O Professor - Capítulo 3

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Ele dirigia sem prestar atenção em mim. O enjoo causado pelo excesso de bebida começava a me dominar. Nunca chegávamos e, pelo que me lembrava, a casa dele não ficava tão distante assim da boate. Então por que estava demorando tanto? Passei a prestar mais atenção no caminho que fazíamos.
Ah não! Ele não seguindo para sua casa. Estávamos rodando sem rumo. Meu professor estava me enrolando. Eu devia imaginar. Claro que ele não se renderia tão facilmente. Um homem como ele não permitiria que uma mulher como eu entrasse em sua vida.
Minha vergonha era tanta que tive vontade de chorar. Bravamente engoli o choro tentando ser forte o suficiente para esquecer que ele existia. Pelo menos até o dia seguinte, ou até a nossa próxima aula.
– Para onde estamos indo?
– Para a minha casa – ele respondeu de forma tensa.
– Este não é o caminho da sua casa. – Ele me olhou surpreso e depois voltou a olhar para a estrada.
– Preciso pensar Isabella e consigo fazer isso muito bem quando estou dirigindo.
– Pensar em que? Achei que tínhamos chegado a um acordo – meu tom de voz parecia uma acusação não uma afirmação.
– Preciso pensar no que fazer. Em como fazer funcionar.
– Você não sabe como? – Comecei a rir. Com certeza só consegui rir porque estava bêbada. Era muito mais fácil falar tudo o que vinha a minha cabeça tendo o álcool como justificativa. – O senhor da sabedoria não sabe como fazer sexo com uma garota.
– Não seja ridícula.
– Foi você quem falou.
– Eu não falei isso.
– Ah, falou sim – continuei rindo.
Ele acelerou o carro fazendo com que balançasse mais ainda. Minha cabeça girou e meus olhos começaram a forçar para fechar.
– Você está bêbada, é minha aluna e virgem, ou seja, tenho uma bomba em meu carro, mas com certeza não vai entender nada do que estou falando.
Encostei a cabeça no banco e me concentrei em respirar. O enjoo era forte demais, precisava ficar bem quietinha ou colocaria tudo para fora e não da forma como estava fazendo até agora. Com certeza o professor Cullen não ficaria muito satisfeito se eu vomitasse em seu carro perfeito.
Só percebi que tinha dormido quando ele me segurou em seus braços me tirando do carro. Abri os olhos um pouco assustada e percebi seu rosto muito próximo ao meu. Senti cheiro de álcool mas me lembrei de que provavelmente era o cheiro que exalava de mim naquele momento.
– Pode me colocar no chão. Consigo andar sozinha – ele gemeu um pequeno protesto.
– Ainda acordada?
– Por que? Esperava que eu dormisse antes de obrigá-lo a cumprir com o nosso acordo?
– Não temos nenhum acordo. – Abriu a porta da casa e acendeu a luz da sala. A claridade incomodou meus olhos.
– É claro que temos. – Eu queria muito protestar porém meu corpo estava manhoso e o sono me puxava para seus braços.
– Não. Não temos.
– Professor...
– Isabella, sem mais problemas, Ok? – Concordei com um aceno de cabeça. – Agora venha aqui.
O professor me segurou pela mão me levando para o interior da casa. Sua mão quente na minha era uma sensação agradável. Um tanto quanto segura. Me senti confortável.
Sem largar minha mão ele ligou o som, através do controle remoto, porque o aparelho mesmo eu não consegui descobrir onde ficava, nem de onde vinha o som. Uma música suave e lenta começou a tocar. Estava baixa e agradável aos ouvidos.
Ele me puxou para seus braços me acolhendo neles e começou a se movimentar no ritmo da música. Iríamos dançar?
– Não sei dançar – ele riu da minha confissão.
– Não foi o que vi na boate. – Fiquei envergonhada do absurdo que iria cometer. Longe de tudo eu podia entender com mais clareza a besteira que faria se ele não tivesse aparecido.
– Não sei o que aconteceu. Realmente não sei dançar.
– Você não sabe muitas coisas Isabella. Parece que não tem sido muito justa consigo mesma. Sei como é desejar muito uma coisa, correr atrás do seu sonho, mas é errado se anular por causa disso.
Ele falava e se movimentava me levando junto. Sua voz doce e aveludada em meu ouvido causava arrepios em minha pele. Suas mãos cercaram meu corpo, uma espalmada na base das minhas costas enquanto a outra me segurava pelo pescoço, mantendo meu rosto firme em seu peito. Seus dedos faziam carícias leves em minha pele. Pensei que entraria em combustão.
Nunca fui tocada por um homem. Não com desejo, ou por alguém que eu desejasse. Era estranho e, no entanto, tão familiar que não me deixava assustada. Deixei que meu rosto descansasse em seu peito. Aproveitei a proximidade para sentir o seu cheiro. Era maravilhoso!
O professor Cullen me vendo relaxada em seus braços começou a cantarolar a canção em meu ouvido. Senti-me embalada. A letra falava sobre um amor que chegou sem avisar e que quando ele percebeu já estava completamente envolvido. Não tinha saída e nem escolha. Por um breve segundo me deixei levar pela ideia de realmente viver um amor tão arrebatador que me dominasse por completo, este pensamento não durou muito com o embalo da música e a sua voz em meu ouvido logo estava dormindo.
Só quando uma forte luz conseguiu ultrapassar minhas pálpebras lembrei que havia adormecido nos braços do professor Cullen. Abri os olhos e me deparei com uma enorme porta aberta para uma varanda pequena. As cortinas entravam no quarto, levadas pelo vento e o sol brilhava lá fora.
