. Ah... Isabella esta é minha irmã, Alice. Alice esta é minha aluna, Isabella. Estamos trabalhando em seu livro que é a conclusão de seu curso e eu sou o seu orientador – ele sorriu sem graça e passou a mão na testa.

    - Oh! Isabella – sua voz gentil e infantil preencheu o ambiente. Só então percebi que eu prendia a respiração. Soltei o ar me sentindo meio tonta. – Desculpe! Não queríamos atrapalhar.

    - Tudo bem. Acho que já conseguimos adiantar o suficiente – meu rosto continuava corado. – Vou para casa agora.

    - Não! – Edward falou. No mesmo instante se deu conta da sua reação exagerada. – Existem algumas partes que ainda gostaria de rever com você. Alice e Jasper com certeza não vão demorar. Por que não aproveita para escrever um pouco enquanto conversamos na sala?

    Fiquei sem saber o que responder. Mas como Edward parecia animado para continuarmos meu ventre se contorceu. Resolvi que poderia ficar por ali, escrevendo, enquanto ele não voltava para mim e nós voltávamos para a sua cama.

    Eles caminharam para a sala enquanto eu dedilhava algumas palavras. No entanto meus ouvidos estavam atentos à conversa.

    - E então? – Edward começou.

    - Com pressa? – Jasper provocou. Tive vontade de levantar os olhos e verificar a reação de Edward, porém mantive minhas vistas fixas na tela e continuei escrevendo palavras que eu tinha certeza não fariam o menor sentido.

    - Só não sei o que vocês podem querer comigo agora já que estaremos juntos mais tarde – uau! Ele estava ansioso para voltar para os meus braços. Como eu queria sentir os seus agora.

    - Temos um problema e precisamos combinar algumas coisas antes de nos encontrarmos com Irina. – Alice começou a falar ganhando a atenção do irmão e despertando completamente a minha. – Ela está um pouco relutante em voltar a assinar com a gente. Não sei o motivo. Somos a sua melhor opção, mas sabemos que se ela for para qualquer outra editora esta começará a crescer devido aos sucessos dos seus livros.

    - Ela recebeu alguma proposta? – Edward assumiu um tom mais sério e interessado.

    - Minhas fontes me informaram que a agente de Irina almoçou com o pessoal da Pégaso. Mas não quer dizer muita coisa. Todas as editoras sondam nossa melhor autora. Seus livros são sucesso total.

    - Vamos fazer uma proposta melhor e um contrato de exclusividade com um prazo maior. – Edward parecia outra pessoa quando tratava de negócios.

    - Já pensei nisso, mas seria muito melhor se tivéssemos um incentivo a mais – silêncio na sala. Merda! Eu devia ter olhado para eles, assim poderia saber o que estavam planejando.

    - Você sabe muito bem o que fazer – Jasper quebrou o silêncio me deixando ainda mais curiosa. Do que ele estava falando?

    - Sem chance, Jasper. – Edward falou um pouco mais baixo e com raiva.

    - Edward, é só... – A irmã tentou falar.

    - Não – Edward foi incisivo. Mais silêncio.

    - Não seria a primeira vez que você usa este artifício – Alice sibilou. – Droga!

    - Alice... – Edward estava nervoso. – Este não é o melhor momento – Oh droga! Do que eles estavam falando?

    - Alice, vamos deixar Edward terminar o trabalho dele e sinceramente, concordo que este não é o melhor momento. – Jasper se posicionou. – Edward sabe o que pode fazer e tenho certeza que não perderá um contrato como o de Irina. Ele vai encontrar uma maneira de reverter a situação.

    - Se perdermos este contrato... – Alice parecia decidia.

    - Tenho um trabalho novo para você, mas não agora e definitivamente não aqui. – Edward voltou a cortá-la.

    - Ok. Vamos embora. Eu tenho que me preparar e Edward tem o que fazer. – Ouvi o barulho deles se levantando e os saltos de Alice batendo no chão apressadamente. Fiquei mais à vontade para levantar os olhos e encará-los. Sorri gentilmente.

    - Isabella foi um grande prazer. – Ela estendeu a mão. – Boa sorte com o trabalho.

