Docinhos: Função CEO - A Descoberta da Verdade (parte 8)

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"Tanya abriu os olhos e me encarou. Durante poucos segundos ela pareceu perdida, como se não soubesse ao certo se estava mesmo acordada ou sonhando, mas assim que se deu conta, cobriu o rosto com as mãos e chorou copiosamente. Fiquei em choque. Há muitos anos eu não via a minha esposa tão desprovida de defesas, frágil com uma criança. Sem pensar duas vezes, sentei ao seu lado e toquei em seu braço. Ela sacudiu o rosto, negando a aproximação, mas não me impediu por muito tempo, logo ela estava em meus braços, chorando e sendo acalentada por mim. 
Deixei que ela chorasse sem lhe fazer perguntas. Eu também estava assustado, pego de surpresa por aquela demonstração de fraqueza e principalmente pela minha boa vontade em consolá-la. Mas havia algo de muito estranho naquele episódio. Tanya estava mesmo com medo. Aterrorizada pelo ocorrido e chorava desarmada sem saber como conseguir superar o seu temor. 
- Você acredita... Seria possível que... Não posso acreditar. Mas foi real. Foi verdadeiro, Robert. Eu não estou mentindo. Por favor, acredite em mim – ela me encarou com os olhos molhados e a face pálida.
- Calma, Tanya! Você está tremendo.
- Como não tremer? – as lágrimas caíram com facilidade. – Como pode ser possível?
- Eu não consigo entender. Por que não me conta o que aconteceu? – ela recuou um pouco e desviou o olhar, depois olhou sugestivamente para a copeira, que muito sem jeito pediu licença e se retirou do quarto deixando-nos sozinhos. Assim que a porta fechou ela continuou.
- Eu estava passando o hidratante facial, começava a me preparar para encontrá-lo na empresa. Não havia nenhum som – sua voz ficou mais urgente. – Eu juro, Robert! A casa estava no mais perfeito silêncio. Ninguém estava no andar, mas... Por Deus, eu ouvi. Não foi alucinação. Como pode?
- Calma! O que exatamente você ouviu? – seus olhos ficaram imensos.
- Eu estava em frente ao espelho, olhando meu rosto e verificando o creme em minha pele. Estava concentrada quando ouvi. Foi... Horrível! – recomeçou a chorar.
- Tanya, eu não posso te ajudar desta forma. Preciso saber o que você ouviu. Não posso nem questionar os empregados...
- O pequeno Rob – a princípio não entendi o que ela dizia. Pensei que continuaria dizendo coisas sem sentido, mas ela me encarava firmemente. – Eu o ouvi. Era o seu riso, a sua alegria. Foi tão real, tão presente, como duvidar? Era ele, mas como? - meu coração acelerou de uma maneira incompreensível.
- Do que está falando, Tanya? O menino está morto.
- Morto. Como pode? Eu ouvi. Tenho certeza, não estou louca. Foi forte e alto, impossível confundir com qualquer outro som. Era ele. Agora me explique como? Ele está morto!
- Não existe esta possibilidade. Você deve ter imaginado – passei as mãos nos cabelos sem saber ao certo o que deveria fazer. 
A loucura de Tanya estava ganhando proporções inacreditável. Mas também, não era possível que um dia os fantasmas do seu passado não voltassem para cobrar pelos seus crimes. Olhei outra vez para minha esposa e senti pena. Não havia chance de eu acreditar que aquilo aconteceu senão somente em sua mente doentia. 
- Você deve estar cansada. Estressada. Estes últimos acontecimentos... Eu também estou sendo sabotado pela minha mente – imediatamente lembrei da imaginação que tive, quando acreditei que Melissa esteve ao meu lado e que me amava, pedindo que lutasse por nós dois. Aquilo também foi um truque da minha mente. Como condenar Tanya?
- Não me deixe sozinha, por favor! Eu sei que não estou imaginando. Robert, você precisa acreditar em mim – ela agarrou meu braço, chorando sem cessar. – Por favor!
- Tudo bem, Tanya – e eu estava ali outra vez, acariciando seus cabelos e me perguntando por que estava tão tocado com a sua fragilidade? Imediatamente soube a resposta. Porque Tanya não mentia. Pela primeira vez em muitos anos, ela estava sendo apenas frágil. Sendo a Tanya que eu conheci quando me apaixonei."