O lençol roçava a minha pele. Era uma sensação gostosa. Espreguicei-me até me dar conta de que o lençol roçava a minha pele porque eu não vestia nada. Estava nua por baixo dele. Oh, droga! O que tinha acontecido? Levantei de uma vez, assustada demais para me manter quieta. Aquele não era o meu quarto.
– Assustada? – Ele estava lá.
– Professor? – Segurei os lençóis no corpo envergonhada pela minha nudez.
– Você não teve vergonha ontem – foquei em seus olhos. Ele se divertia com o meu embaraço.
– O que aconteceu?
– O que você queria que tivesse acontecido? – Puxei o ar com força.
– Queria ao menos lembrar de como foi já que tenho que escrever sobre o assunto – afundei na cama sem saber como agir. Ele riu da minha reação.
– Não aconteceu nada Isabella. Você dormiu em meus braços ontem. Eu a trouxe para o quarto. Mas não me pergunte como acabou sem roupas. Juro que não encostei um dedo em você. Entrei para saber como estava e quando começou a se mexer fiquei observando, apenas isso.
Agora eu não sabia mais se deveria ou não ficar feliz. Eu queria que tivesse acontecido. Perdi mais um dia e meu tempo era curto demais para dormir por causa de bebida.
– Precisa de alguma coisa? Sua cabeça dói? – Modificou completamente o rumo da conversa.
– Onde você dormiu?
– No quarto de visitas.
– Ah! – Olhei ao redor ainda um pouco confusa. – O que vai acontecer agora? – Não podia perder mais tempo. Ele suspirou pesadamente e passou as mãos pelos cabelos.
– Tome um banho e vamos descer para conversar – ele continuou sentado, me observando.
– Preciso que saia para que eu possa me levantar – ele riu balançando a cabeça.
– Quer que eu tire a sua virgindade e tem vergonha de ficar nua na minha frente? É um pouco contraditório não acha? – Não sei como foi possível, mas meu rosto ficou ainda mais vermelho.
– Então posso considerar que temos um acordo? – Seus olhos endureceram. – Não vou me intimidar professor Cullen, como o senhor mesmo disse, eu abri mão de coisas demais, agora tenho que recuperá-las.
Sem pensar duas vezes levantei da cama deixando os lençóis sobre ela e caminhei até o banheiro. Não olhei para trás nem para o seu rosto. Era muito arriscado. Precisei de toda a coragem que nem sabia que tinha para caminhar nua na sua frente, precisava mostrar a ele que estava decidida e que nada iria me deter.
Tomei banho, escovei os dentes com uma escova que encontrei no banheiro deduzi que tinha sido deixada para mim já que ainda estava na embalagem e voltei ao quarto. Ele não estava mais lá, porém minhas roupas estavam arrumadas sobre a cama, inclusive a minha calcinha. Demorei alguns segundos para entender que suas mãos estiveram nelas e... Merda! Isso me deixou excitada.
Ao lado do meu vestido estava uma camisa de manga longa e botões. Ele estava me dando a opção de vestir uma camisa sua? Não me permiti pensar a respeito durante muito tempo, vesti a calcinha, a camisa e à procura dele. Estava pronta?
A sala estava silenciosa, o cheiro de ovos e café vindo da cozinha fez com que eu soubesse o caminho a ser seguido. Encontrei meu professor. Ele estava de costas, mexendo na frigideira enquanto fritava alguns ovos. Havia, sobre a bancada da cozinha americana, alguns alimentos: suco, pães, uvas todo o necessário para um café da manhã.
Ele virou me encontrando plantada no meio da cozinha. Seus olhos percorreram meu corpo vendo a camisa. Percebi um pequeno sorriso que ele conseguiu disfarçar muito bem se formando.
– Espero que esteja com fome – ele falou.
– Não quero comer e sim resolver a minha situação.
De onde eu conseguia tirar tanta coragem? Estava na cozinha do meu professor, usando apenas uma camisa dele, exigindo que transasse comigo o mais rápido possível. Eu estava começando a considerar a hipótese de estar ficando louca.
– Não pode começar uma vida sexual depois de um porre e sem comer nada Isabella. Primeiro cuide de seu corpo, depois de suas vontades.
Fiquei mais animada. Sentei no banco alto e aguardei.
– Agora já temos um acordo? – Coloquei um pouco de suco em meu copo.
– Vamos tentar chegar a um acordo, certo?
– Mas...
– Sem “mas”, Isabella. Eu já estou concordando com toda esta loucura, então terá que ser do meu jeito. Ou você concorda ou não teremos um acordo.
Larguei a torrada no prato e cruzei os braços aguardando. Meu corpo não tinha necessidade de comida, tinha necessidade dele.
– Primeiro – começou a dizer enquanto colocava comida em meu prato e café em minha xícara. – Independentemente do que vá acontecer aqui, você precisa ter em mente que ninguém poderá ficar sabendo. Sou o seu professor, sou mais velho, estou orientando o seu trabalho final e não posso correr o risco de ser acusado de ter me aproveitado das suas fraquezas. Você quer ser escritora, eu sou dono de uma das maiores editoras dos Estados Unidos entenda que o que vamos fazer é absurdo.
– Não é – tentei contestar
– É absurdo. Chega a ser um crime.
– Professor...
– Eu vou ajudá-la Isabella. Vou ajudar porque... Merda! Realmente seu texto melhorou muito depois daquele beijo. Estou me sentindo péssimo, mas devo admitir o quanto foi significativo para o seu avanço. Também não me sentia bem sabendo que teria que reprovar a melhor aluna da universidade.
– Então nós vamos transar?
– Não – ele me encarou decidido.
– Como não?
– Não posso transar com você, entenda.