    - Obrigada! – Apertei a mão da irmã do meu professor e acenei para Jasper que sorriu maliciosamente. Edward abriu os olhos e fez uma careta, repreendendo o cunhado.

    Eles saíram e logo depois Edward voltou. Continuei encarando a tela do computador. Ele se aproximou e me abraçou por trás, beijando meus cabelos.

    - Conseguiu escrever alguma coisa? – Ri sem graça.

    - Não. Fiquei muito tensa. Mas vou escrever hoje e mando para você. Falta bem pouco agora.

    - Ficou com a cabecinha cheia de ideias, foi?

    - Transbordando de ideias. Obrigada pela aula extra, professor Cullen – virei em sua direção e enlacei minhas pernas em sua cintura.

    - Ora, de nada, Srta. Swan. Disponha. Estarei sempre às ordens – ele alcançou meus lábios e me beijou com carinho. – Tenho que trabalhar um pouco e gostaria que você trabalhasse mais em seu projeto. Quer passar a noite aqui?

    - Você não disse que vai sair?

    - Sim. Vou a este jantar – fez uma careta de desagrado. – Mas você pode ficar e esperar por mim. O que acha? – Eu queria tanto poder.

    - Não posso. Eu ia conversar com você. Meus pais chegam amanhã e pelo que conheço do meu pai eles chegarão junto com o nascer do sol, então é melhor que eu esteja em casa.

    - Seus pais?

    - Sim. Vão ficar por uma semana ou um pouco mais. Vamos ter alguns probleminhas para agendar nossas “aulas”, meu pai é do século XVIII. – Ele riu tirando a nuvenzinha cinza de cima de sua cabeça.

    - Vou ficar sem você por uma semana? Como será que conseguirá conter este fogo, Srta. Swan? – Fingi aborrecimento com o seu comentário ele riu e enterrou o rosto em meus cabelos.

    - Se sua irmã não tivesse nos atrapalhado eu estaria um pouco mais satisfeita – sugeri.

    - Duvido muito. Sexo é como uma droga, você fica dependente. E quanto mais tem mais quer – ele me encarou. Fiquei um pouco assustada.

    - Edward, como está sendo para você? Nós não transamos e sua vida sexual com certeza não era nada tranquila. Como está sendo a abstinência para você? – Ele passou as mãos pelos cabelos e sorriu.

    - Primeiro: Não estou em abstinência. Sexo envolve também este tipo de brincadeiras que temos feito, então estou me satisfazendo. – Encostou na bancada da cozinha e cruzou os braços. – Segundo: Minha vida sexual não era tão agitada como você imagina, também não era parada nem tranquila. Acontece que após te conhecer e isso antes de começar a te acompanhar em seus orgasmos, eu já não conseguia pensar em mais ninguém para agitá-la. Aliás, você agitou a minha vida como um todo, depois que me convenceu a participar desta loucura deliciosa que vivemos – sorriu esplendorosamente. – Mas hoje quase fizemos uma bobagem. – Pronto ele conseguiu estragar tudo. Revirei os olhos. – Pare de agir como uma criança.

    - Você faz com que eu me sinta uma criança – fiz birra.

    - Crianças não fazem sexo – arqueou uma sobrancelha.

    - Ok. Não sou criança. Pode me comer agora. – Cruzei os braços e arqueei uma sobrancelha para ele, imitando-o. Edward abriu a boca um pouco espantado e um pouco debochado.

    - Vou te comer, Isabella. Poderia parar de me pressionar? – Ri da nossa situação. – Voltando a nossa conversa... Eu quase, quase mesmo, comi você hoje – sorriu com malicia e tudo em mim esquentou. Minha calcinha já estava molhada. – Mas não podemos ser irresponsáveis.

    - Por que seríamos?

    - Por que eu ia me enfiar em você sem camisinha e até onde eu sei, a senhorita não usa anticoncepcional.

    - Não. Não uso – comecei a ficar vermelha.

    - Seria ótimo se começasse a usar. Falta pouco para a sua formatura e eu não gostaria de usar camisinha com você. Quando ficará menstruada?

    - Hum! Só no próximo mês – fiz uma careta de desagrado e ele riu.

    - Ok. Vamos usar camisinha, porém que seja por pouco tempo.