"A porta do elevador abriu deixando-a partir. Cheguei a me preparar para a imagem de Dean, com seu carro incrível, comprado com a merda do meu dinheiro, aguardando alegremente pela esposa, que ele havia roubado de mim e que provavelmente aqueceria a cama naquela noite fria. Fechei as mãos em punho. 
No entanto, Melissa caminhou calmamente em direção ao seu carro. O som do seu salto se chocando contra o chão e ecoando no vazio. Observei a mulher que eu amava e agradeci por pelo menos aquele momento. O que eu não daria por uma noite naquele apartamento pequeno e velho, naquele sofá nada confortável, abraçado ao seu corpo macio. E a noite estava tão fria! 
- Melissa?
Ela virou automaticamente em minha direção, antes de conseguir alcançar o seu carro. Observei sua expressão confusa. Havia alguma coisa diferente naquele rosto, e eu não sabia dizer ao certo o que era, mas Melissa não era mais a mesma pessoa. Ela parecia mais segura, madura... Não apenas pelas suas atitudes, todas as que eu pude comprovar naquele pouco tempo desde a sua volta, mas seu corpo parecia mais maduro. Com certeza havia algo de diferente.
- O que, Robert? – ela ficou impaciente vendo-me apenas observá-la sem dizer nada.
- Você engordou?
Droga! O que deu em mim para fazer aquela pergunta? Que mulher em sã consciência ficaria feliz com uma pergunta dessa? Fiquei envergonhado, mas Melissa corou deliciosamente tirando-me a concentração. Depois sua boca abriu e fechou algumas vezes e ela segurou o casaco, fechando-o ao corpo como se quisesse esconder de mim aquela realidade. 
- Vá a merda, Robert! – e abriu a porta do carro entrando imediatamente.
Ri alto. Não pelo fato dela ter mesmo engordado. Bom... Não muito, tenho que ser justo, e com certeza, não de forma a desacreditar as suas curvas, que estavam mais belas e interessantes do que nunca, isso eu pude comprovar diversas vezes, mas pelo fato de tê-la irritado a tal ponto que foi impossível segurar a sua rebeldia. 
E eu amava aquela rebeldia."


"- Eu estou gorda? – coloquei mais um pedaço de torta de chocolate com cobertura e chocolate e pedaços de chocolate, na boca. Dean sorriu e passou um braço em meus ombros.
- Não. Você está linda! – engoli e logo coloquei outro pedaço. – Está melhor agora?
Dean era o máximo! O único homem que tinha a sensibilidade adequada para oferecer chocolate a uma mulher quando ela estava sofrendo. Além de saber as palavras corretas para acalmar um coração desesperado. 
- Não. Vou comer a torta toda. Tenho certeza de que minha bunda está maior. As bundas sempre crescem no período de gestação, não é? A minha está imensa – funguei limpando meu rosto com as costas da mão. 
- Que absurdo! Sua barriga nem apareceu ainda, com pode sua bunda estar maior? Aliás, sua bunda está ótima!
- Dean! – dei um tapa no braço do meu marido e ele riu.
- Pare com isso. Robert queria apenas te provocar. Você continua perfeita – sorri e dei um beijo em seu rosto. Dean sorriu de uma maneira diferente."
Dia 10 de julho - parte 4
"- Como foi a reunião? – ele falou comigo me pegando de surpresa. Olhei seus olhos cinza e quase me perdi neles. Eram tão perfeitos! E aquele queixo definido, aqueles lábios tentadores, e aquele inferno de sorriso torto que roubava a minha sanidade mental? Merda! Eu precisava de sexo, e precisava urgentemente. "

1 comentários:

Unknown disse...

Ela está gravida Tati, to passada!!!!!!! :(

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