– Não entendo.
– Isabella não seja infantil. É muito arriscado além de não ser eticamente correto. Você é virgem. Não posso fazer isso.
– E como vai me ajudar?
– Vou ajudá-la. Nós vamos fazer algumas coisas... Eu vou orientando você...
– Orientação já tive de sobra. Rose e Jacob me contam toda a vida sexual deles. Eu li todos os livros possíveis. Não preciso de teorias, preciso de prática.
– Calma! – Estávamos exaltados. – Confie em mim. Vou ajudá-la. Nós vamos deixar que algumas coisas aconteçam, só não vou tirar a sua virgindade.
– Por que não? Eu quero que faça isso.
– Isabella, você não sabe o que está dizendo. Depois que esta merda de formatura acabar vai se arrepender do que fez para conseguir se formar. Acredite em mim, será muito melhor se você encontrar alguém que a ame, ou que pelo menos esteja no mesmo nível de envolvimento que você. Eu sou apenas mais um cara. Não é correto o que estou fazendo e não quero ser premiado com a sua virgindade.
– Esqueça – estava com raiva. Era como se estivesse implorando para que ele fizesse o imenso sacrifício de ficar comigo. Droga! Como pude deixar chegar a este ponto?
– Ah não! Não comece a chorar novamente. – Percebi que algumas lágrimas caíram de meus olhos. Passei as mãos limpando-as com força.
– Ok. Vou embora.
– Espere – me segurou quando tentei passar por ele. – O que vai fazer?
– Vou embora. Desculpe por envolvê-lo nisso e... Obrigada por ter me ajudado ontem – ele suspirou.
– Isabella, acredite em mim, eu sei o que estou fazendo.
– Eu também.
– Não quero que saia em busca de alguém para transar, não seria justo com você. E o que eu pretendo fazer será mais do que o suficiente para que consiga escrever.
– Como vai fazer isso? Conversando comigo?
– Não. Pensei muito sobre o assunto. Já sei o que falta em você e em seus personagens. Por favor, faça como estou lhe pedindo.
Eu estava ferida e humilhada. Não que ele tivesse dito qualquer coisa para provocar este sentimento, eu tinha me permitido passar por essa humilhação e doía muito mais do que se fosse ele a causa. O professor Cullen segurou meu rosto entre as mãos com carinho e se aproximou de mim bem devagar.
– Você é linda! Merece alguém que a ame. Alguém que queira lhe dar o mundo e não um canalha que só vai se aproveitar da situação.
– Você não é um canalha.
– Estou sendo um.
– Não. Não está.
– Por favor, concorde com as minhas condições. Deixe-me ajudar você Isabella.
Ah droga! Eu queria tanto que ele me ajudasse. Queria tanto seus beijos outra vez e voltar a escrever daquela forma tão perfeita. Era disso que eu precisava.
– Tudo bem – ele sorriu e, para minha surpresa, me puxou para seus braços e me beijou.
Caramba! O que era aquele beijo? Parecia que o mundo havia deixado de existir. Meus pés deixavam o chão e meu corpo flutuava. Senti seus lábios macios se movimentando nos meus. O encaixe era perfeito. Sua língua tocou meus lábios e eu os abri para recebê-la. O sabor não era comparado a nada que já tivesse experimentado antes. Deixei que ele brincasse com minha língua e grudei meu corpo ao dele. Suas mãos se movimentaram. Uma descendo pelas minhas costas e me prendendo ao seu corpo e a outra subindo até minha nuca segurando meus cabelos com força. Eu queria que ele me invadisse de todas as formas possíveis.
Depois de um tempo apenas nos devorando em um beijo ele se afastou. Eu estava ofegante e ansiosa por mais.
– Gosto do seu beijo.
– Do seu beijo – corrigi. Ele me olhou surpreso. – Nunca beijei outra pessoa, então este é o seu beijo. Estou apenas aprendendo – ele sorriu.
– Isso vai ser muito interessante Isabella. Agora coma alguma coisa.
O professor Cullen quase não comeu. Fiquei sentada terminando o meu café enquanto ele lavava as louças, depois me deixou sozinha na cozinha indo sentar no sofá da sala com um livro na mão. Durante todo este processo não conversamos. Estava com um pouco de medo de falar alguma besteira e acabar desencorajando-o.
Depois de tudo limpo e organizado fiquei indecisa se deveria ou não ir até ele. Era confuso demais. Meu corpo estava estranho, ora eu era a mulher mais desinibida e corajosa que já conheci, ora eu tinha vergonha de me aproximar. Era estranho reagir desta forma. Contudo decidi que o melhor a fazer era ir até ele. E foi o que fiz.
Aproximei-me dele que continuava sentado no sofá com o livro aberto em suas mãos. Quando cheguei perto ele voltou sua atenção para mim. Seus olhos eram quentes e faziam meu corpo ferver. Ficamos nos encarando sem reação. Ciente de que algo deveria ser feito, ajoelhei-me à sua frente, entre as suas pernas, como uma boa aluna e aguardei pelo que me ensinaria. Tínhamos um acordo e precisávamos começar o quanto antes.
O professor Cullen colocou o livro sobre o sofá olhando-me atentamente. Ficou surpreso com a minha reação, mesmo assim seus dedos acariciaram meu rosto. Outra vez a sensação de estar sendo queimada me invadiu, seus dedos desceram pelo meu pescoço, roçando minha pele e passearam pelos meus ombros, indo em direção ao volume dos meus seios, no entanto ele desviou no último segundo deixando que eles descessem pelos meus braços. Meu coração estava acelerado e eu fiquei ofegante com a tentativa frustrada.