    Jesus! Que conversa era esta? Fiquei vermelha, depois mais vermelha ainda e logo em seguida achei que minha pele iria pegar fogo.

    - Ok! – Foi só o que consegui falar. Edward puxou o ar com força e passou as mãos nos cabelos. Ele ficava incrível assim.

    - Você fica vermelha desta forma apenas porque estamos conversando sobre sexo, porém não se intimidou quando estávamos na cama. – Puta merda! Ploft! Minha calcinha deixou de existir. Tinha sido abduzida pelo desejo que quase escorria pelas minhas pernas. – Vou levá-la para casa. – O que? Como... Por que... Droga! Edward era frustrante. – Preciso trabalhar. Não posso te comer e estou com uma puta de uma ereção me impulsionando a voltarmos para a cama e você precisa escrever. Quanto mais antes terminar, mais rápido poderemos ficar juntos.

    - Você é inacreditável – balancei a cabeça sem disfarçar a minha frustração.

    - Quando vou te ver novamente? Fui pega de surpresa pela pergunta.

    - Não sei. Vamos tentar agendar alguma coisa para depois de amanhã. Pode ser?

    - Pode. Vou adorar! – Seus olhos brilharam.

                                                                ***



    Estava em meu quarto, sentada na cama, olhando para minha amiga, Rose, e meu amigo, Jacob, que me encaravam boquiabertos. Eu tinha aberto o jogo com os dois. Rose já sabia a base da história, eu não tinha me aprofundado muito nos problemas que existiam no meu relacionamento com meu professor.

    Jacob sorria com aquela cara de “bem que eu imaginei que você enlouqueceria por falta de sexo” e Rose me encarava com seu melhor estilo “isso não vai prestar”, acrescentando todos os adjetivos que ela tinha atribuído a Edward, como tarado, canalha, aproveitador e muitos mais.

    - Vocês agora sabem de tudo e precisam me ajudar, porque não posso ficar sem vê-lo até meus pais irem embora. Preciso de desculpas para conseguir sair e me encontrar com ele.

    - Para que você quer encontrá-lo antes da formatura? Para bater punheta no cara? – Jacob riu debochando da minha situação. – Espere até o dia certo e parta logo para a parte boa do sexo.

    - Até agora, tudo o que ele me apresentou entrou para a minha lista de partes boas do sexo. É sério Jacob, você sabe que meu pai vai me matar se descobrir esta loucura.

    - Está com medo do seu pai ou do que Edward poderá aprontar ficando tantos dias longe da sua perseguição? – Rose não tinha concordado nem um pouco com a minha escolha.

    - Rose, por favor! Você...

    - Eu sei. Eu sei, mas não acho que você esteja fazendo a escolha certa.

    - Pode deixar que cuidarei desta parte concentre-se apenas em me tirar das vistas dos meus pais algumas vezes nesta semana.

    - Bella, por que você não usa a psicologia reversa com “seu professor”? – Rose disse ironicamente. Jacob riu colocando a mão na barriga e jogando o corpo para trás.

    - Como assim? – Acompanhei Jacob na risada.

    - Diga a ele que desistiu de perder a virgindade. Fale que quer aprender, mas que pensou melhor e vai esperar pela pessoa certa. Ele se sentirá encurralado e vai acabar aceitando que já passou da hora de te comer e quando se sentir ameaçado vai perceber o que realmente sente e pronto, tudo resolvido. Vocês ficarão juntos e felizes.

    - Não seja boba, Rose. Edward não é um garoto. Ele é um homem, maduro e seguro de si. Além do mais ele vem me dando provas de que tem algum sentimento por mim.

    - Duvido muito – provocou.

    - Rose...

    - Meninas, vamos dar um tempo nesta conversa, ok? O que acham de curtirmos a noite? Poderíamos comer no Japonês que vocês adoram e depois pegar uma balada daquelas de ficar dois dias de cama. O que acham? – Jacob sabia como evitar uma briga entre Rose e eu.

    Em meia hora já estávamos prontos e indo ao melhor restaurante japonês da Califórnia para curtir uma noite tranquila e gostosa entre amigos. Mal sabia eu o que me esperava.

 

 



POV EDWARD

 

    Eu já estava cansado de ouvir Alice tentando puxar o saco de Irina. Ela estava mesmo disposta a manter este contrato e eu apenas louco para voltar para a minha casa.