– A primeira coisa que precisa aprender é que antes de qualquer coisa, você precisa se conhecer – fiquei confusa e ele sorriu. – Como pode saber de que forma gosta se não se conhece? Nenhum homem é maravilhoso o bastante para saber do que uma mulher gosta Isabella. Normalmente ele age de acordo com as indicações da mulher.
– Indicações?
– Sim. Gemidos, toques mais apertados, pele arrepiada, movimentos acentuados do corpo, sempre são uma dica sobre o caminho que devemos seguir, mas você só poderá fazer isso se conhecer o seu corpo tão bem ao ponto de saber exatamente como sentir.
– Entendi.
– Para o homem o sexo é bom mesmo quando não é tão bom, entendeu?
– Não – ele riu baixinho, me deixando maravilhada com a maneira sensual que conduzia a conversa. Durante todo o tempo seus dedos subiam e desciam em meu braço. Eu ainda queimava.
– O homem sempre goza no final, já a mulher...
– Ah, entendi – fiquei envergonhada, mas continuei firme.
– É por isso que é fundamental que você se conheça. O orgasmo é complicado para as mulheres apenas enquanto seu corpo ainda é um estranho. Quando você descobrir o que gosta e como gosta, ficará muito mais fácil atingi-lo. E você nem precisa de um homem de fato para conseguir este objetivo. – Aquele sorriso torto desconcertante brincava em seus lábios. Puxei o ar com força. - Você nunca se masturbou? – Neguei com a cabeça. Agora sim meu rosto estava todo vermelho. – Nem tentou? – Outra vez neguei. – Mas precisa.
– Eu... tenho vergonha.
– Hoje pela manhã você ficou nua na minha frente e eu não sou o seu namorado nem nada parecido. Foi bem corajoso. Mas quando é para tocar o próprio corpo, sem que ninguém precise ver ou saber, você não consegue?
– Não.
– Tudo bem. Vamos começar do zero mesmo. Este será o seu primeiro exercício, vai se tocar, conhecer o seu corpo, saber do que gosta e onde gosta.
Ri desgostosa.
– Não vou conseguir fazer.
– Quer escrever ou não? Sua personagem é experiente, vivida, sabe do que gosta, você precisa saber como ela se sente.
– É constrangedor.
– Constrangedor? Sabe o que é constrangedor? Uma aluna pedindo para que eu tire a sua virgindade. Se masturbar não é constrangedor. É correto e necessário. Se todas as mulheres fizessem tornariam tudo muito mais fácil para nós homens.
– E como quer que eu faça? Aqui? Na sua frente? – Seus olhos ficaram imensos e ele sorriu largamente.
– Posso lhe garantir que seria um maravilhoso espetáculo, mas não. Quero que faça com calma. Sinta o seu corpo.
– E tenho que fazer agora?
– Ainda não. Venha aqui – puxou-me para o sofá me deixando muito próxima a ele.
– Sei que primeiro precisa de incentivo, além de algumas instruções.
– Instruções? – Tenho certeza que estava sendo a virgem idiota, mas não conseguia me concentrar direito e ao mesmo tempo queria absorver o máximo possível do que ele me ensinava.
Ele revirou os olhos.
– Vamos começar.
Seus lábios me calaram quando pensei que conseguiria dizer mais alguma coisa. Outra vez o beijo foi fantástico. Estávamos sentados no sofá, um de frente para o outro. Apesar de nossos corpos estarem separados o desejo era tão real que doía em mim.
O professor Cullen tinha razão. Eu precisava daquele incentivo realmente se quisesse fazer qualquer loucura mais tarde. Precisava que ele me fizesse perder a cabeça. E foi exatamente o que ele fez.
Enquanto me beijava, acariciava minha nuca, levantando o meu cabelo e fazendo com que minha cabeça se movimentasse da forma correta para o nosso beijo. Foi delicioso e ao mesmo tempo doloroso. Eu estava excitada. Mesmo nunca tendo me sentido assim antes eu sabia, o formigamento no ventre, a ansiedade latente e a umidade no meio de minhas pernas indicavam que era exatamente o que estava acontecendo.
Mas ele não ultrapassava aquele limite. Eram apenas os nossos lábios e suas mãos em mim. Eu queria mais. Muito mais. Mas não sabia como fazer.
Ele demorou o máximo de tempo possível apenas me beijando. A angústia me devorava. No entanto não estava me queixando. O beijo era realmente bom. Daqueles de deixar o corpo ardendo e o sexo pulsando. Meu Deus! De onde vinham estas palavras? O que um beijo era capaz de fazer comigo?
Então ele mudou a intensidade. O beijo que até então era calmo foi ganhando força, logo estávamos embalados por um beijo vivo, cheio de necessidades e completamente intenso. O professor Cullen diminuiu a distância entre nós me puxando pelas costas para mais perto dele.
Suas mãos correram minhas costas e subiram pelos meus braços. Não eram toques leves, eram toques que demonstravam desejo puro. Ele desceu uma mão passando-a pela minha perna, se demorando em minhas coxas, apertando-as. Percebi um gemido escapar de seus lábios e aquilo mexeu realmente comigo. Foi quando ele me puxou, em um movimento rápido e forte, me colocando sentada em seu colo. Com as pernas acolhendo seu corpo entre elas. Meu Deus! Aquilo era mais do que eu poderia esperar para uma primeira aula.
O professor Cullen apertou seu corpo ao meu enquanto suas mãos me exploravam com vontade. Tudo isso sem interromper nosso beijo. Para me deixar ainda mais louca ele, com uma de suas mãos em meu pescoço, deixou que descesse até o primeiro botão da camisa abrindo-o. Ofeguei ainda mais.
Nosso beijo foi interrompido, não tive como falar ou fazer nada. Ele simplesmente arrastou seus lábios em minha pele, pinicando-a com sua barba ainda por fazer e descendo em direção ao local onde antes o botão estava fechado. Ah, merda! Eu queria que ele me tocasse assim.
Deixou que sua barba brincasse em meu pescoço fazendo meu corpo implorar por mais. Foi a minha vez de gemer. Ele intensificou ainda mais as carícias e sua mão, a que não estava em meu pescoço, acariciou minha bunda. A principio foi uma carícia leve, como gemi ele me segurou naquela região e me puxou de encontro ao seu corpo, não restando mais espaço.
Então senti algo que nunca imaginei que sentiria algum dia em minha pacata vida assexuada. O Professor Cullen estava excitado. Seu sexo estava rígido e era algo poderoso. Preso a sua calça, mas ele me permitiu senti-lo. Tive uma imensa vontade de me esfregar em sua ereção. Queria saber como seria tê-lo completamente em mim.
Suas mãos avançaram o limite da camisa que eu estava usando, tocando minha pele. Senti que minha calcinha estava completamente molhada e fiquei envergonhada. Eu sabia que era excitação, porém não sabia como reagir a estes sintomas. E se não fosse assim tão normal? E se ele não gostasse desse jeito? E se eu acabasse molhando a calça dele? Caramba! Seria mesmo constrangedor.
O professor Cullen afastou os lábios da minha pele e me olhou nos olhos. Seus olhos verdes acinzentados estavam mais escuros ou era a pouca luz da sala? Com a mão em meu rosto ele me afastou. Eu estava confusa, meu corpo não reagia com muita coerência e nada em mim estava em seu estado normal.
– Acho que já tivemos o suficiente – Sua voz estava mais rouca, no entanto mais sexy. Suas mãos continuavam no meu corpo e eu ofegava como se tivesse acabado de correr uma maratona.
– Você acha?
– Você não? – Um sorriso brincou em seus lábios. Tive vontade de mordê-los. – Agora me diga... Como está se sentindo? – Ainda sem conseguir normalizar a respiração olhei para ele sem saber o que deveria responder. – Quero que descreva as sensações. O que pensa e como se sente quando estamos assim.
– Tá... – Eu não conseguiria. Uma coisa era escrever coisas eróticas e outra era falar para o meu professor que minha calcinha estava completamente molhada. Mordi os lábios.
– Feche os olhos – sua voz saiu baixa e melodiosa. – Fica mais fácil – Ele se movimentou embaixo de mim roçando sua ereção em meu sexo. Oh Deus! Era muito sensual.
O professor Cullen mais uma vez passeou as mãos por debaixo da minha camisa, tocando minha pele que ficou completamente arrepiada, assim como o bico dos meus seios. Pode não ser o correto a sentir, mas eu estava envergonhada por ter aquela reação na frente dele. Seus lábios tocaram os meus num beijo leve e rápido, depois sua língua percorreu meu pescoço. Gemi me sentindo manhosa.
– Agora diga. – Falou ainda em meu pescoço. Seus movimentos não pararam.
– Eu estou confusa... – Comecei a falar tentando manter os pensamentos em minhas palavras e não nas mãos dele ou em sua língua quente me explorando.
– Por que confusa?
– Nunca me senti assim, então... Não sei se é normal – confidenciei.
– Conte-me.
– Minha cabeça não consegue formular coisas coerentes, e... Fica difícil pensar com clareza quando seus lábios estão em mim. – Fiz questão de manter os olhos fechados. Não queria ver o seu sorriso irônico, debochando da garota inexperiente.
– Isso é um bom começo – não havia ironia em sua voz o que me estimulou. – Continue.
– Minha pele parece queimar nos lugares por onde suas mãos passam.
– E você gosta?
– Muito.
– Ótimo! Já sabemos alguma coisa – ele continuou as carícias. Aquela conversa toda mantinha a minha excitação. – Como gosta que eu a toque, com leveza ou com mais força?
– Posso gostar dos dois? – Abri os olhos sentindo dúvida em minha resposta. Ele sorriu lindamente.
– Claro que pode. Você pode tudo o que quiser – suas mãos quentes e espalmadas brincaram em minhas costas. – Pode ser só de uma forma ou das duas ao mesmo tempo – Ele me apertou com mais força. Quase, quase mesmo, gemi satisfeita com seu toque, consegui impedir o gemido tão explicito, mas não consegui deixar de fechar os olhos e morder os lábios. – Fale mais. – Voltei a abrir os olhos.
– Meu estômago parece que fica cheio de borboletas e existe uma ansiedade por algo que eu não sei o que é, mas que vibra dentro de mim... Não em meu corpo todo, mas centralizado... – Não tive coragem de dizer a ele que meu sexo pulsava.
– Você está excitada. – Ele falava de maneira natural apesar de continuar passando as mãos em mim e de roçar levemente sua ereção em meu sexo já latejando de tanto desejo. – É natural que seu corpo queira mais. Isso é físico. O que você está sentindo é apenas a resposta do seu corpo aos estímulos. Agora ele só consegue pedir por uma única coisa: Um orgasmo.
Céus! Como ele podia me dizer essas coisas como se estivesse me passando uma receita de panquecas?
– Tem algo mais que eu deveria saber? – Me questionou com se eu estivesse escondendo alguma coisa.
– Não sei. Acho que não – fiquei visivelmente constrangida. Meu rosto vermelho entregava minha mentira.
– Tem certeza? – Mordi os lábios e fugi do seu olhar. Ele riu baixinho. – Sua calcinha Isabella, não está molhada? – Respirei profundamente e fechei os olhos. Era claro que ele saberia como estava a minha calcinha. Ele era um homem experiente. – Está ou não?