    Irina está mais bonita do que quando nos encontramos a última vez. Continua doce e delicada, sempre com muita classe e elegância, no entanto, estas qualidades que antes tanto me atraíam, hoje não servem para nada. Isabella era dona dos meus pensamentos e também do meu desejo. “Ah, Bella! O que faço com você?”

    É tão complicado que não consigo encontrar uma saída e nem vejo outra opção para mim. “É Edward, aos 34 anos, você se deixou fisgar por uma fedelha de 21, virgem e maluca, sem contar que ela tem a boca mais suja que já vi em toda a minha vida”. Ri das minhas lembranças.

    - Alguma piada em especial? – Irina estava atenta.

    - Não. Apenas me lembrando de algumas coisas dos meus alunos.

    - Sinceramente não sei por que ainda dá aulas, Edward. Você não precisa fazer isso. Seu trabalho como editor chefe é incrível sua editora é a melhor da Califórnia e uma das mais importantes dos Estados Unidos. Vocês comercializam com o mundo inteiro. Já não é trabalho demais?

    - Eu gosto de dar aulas – sorri educadamente. Irina nunca me entendeu.

    - Edward sabe o que faz – Jasper me socorreu como sempre fazia quando Irina resolvia atacar.

    Alice voltou a dominar a conversa. Emmett se mantinha distante, falando apenas quando era solicitado, meu irmão estava estranho. De minuto em minuto olhava para o relógio. Com certeza tinha algum encontro depois do jantar. Emmett nunca se corrigiria. Era um perfeito galinha. Nunca mudaria.

    - Então, Irina. Eu e Edward conversamos e resolvemos que como seus livros são incríveis e temos interesse em continuar trabalhando com você vamos fazer um contrato de exclusividade, aumentando o prazo de cinco para sete anos. O que acha?

    Irina olhou para mim e sorriu. Ela esperava mais. Os pratos chegaram e não voltamos a falar sobre o assunto. Duas garrafas de vinho já tinham sido servidas e eu começava a me preocupar com o que Alice seria capaz de fazer para segurar Irina. Após o jantar e enquanto terminávamos a nossa terceira garrafa minha irmã voltou ao assunto. Olhei para Emmett e ele estava bastante agitado.

    - Eu adoraria Alice você sabe, não sou que resolvo esta parte da minha carreira. Tenho que conversar com meus agentes e saber o que eles pensam da sua proposta.

    - Claro! Converse com eles e nos mantenha informados. Este ano temos muitos originais para serem lançados no mercado, claro que estamos reservando tempo para os seus livros. Eu já te contei que fechamos contrato com uma distribuidora no Brasil? O mercado literário de lá está sendo bastante lucrativo. Eu e Edward conversamos bastante sobre montar uma filial lá, mas não existe nada de concreto ainda.

    - Isso é maravilhoso! – Ela voltou a me olhar. Era um olhar doce, quase tímido que eu sabia muito bem onde iria chegar. – O que acham de estender nossa conversa? Podemos sair para dançar, conversarmos mais um pouco. Faz tempo que não nos encontramos – piscou diversas vezes de uma maneira encantadora. Irina parecia uma boneca com seus cabelos sedosos, loiros e extremamente lisos, olhos azuis e lábios grossos. Qualquer homem mataria por ela. Menos eu. No momento eu estava mais encantado por uma morena de olhos verdes que ocupava todos os meus pensamentos. Adoraria chegar em casa e encontrá-la em minha cama me aguardando.

    - Desculpem-me, mas eu tenho compromisso e não posso estender a nossa noite – Emmett tratou de cair fora. Puta que pariu! Pela troca de olhares entre Alice e Jasper, esta merda ia cair em meu colo.

    - Eu e Jasper também não podemos. Mas tenho certeza de que Edward vai adorar acompanhá-la – Merda! Que porra era essa!

    - Alice... – Tentei protestar, mas minha irmã me lançou um olhar mortal. Eu era o mais velho, no entanto Alice era intimidadora e quando me olhava daquele jeito era melhor concordar.

    Ok. Eu posso passar mais uma hora com Irina e depois arrumaria uma boa desculpa para voltar para casa. Irina sorriu e desviou os olhos, demonstrando constrangimento e satisfação.