– Sim.
– Por que está tão envergonhada?
– Porque é estranho.
– Não é estranho. É muito sexy saber que uma mulher está excitada. Quando tiver um namorado ele vai adorar saber que sua calcinha está molhada por causa dele.
– Você está gostando de saber que a minha calcinha está molhada por sua causa, professor? – De onde vinham estas palavras? Eu nunca fui capaz de dizer uma coisa dessas a ninguém. Ele desfez seu sorriso amigável e me encarou confuso.
– Isso não vem ao caso. Vamos começar tirando esta formalidade entre nós dois. Não precisa me chamar de professor agora, nem quando estivermos... Desta maneira. Edward é o suficiente. Não preciso ser lembrado que estou... Fazendo estas coisas com uma aluna.
– Tudo bem, Edward. Mas você está gostando ou não?
– Esqueça Isabella. Não estamos aqui por minha causa. Agora eu preciso sair.
– Rapidamente me tirou de seu colo me colocando ao seu lado outra vez. Por que não me respondia? Será que não tinha gostado?
– Vai sair? E eu?
– Você fica. Aproveite para fazer o exercício que passei – voltou a sorrir. – Utilize o meu computador para escrever. Seu texto está aberto nele. Quando chegar, verifico a sua evolução.
Ele se levantou me deixando no sofá com todas as minhas dúvidas e inseguranças. Fiquei parada sem saber o que fazer. Eu poderia dizer a ele que me frustrava não saber se tinha gostado ou não?
O professor Cullen, ou Edward, como tinha me pedido para chamá-lo, desceu as escadas fazendo barulho com seus passos rápidos. Olhei para ele que já estava arrumado como se fosse trabalhar, mas era domingo.
– Ainda aqui? Pro quarto, Isabella. Seu tempo é curto e precisamos de produção – se aproximou de mim ainda sorrindo. Eu estava de joelhos no sofá, olhando para o meu professor como se ele fosse uma divindade. Ele acariciou meu rosto como carinho.
– Não se esqueça do que falei. Você precisa se conhecer. Conhecer o seu corpo. Saber como ele reage – ele se afastou voltando ao seu tom normal. – Tem comida na geladeira. Vou ficar fora a tarde toda. Se precisar de algo me ligue.
E partiu.
Demorei alguns minutos para me convencer de que precisava ir ao quarto do meu professor, deitar em sua cama e me masturbar. Caramba, como eu conseguiria isso? Minha cabeça fervilhava. Estava prestes a fazer algo tão proibido para mim que comecei a me sentir uma menina assustada, desobedecendo aos pais e com medo de ser pega.
Peguei o computador que estava sobre a mesa da sala e fui para o quarto dele. Demorei outro tempo olhando para a cama. Merda! Eu não podia simplesmente deitar ali e começar a me tocar. Não seria tão fácil.
Decidi que seria melhor escrever antes de qualquer coisa. Pelo menos ainda podia sentir as emoções dos amassos que demos no sofá. Sentei na cama e liguei o computador. O texto estava mesmo aberto, comecei quase que imediatamente.
Percebi que, quanto mais descrevia a sensação mais excitada me sentia. Era quente e prazeroso. E meu sexo voltou a pulsar e a ficar úmido. Será que conseguiria? Continuei escrevendo, fazendo com que a minha personagem fosse se entregando aos poucos, se permitindo, porém travei no momento em que ela precisava chegar ao orgasmo. Não consegui escrever mais nenhuma linha. Era o meu limite.
Fiquei deitada na cama observando o tempo passar. O computador continuou ao lado a tela me acusando. Desci para comer alguma coisa. Encontrei lasanha e refrigerante na geladeira. Esquentei e comi pensando em como faria para conseguir a emoção certa. Teria que fazer o que ele havia dito. Eu precisava mesmo me masturbar, mas onde estava a coragem para isso?
Voltei ao quarto e resolvi tomar um banho. Vestir a mesma calcinha estava me matando. Dispensei o chuveiro. Já que estava lá como hóspede poderia aproveitar um pouco daquela banheira maravilhosa. Fiquei deitada na água quente, sentindo o cheiro gostoso da espuma que já dominava todo o banheiro.
Comecei a reviver os momentos em que estava nos braços dele. Deus! Aquilo era gostoso demais. Como pude me permitir não viver nada daquilo por tanto tempo? A sensação das suas mãos, seus lábios, sua barba... Era muito, muito bom. Imediatamente voltei a sentir o formigamento em meu ventre. Fechei os olhos e imaginei que ele poderia estar ali, seria ótimo sentir seus dedos em mim.
Sem perceber passei as mãos em minhas pernas. Fiquei arrepiada. Era bom. Eu gostava. Deixei que meus dedos fossem mais ousados e toquei meus seios. Claro que imaginei que era ele. Minha imaginação era uma ótima companheira nesta hora. Pude sentir que meu corpo estava novamente no ritmo. Eu gostava? Sim, gostava. Era bom ser tocada nos seios, mesmo que por minhas próprias mãos.
Descobri que esta carícia também era boa e imaginei como deveria ser se no lugar dos dedos fossem os lábios dele. Caramba! Eu queria muito. Toquei meu corpo. Desta vez com mais vontade. Apalpei, puxei, só rocei os dedos até que, finalmente, achei que era o momento de conhecer a outra região, a que era um tabu para mim até aquele momento.