    Quando eu ainda mantinha um caso com Irina, sabia que ela queria mais do que estávamos vivendo. Eu gostava de estar com ela, era divertida, educada, gentil e meiga, sem contar que era muito boa de cama, mas eu não queria entrar num relacionamento onde o maior sentimento era o tesão. Tirando isso não tínhamos nada em comum. Eu adoro beber com os amigos e surfar. Irina detestava areia e sol. Eu curtia passar a tarde de sábado na cama transando, lendo, assistindo a um bom filme ou até mesmo conversando. Já Irina, adorava passar o tempo dela fazendo compras ou em salão de beleza. Eu não fazia distinção entre quem era rico ou pobre o que mais me importava numa pessoa era a integridade. Irina achava que a posição social era o ponto mais importante da nossa relação.

    Éramos incompatíveis. Completamente incompatíveis.

Eu sempre deixei claro que nossa relação não passava e nem passaria de encontros esporádicos. Irina não estava muito satisfeita com isso, contudo sua classe não permitia que ela chorasse ou implorasse. Ela tentou reverter a situação utilizando diversas armas. A sedução foi uma delas, mas como eu disse; fora o fato dela ser ótima na cama éramos incompatíveis.

    Então ela resolveu utilizar a psicologia reversa, como se eu fosse uma criança. Foi o seu tiro no pé. Este tipo de pressão não funciona comigo. Eu já não tinha interesse em continuar e quando ela resolveu dizer que também não foi a minha deixa. Aos poucos fomos nos afastando e eu consegui tirá-la de minha vida. Pelo menos da vida pessoal. Profissionalmente nós não tínhamos muito contato. Alice resolvia a maior parte dos problemas da editora e eu apenas conversava, uma vez ou outra com ela por telefone.

     Chegamos à boate, que era muito próxima ao restaurante em que estávamos. Irina parecia uma criança que tinha acabado de ganhar um presente. Completamente feliz e eufórica.

    - Como nos velhos tempos, Edward – falou ao meu ouvido. A música alta não permitia conversas a uma certa distância.

    Peguei a mão de Irina e passei pelo meio da multidão indo para uma parte mais distante, que eu conhecia muito bem. Era o local que alguns casais procuravam quando queriam ficar fora do tumulto da pista. Encontramos uma mesa afastada com um sofá duplo confortável e uma mesinha na frente. Sentamo-nos e pedimos nossas bebidas. Preferi continuar no vinho. Era bom não misturar.

    - E então? – Ela sorriu para enquanto aguardava pelo que eu faria.

    - É verdade que você está pensando em nos deixar? – Fui direto ao ponto. Ela piscou várias vezes como sempre fazia tentando parecer inocente.

    - Bom... Na verdade... – olhou para as mãos, que estavam cuidadosamente sobre o seu colo e pareceu bastante embaraçada.

    - Pode falar Irina. Sem Alice por perto não precisamos de tanta formalidade, não é mesmo? – Merda! Eu estava sendo gentil e íntimo demais essa não era a postura correta. Mas Alice precisava de respostas seria insuportável aguentar a minha irmã no dia seguinte se eu não tivesse nada de novo para lhe contar.

    - Bem... Não acho que seja saudável continuar tão perto – ela parecia insegura e sem jeito. – Você sabe... Nós dois nos distanciamos e eu...

    Eu sou um canalha, não podia dizer a Irina que ela poderia ir embora porque não reataríamos o nosso romance. Precisava fazer com que a conversa seguisse outro rumo e deveria convencê-la a ficar.

    - Irina... – Peguei em sua mão com cuidado. – Você é uma escritora incrível e está no seu auge. Tente pensar em sua carreira. Nós somos a sua melhor opção no momento e adoramos trabalhar com você. Pense com carinho.

    - Só penso em vocês com carinho, Edward. – Eu sabia que ela estava dizendo muito mais do que suas palavras significavam.

    - Você é uma mulher linda, Irina. Tem um futuro incrível pela frente. Sua vida pessoal não vai ser menos do que a sua vida profissional, pode acreditar.

    - Do que adianta ser linda, ser brilhante, incrível se quem eu quero não está ao meu lado?

    Puta que pariu!

    - Irina... – Desviei o olhar e foi neste momento que a vi. Isabella Swan estava parada, um pouco distante mas com os olhos petrificados em minhas mãos presas às de Irina.

    Puta que pariu, um milhão de vezes.

 

 



POV BELLA

 

    Estávamos já há uma hora dançando sem parar. Curtindo a batida frenética do DJ e aproveitando a noite. Rose deu uma desculpa e saiu para atender ao celular. Eu sabia que minha amiga não voltaria. Com certeza seu paquera oficial apareceria para roubá-la da gente. Tudo bem! Eu agora compreendia todo este frenesi ao redor do sexo.

    - Vamos parar um pouco. Preciso beber alguma coisa. Minha garganta está seca – Jacob gritou ao meu lado, me segurando pela cintura.

    - Certo. Vou tentar achar uma mesa para nós enquanto você providencia as bebidas.

    - Ok.

    Subi as escadas e procurei por uma mesa. Sentar um pouco seria ótimo. Meus pés já reclamavam. Não sei como deixei Rose me convencer a usar saltos tão altos. Achei uma mesa um pouco afastada e me dirigi a ela, apressando os passos. Foi quando o vi.

    Edward estava sentado ao lado de uma loira incrivelmente linda. Ela sorria para ele e desviava o olhar com timidez. Ele segurava em suas mãos e estavam muito próximos. Oh merda! Como ele podia ser tão canalha? Então foi por isso que ele cancelou nossa noite? Merda!

    Fiquei colada ao chão sem conseguir desviar o olhar deles e então ele, como se tivesse sido atraído pelo meu olhar, me encarou. Pude ver o espanto em seus olhos e foi só o que me permiti. Virei e corri que nem uma louca para fora da boate. Eu queria simplesmente desaparecer.

    - Hey! Para onde está indo? – Jacob conseguiu me alcançar antes que eu sumisse.

    - Vou para casa. Por favor, não faça perguntas nem me segure.

    - Mas, Bella...

    - Bella! – Edward estava próximo e chamava por mim. Que droga! Eu queria sumir.

    - Ah tá! Entendi tudo. Quer que eu faça alguma coisa? – Jacob se posicionou à minha frente como um cão de guarda. Gelei. Meu amigo era forte.

    - Não. Não precisa. Vou para casa – Edward tinha me alcançado e encarava Jacob como se fossem rivais.

    - Saia da minha frente – praticamente rosnou para ele.

    - Não sem a permissão dela, professor. – Jacob usou o “professor” como uma forma de intimidá-lo. Ele sabia que como professor, nada poderia fazer contra mim e Jacob naquele momento.

    - Bella, me dê um minuto. Não é o que você estava pensando – bufei!

    - Me deixe em paz, Edward! Volte para sua reunião de negócios.

    - Droga! É uma reunião de negócios, ou era... – ele parecia confuso. – Bella, vamos conversar civilizadamente. – Jacob continuava impedindo que ele me alcançasse.

    - Não – dei as costas e saí da boate. Rezei para que Jacob conseguisse mantê-lo longe por tempo suficiente para que eu conseguisse pegar o carro.

    Entrei, dei partida e sai na rua com medo de fazer alguma bobagem devido à raiva que sentia. Mas bastou ganhar as ruas para avistá-lo. Edward dirigia logo atrás e parecia transtornado. Corri o máximo que pude mas não consegui despistá-lo.

    Parei o carro em frente a minha casa, bati a porta e corri em direção à porta. No entanto ele me alcançou antes que eu conseguisse fechá-la.

    - Pare com isso, Isabella. Converse comigo como uma pessoa adulta – ri com ironia.

    - Quem é você para falar de maturidade?

    - Pelo amor de Deus! Você tem ideia de como estou estressado? Você saiu neste monstro ruidoso, como uma louca, ameaçando tudo que estava no seu caminho. Nem posso imaginar o que aconteceria se essa lata velha resolvesse bater as botas enquanto você dirigia de maneira suicida...

    - Cale a boca, Edward! – Explodi. Entrei em casa sem me preocupar com ele e fui para o meu quarto. Eu queria matá-lo por falar assim do meu carro.

    - Bella! Volte aqui – ele subiu atrás de mim. – Que droga, Bella! Eu não estava fazendo nada demais. Se você parar um minuto e me ouvir...