Levei as mãos para as minhas coxas, acariciei dos joelhos até chegar perto do meu sexo. Deixei que um dedo tocasse timidamente o local onde a vibração se concentrava. Eu sabia o que era e sabia também que era um dos pontos de prazer da mulher, só não sabia como fazer. Passei o dedo por cima. Foi bom, mas não maravilhosamente bom. O que seria necessário? O que deveria fazer?
– Isabella? – Quase pulei da banheira. Abracei meu corpo, apavorada. Claro que eu sabia que era ele e que provavelmente estava dentro do quarto, não poderia ser considerada uma situação anormal, mas daí a deixar que me pegasse naquela situação era outra história.
– Aqui.
– Tomando banho? – Sua voz estava mais próxima. Ele não entrou no banheiro.
– Já estou acabando.
– Certo. Posso dar uma olhada em como ficou o texto?
– Ah, claro. Fique a vontade – ele riu.
Levantei correndo e peguei a toalha que estava ao lado da banheira. Não imaginava que ele fosse voltar tão rápido, ou o tempo passou e eu não percebi? Sequei o corpo, vesti o roupão e sequei os cabelos com a toalha. Não havia secador no quarto. Desembaracei, penteei, fiquei longos minutos tentando normalizar a respiração então decidi que já poderia sair do banheiro.
Ele estava na cama, Encostado na cabeceira e com as pernas estiradas e cruzadas sobre o colchão. O computador estava em seu colo enquanto lia o que eu tinha conseguido escrever. Subi na cama ficando ao seu lado. Aguardei até que ele dissesse alguma coisa.
– Eles estão fazendo sexo por telefone. Gostei. Muito bom. Ficou ótimo! Você pegou o espírito da coisa, por que parou?
Fiquei vermelha como um tomate. Ele deixou o computador de lado e me puxou para mais perto.
– Fez o que pedi?
Dava para ser menos direto? Seria muito mais confortável se não tivesse que explicar a ele que eu não sabia como me masturbar.
– Não.
– Foi por isso que parou o texto justo na hora em que eles chegariam ao orgasmo?
– Acho que sim.
– Acha que sim – repetiu me analisando. – Qual foi o problema?
– Não me sinto a vontade conversando sobre essas coisas.
– Mas se sente a vontade para me pedir para tirar a sua virgindade.
– Professor... Edward. Não é fácil para mim.
– Eu sei que não, mas eu estou aqui, não estou? Quero ajudá-la. E se não conversarmos de maneira clara não vou saber como fazer.
– Tudo bem.
– Conte-me o que aconteceu. Por que não fez o que combinamos que faria?
– Porque não consegui.
– Não conseguiu?
– Não – ficamos nos olhando. Ele em dúvida e eu com raiva por ter que me abrir daquela forma.
– Ok. O que faltou?
– Não sei – eu queria morrer. O que poderia dizer?
– Você tocou o seu corpo? – Fechei os olhos e baixei a cabeça.
– Toquei meu corpo, fiquei excitada, mas não consegui fazer da maneira certa.
– Não consigo entender. O problema está em sua cabeça Isabella. Rompa esta barreira. Vai ser gostoso. Seu corpo deve estar muito tenso, depois de tantos momentos de quase orgasmo. Deve ser por isso que está tão furiosa.
– Não estou furiosa.
– É claro que está.
– Não estou – quase gritei.
– Está vendo?
– Ok, estou furiosa. Detesto não conseguir fazer algo que sei que preciso fazer.
– E o que está faltando?
– Você. – Ficamos os dois em choque pelas minhas palavras ditas impensadamente.
– Desculpe-me, eu não...
– Tudo bem – ele respirou enchendo os pulmões de maneira nítida e passou as mãos nos cabelos. – Como posso ajudar?
– Você é o professor. – Mais alguns segundos constrangedores. Puta merda! Eu estava mesmo pedindo que ele me masturbasse?
– Certo – ele olhou para os lados ainda um pouco confuso. – Certo – repetiu. – Acho que posso dar um jeito.
Edward levantou e me estendeu a mão. Colocar a minha sobre a dele foi o maior gesto de confiança que já fiz em toda a minha vida. Estava confiando todo o meu eu a ele. Segurando firme ele me conduziu ao closet. Era grande, espaçoso e muito bem arrumado. Roupas masculinas perfeitamente organizadas por tom. Ao fundo, um enorme espelho tomava toda a parede. Foi para lá que nós fomos.
Ele acendeu apenas as lâmpadas que iluminavam o teto deixando o ambiente levemente iluminado. Um som, que eu ainda não conseguia identificar de onde vinha, invadiu o closet. Uma música lenta e sensual. Como conseguia fazer isso? Depois me deixou de costas para ele, mas de frente para o espelho. Separou meus cabelos, deixando-os de lado caídos sobre o ombro.
Suas mãos que estavam sobre a minha cintura desceram até as minhas mãos, colocando-se sobre elas.
– Quero que relaxe – disse em meu ouvido seus lábios tocando-o enquanto falava. Estremeci. – Essa é uma boa reação Isabella. Agora foque em sua imagem no espelho. Você é linda! – Meu sexo começou a ficar umedecido. Ele era encantador. – Tem um corpo lindo.
Suas mãos começaram a se movimentar, porém desta vez ele levava as minhas junto com as dele, como se estivesse me conduzindo, me ensinando. Primeiro tocou minhas pernas, ainda por cima do roupão felpudo. Mas as mãos subiram para minha barriga. Seus dedos ditavam como as carícias deveriam ser.
Ele desfez o nó do roupão. Eu estava nua, completamente nua por debaixo. Fiquei mais do que envergonhada. Edward baixou os olhos sem me conferir pelo espelho e beijou meu pescoço. Arfei! Seus lábios se demoraram e minha pele, como um todo, começou a arder. Inexplicavelmente meu corpo começou a ganhar vida. Eu reagia ao que ele fazia e sem querer fazia alguns movimentos.
As mãos dele, sobre as minhas, me levaram até meus seios. Exatamente como eu tinha imaginado um pouco antes, quando ainda estava na banheira. Ele fechou minha mão em um seio. Apertou um pouco e depois afrouxou, repetiu algumas vezes até que eu entendesse o processo e fizesse com mais vontade. Ele mordeu minha nuca e lambeu descendo um pouco sua mãos para que a minha começasse a trabalhar sozinha.
– Você gosta?- Outra vez sua voz estava baixa, rouca e extremamente sensual.
– Gosto.
– Ótimo! –
Com as duas mãos ele me fez acariciar meus seios, levantando-os e apertando-os ora suavemente, ora com força. Seus lábios continuavam em meu pescoço, o que estava me enlouquecendo.
Outra vez deixou minhas mãos para que eu repetisse o processo sozinha. Já completamente estagnada de prazer deixei que minha cabeça tombasse para trás o que lhe deu mais acesso ao meu corpo. Ele não reclamou. Suas mãos estavam em minha cintura enquanto eu acariciava meus seios como ele tinha me ensinado.
– Assim – gemeu me puxando de encontro a sua ereção. Meu roupão desceu pelo ombro revelando mais claramente meus seios. Levantei o rosto, um pouco constrangida, e quando ia deixar suas mãos para arrumar o roupão o flagrei me olhando pelo espelho. Foi só um breve segundo, mas quase me fez enlouquecer. Seu olhar era de puro desejo.
Ele mordeu meu pescoço mais uma vez voltando a fechar os olhos. Eu podia sentir sua excitação roçando minha bunda. Edward, ciente de que meu corpo não suportaria muito mais, segurou minhas mãos, fazendo com que descessem em direção ao meio de minhas pernas. Estremeci. Ele me tocaria?
Ainda parcialmente coberta pelo roupão que descia de um lado, mas escondia o outro, o que me deixou menos tensa, pois não podia ser vista completamente nua por ele, senti suas mãos pararem hesitantes na altura do meu ventre. Ele acariciou a região e segurando em meu pulso esquerdo levou minha mão um pouco mais abaixo, sem segui-la. Ele não iria me tocar. Fiquei frustrada e não sabia o motivo já que tínhamos um acordo.
– Toque – ordenou com a voz rouca. Tentei seguir sozinha, mas não foi a mesma coisa. Levei minha mão até meu sexo e me toquei. Era gostoso, mas não o suficiente.
Edward ao perceber que eu perdia o ritmo, intensificou os beijos em meu pescoço e pressionou a sua ereção movimentando o meu corpo. Melhorava um pouco mas ainda não era o suficiente. Eu não sabia como me tocar.
– Não posso.
– Pode.
– Não sei como fazer – quase desisti. Podia sentir o desejo cedendo.
– Claro que sabe. Continue. – Fiquei em dúvida se seu apelo era pelo meu prazer realmente ou se sua excitação era tanta que ele não poderia passar sem esta.
Recomecei as carícias no mesmo instante que ele recomeçou a dele. Agora suas mãos, livres das minhas tocavam o restante do meu corpo. Pensei que chegaria ao orgasmo tão desejado no momento em que ele roçou os dedos em meus seios, porém ele não os tocou de fato. Era como se estes fossem pontos proibidos. Voltei a me sentir frustrada.
– Não dá. – Tentei me afastar e ele me segurou com força onde estava. Pelo espelho pude ver a sua mandíbula apertada, como se estivesse concentrando em evitar algo.
– Continue – sua voz mudou o tom outra vez. Ainda rouca e ainda baixa, mas estava esganiçada. Fiquei apreensiva. O que estava acontecendo com ele?
– Edward...
– Eu mostro a você.
Antes que eu pudesse protestar ou questionar, sua mão estava sobre a minha e ambas já estavam no meio das minhas pernas. Seu dedo do meio se movimentava sobre o meu forçando a carícia sobre o meu clitóris. Desta vez foi exatamente como eu imaginava que seria. O prazer foi imenso. Gemi e meu corpo tremeu com o contato.
– Só acaricie. Movimentos circulares e lentos – seus lábios se fecharam em meu lóbulo.
Gemi alto. Ele roçava sua ereção em mim e seu dedo ditava os movimentos do meu. Eu estava sentindo meu corpo começar a se comportar de maneira estranha, era delicioso. Deixei que meu dedo fizesse como ele me ensinava. A região ia ficando cada vez mais rígida. Isso era uma grande novidade. Estava muito difícil controlar tudo o que eu sentia. Deixei que meus outros dedos me tocassem, completando a carícia.
– Sem penetrar, meu bem. Só acaricie. Assim – mais uma vez ele me mostrou como fazer. Meu corpo era pequeno demais para a quantidade de prazer que se acumulava nele. Eu iria explodir a qualquer momento.
O ápice foi quando Edward deixou que sua mão esquerda continuasse me instruindo enquanto subiu a direita até meus seios, agarrando-os como eu queria que fizesse. Foi demais. Neste momento meu corpo inteiro pareceu formigar e eu gozei o prazer mais gostoso que poderia imaginar.
Foi breve, muito breve mas foi incrível e delicioso. Meu corpo inteiro acelerou naqueles segundos de prazer, para logo depois ir desacelerando bem devagar. Ele ainda mantinha suas mãos em mim e aos poucos foi retirando-as.
– Agora volte para a cama e escreva. Vou estar no quarto ao lado.
Sem que eu conseguisse dizer alguma coisa ele partiu me deixando sozinha no closet.

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