    - Um minuto. Estou marcando – fingi olhar para o relógio. – Pode começar, depois, rua. – Ele abriu a boca assustado então começou a falar rapidamente.

    - Aquela era Irina, minha melhor autora. Estávamos em uma reunião importante, porque ela está sendo procurada por outras editoras e como seus livros são os mais importantes da editora, resolvemos abordá-la diretamente para saber a melhor maneira de reverter a situação.

    - Ah, claro! Você iria transar com ela para conseguir facilitar as coisas para o seu lado.

    - Não! Qual é o seu problema? Por que acha que eu faria uma coisa dessas?

    - Por que será, Edward? – Ele me encarou irritado.

     - Seu caso é muito diferente e você bem sabe o quanto relutei para não me envolver.

    - Relutou? Você quase transou comigo hoje, Edward. E mesmo assim estava lá, todo cheio de carinhos com aquela... Aquela... Nem sei o que ela é – ele sorriu de leve.

    - Está com ciúmes, Isabella? – Que ódio! Eu não poderia dar a ele este gostinho.

    - Eu? Rá rá. Estou apenas irritada, pois você deveria estar trabalhando com mais vontade em nossas aulas. Não tenho tempo a perder, mesmo assim você me dispensou para encontrar sexo com a primeira vadia que encontrou pela rua.

    - Ela não é uma vadia – falou sem paciência. – Eu já expliquei. Irina é uma amiga de muitos anos, uma pessoa querida e é a nossa principal escritora. Saímos para jantar e depois fomos à boate para conversarmos mais um pouco. Eu estava sendo mais companheiro para entender o lado dela. Não posso perder este contrato. Seja sensata.

    - Você nunca transou com ela? – Eu me sentia uma palhaça interrogando-o. Não havia nada entre nós além de algumas aulas de sexo.

    - Eu não disse isso – Edward me encarava sem saber ao certo como conduzir a conversa. Mas que merda! Ele já tinha transado com a sua principal escritora e queria me enrolar dizendo que estava apenas arrumando as coisas para a empresa.

    - Acabou seu tempo, Edward. Fora.

    - O que?

    - Fora. Vá atrás de Irina. Quem sabe não consegue convencê-la a ficar na sua editora e levar de brinde o editor chefe – ele riu.

    - Não seja absurda, Bella. Eu pensei em você a noite toda. – Oh merda! Merda! Merda! Por que ele me dizia estas coisas? – Por favor! Deixe de ser tão infantil. – Assumiu uma postura cansada se encostando à porta e cruzando os braços. – Estamos aqui. Podemos passar o restante da noite juntos como eu tanto queria, não estrague as coisas.

    Puta merda! Ele era um perfeito canalha. Sabia a forma correta de me enganar, me iludir e me convencer a fazer o que queria. Seus olhos estavam fixos nos meus e meus corpo não correspondia às ordens que meu cérebro enviava.

    - Bella... – andou em minha direção me alcançando rapidamente. Logo estava com as mãos em meu rosto e os lábios muito próximos dos meus. – Senti sua falta. – Que droga! Eu já estava beijando aquela boca tentadora e sua língua abria passagem me dominando completamente. Minha calcinha já estava incrivelmente molhada com apenas um beijo.

    Como uma fraca que era me agarrei em seu corpo colando-me mais a ele. Alisei suas costas seus cabelos enquanto sentia suas mãos percorrendo minhas pernas levantando meu vestido. Quando dei por mim já estávamos arrancando nossas roupas. Minhas unhas arranhavam seu peito nu e minhas mãos desciam do seu pescoço até a barra da sua calça e de lá voltavam tocando-o todo o caminho.

    Edward puxou meu vestido me deixando apenas de meias e calcinha. Ele gemeu deliciado quando sentiu as meias que eu usava e nem sei porque me deixei convencer a usá-las, agora agradecia a Rose por isso.

    - Ah, Isabella! Você vai me matar usando estas meias – jogou-me na cama e levou alguns segundo me comendo com os olhos. Depois arrancou do corpo a calça juntamente com a cueca, revelando sua ereção monumental. Minha boca ficou cheia d’água para senti-lo de novo como ficamos à tarde.

    Edward segurou minha coxa e beijou a junção delas com meu sexo, causando arrepios pelo meu corpo. Seus dedos longos seguraram a barra da minha calcinha e a arrastaram para fora de mim conservando as meias. Gemi manhosa e sedenta de desejo. Mas que merda! Ele estava usando o sexo para me distrair.

    Deitou-se sobre meu corpo, deixando que seu sexo roçasse a minha entrada, já completamente úmida e sugou meus seios, um de cada vez com tanto desejo e avidez que pensei que teria um orgasmo.

   Mesmo delirante de prazer e louca de desejo, minha mente me traía mandando imagens das mãos dele nas da outra mulher, a Irina, e a conversa dele com Alice, mais cedo, em sua casa. Oh droga! O que eu poderia fazer? Edward se posicionou, apoiando-se sobre os cotovelos e eu sabia que naquele momento ele ria me penetrar. Eu queria? Queria muito? E podia. Afinal de contas, há quanto tempo eu vinha pedindo por isso? Mas não poderia deixar que ele me submetesse com sexo. Ele tinha razão. Eu estava completamente envolvida.

    - Não – disse baixinho quando o senti forçando um pouco entre as minhas pernas.

    - Tudo bem, Bella. Não precisamos mais esperar – voltou a beijar meu pescoço e a apertar meu seio entre os dedos. Ah! Eu adorava quando ele fazia isso.

    - Eu não quero Edward – tentei lutar. Psicologia reversa. Rose tinha dito que esta era uma boa opção. Eu iria arriscar. Mas arriscar o que? Ele já estava praticamente transando comigo, não estava?

    - Claro que quer. É só o que vem me pedindo. E eu quero também. Nunca quis tanto – levantou o rosto e beijou meus lábios. Seu beijo era doce, carinhoso, apaixonado. O que eu queria? Por que não conseguia dar este passo. Por que está ideia de psicologia reversa martelava em minha cabeça?

    - Não mais – empurrei seu peito e ele se afastou um pouco. Caralho! Ele já estava quase dentro de mim. Já o sentia iniciar a penetração e meu sexo pulsava implorando por mais. Fechei os olhos e respirei fundo. – Não quero mais, Edward.

    - Bella! O que foi? – ele levantou um pouco mas não saiu do meio das minhas pernas. Estava gentil e carinhoso. Olhei em seus olhos e vi o motivo da minha apreensão. Eu não queria convencê-lo a transar comigo, eu queria que ele ficasse comigo. Não o queria somente naquele momento ou que apenas tirasse a minha virgindade. Eu queria Edward para uma vida inteira. E não poderia tê-lo.

    - Você tinha razão. Não posso perder a virgindade com uma pessoa qualquer. Tem que existir um sentimento, uma história...

    - Nós temos uma história. Não uma convencional, mas temos – ele sorriu com carinho. – Está com medo? – Ficou sério e cuidadoso.

    - Não.

    - Então? – Meus olhos se encheram de lágrimas. Mordi os lábios para impedi-las. – Bella?

    - Não quero que seja com você. Podemos continuar as aulas. Você me ajuda muito, Edward e falta tão pouco agora, mas não quero mais chegar a esse ponto – uma lágrima desceu pelo meu rosto.

    - Fique calma! – Ele parecia confuso com a minha reação. – Você ainda está abalada com o que viu, eu te garanto que não está acontecendo nada entre mim e Irina. Nem com qualquer outra mulher. Eu disse: só existe você. Não chore – limpou as lágrimas que escorriam sem que eu conseguisse impedir. – Venha. Não estou te forçando a nada – deitou ao meu lado e me tomou em seus braços puxando-me para seu peito. – Acalme-se! – Acariciou meus cabelos.

    - Desculpe. Eu... – Solucei. Constatar que estava apaixonada por ele me deixava apavorada e com medo. No que eu fui me meter? Edward era um homem incrível. Como eu pude acreditar que entraria nessa sem me apaixonar.

    - Não. Não se desculpe – a voz doce e calma era como uma carícia. – Você não fez nada e eu entendo seus receios. Fique calma. Conversaremos sobre isso depois. – Começou a cantarolar uma canção leve e a acariciar meus cabelos. Não percebi quando adormeci.