Oi meninas! Estou de volta com mais um capítulo do nosso prof delícia. Tenho que me justificar, pois desta vez demorei demais mesmo, contudo estive e estou muito ocupada com todos os detalhes dos livros. Não consigo lembrar se contei para vocês que a Editora Literata vai lançar dois livros meus em 2014, um deles será "Função CEO - A descoberta do prazer, livro 1" que será lançado em março de 2014 e que já está me deixando louquinha aqui rsrsrsrsr A outra novidade é que meu livro "Casei. E agora? - As aventuras do meu descasamento" também será lançado pela Editora Literata, mas ainda sem data, porém ele já está a venda pela Amazon e está sendo o maior sucesso. Quem ainda não viu, eu liberei os três primeiros capítulos aqui no blog e para quem quiser comprar custa apenas R$ 5,99 e é através do link http://www.amazon.com.br/Casei-agora-aventuras-meu-descasamento-ebook/dp/B00GOEMZQI/ref=sr_1_1?ie=UTF8&qid=1385403084&sr=8-1&keywords=casei
Agora vamos ao capítulo?
CAPÍTULO
16
POV
BELLA
Andávamos pela mata, Edward me conduzindo
com uma das mãos e o cavalo com a outra. Eu não conseguia tirar o largo sorriso
do rosto e, aproveitando que “meu noivo” estava de costas para mim me deixava
levar pelas lembranças.
Quando em minha vida eu poderia imaginar
que me envolveria com um homem como Edward? Nunca passou pela minha cabeça
entrar de cabeça nessa loucura toda e ainda por cima terminar noiva do homem
mais incrível que já conheci, na vida e nos sonhos. Sim. Porque nem nos romances
que li e tampouco nas histórias que me arrisquei a escrever, nenhum dos
personagens chegava sequer perto dele.
Edward era perfeito!
- Você está bem? – Revirei os olhos.
Ele já tinha feito a mesma pergunta quatro
vezes desde que descobriu que nossa deliciosa aventura tinha deixado algumas
sequelas. Não muito grandes ou graves, eu imagino que normais para uma primeira
noite de prazer intenso. O que ele queria? Eu era virgem e, apesar disso,
aguentei um round de quatro tempos. Ok. Estou toda orgulhosa de mim e do meu noivo.
O fato foi que fiquei com assaduras e ele descobriu quando tentou me fazer
cavalgar. No cavalo, claro!
- Estou ótima, Edward. Com certeza aguento
mais uma rodada – ele sorriu e voltou a olhar para frente. – Pare de sorrir
como se eu fosse uma aberração. Não tenho culpa se foi muito bom. Maravilhoso!
Você poderia ser menos perfeito, facilitaria um pouco.
- Não estou rindo porque você é uma
aberração. Na verdade já esperava por esta reação, Bella.
- Sério? – Estanquei chocada. Como assim já
esperava?
- O que você queria? Um belo dia estava eu tranquilo
em minha casa e recebo a proposta indecorosa de te ensinar a fazer sexo. Desde
a primeira aula eu tive a certeza de que você seria fogo puro – continuou
sorrindo e eu, mesmo indignada, me derreti por aquele sorriso. Lindo!
- Então por que demorou tanto a se decidir?
– Edward se voltou e me puxou para seus braços.
- Não sei. Hoje estou convicto de que
deveria ter deixado acontecer, mas como dizem por aí: tudo tem o seu tempo e
lugar.
- E foi perfeito – demonstrei minha
empolgação envolvendo seu pescoço com meus braços e buscando seus lábios.
Edward riu e me beijou com doçura.
- Realmente. Foi perfeito, apesar de tudo.
– Acariciou meus cabelos e minha testa franzida por não entender o seu “apesar
de tudo”. – Eu fiquei desesperado quando voltei para casa e descobri que você
estava perdida no meio daquela tempestade.
- Eu não estava perdida... – seu indicador
me calou.
- Você estava sozinha no meio de uma
tempestade. Nunca conseguiria apenas sentar e aguardar.
Edward demonstrava angústia quando
relembrava as dificuldades enfrentadas para me resgatar. Foi exatamente por medo
daquele tipo de reação que não contei sobre as horas que caminhei na escuridão
porque aquele... Aquele animal que ele conduzia como se fosse a criatura mais
doce do mundo, se recusou a me carregar e, ainda por cima, me abandonou no meio
do nada, com toda aquela chuva, raios e trovões.
Quando Edward chegou, eu não quis dar a ele
o gostinho da vitória. Estava muito magoada, na verdade eu estava apavorada e
vê-lo me deixou tão feliz que quase pulei sobre o meu professor chorando. Graças
a Deus consegui me conter. Também não disse que estava com a bunda toda
dolorida por causa da queda que aquele... animal me fez levar. Com certeza eu
estava com um puta hematoma que ele só não percebeu por causa da pouca luz e porque
pela manhã dei um jeitinho de esconder.
- Eu quase morri afogado – fez um biquinho
digno de atenção. Estreitei os olhos e segurei o riso.
- Coitadinho! – Fiz uma voz carinhosa.
- Quase fui eletrocutado – continuou com a
carinha de menino pidão.
- Oh, Deus! Sério? – Fui entrando em seu
jogo.
- Hum, hum! – Ele me olhava atentamente
ainda representando o menino perdido. – Também quase fui atropelado pelo meu
próprio cavalo, sem contar a queda na frente da cabana e que você não deu a
menor importância.
- Tudo isso só para conseguir comer a sua
aluna? Poxa! Estou orgulhosa! Você é um homem determinado.
Ele riu alto, jogando a cabeça para trás e
me deixando ainda mais deslumbrada.
- Bem, não estava em meus planos, quer
dizer... Estava, mas não do jeito que foi. No final foi ainda melhor do que o
planejado.
- Não sei o que você pretendia, porém não
troco a minha primeira vez por nada neste mundo – sorriu com olhos brilhantes e
apaixonados, daquele jeito que me fazia esquecer como respirar.
Ah! Edward é tão... Edward!
- É melhor continuarmos antes que seu pai
consiga mobilizar o exercito.
Meu pai. Imediatamente fiquei tensa. Como ele reagiria?
Eu precisava, a qualquer custo, mantê-lo longe de Edward. Não podia perder o
meu noivo antes mesmo de oficializarmos nossa situação. E muito menos depois de
tudo o que ele tinha feito comigo ontem. Se a primeira vez tinha sido tão
intensa eu não poderia sequer imaginar as seguintes. Um milhão de formigas
marcharam pelo meu corpo me causando comichão.
Ele continuou caminhando, segurando a minha
mão e conduzindo o cavalo. Estava relaxado, até acrescentaria... Feliz,
realizado... E eu estava no paraíso, em êxtase. Todo o meu mundo se resumia àquele
homem incrível que me segurava pela mão.
- Como você vai fazer... Isso... Quer
dizer... Esta ideia de casamento – me senti incomodada sem entender o motivo. Tudo bem que casamento nunca fez parte dos
meus planos. Não porque tinha problemas quanto a isso e sim porque me sentia muito
jovem ainda para sequer pensar em viver com alguém. Se bem que com Edward...
Sim. Eu poderia passar uma eternidade ao seu lado.
- Primeiro terei que falar com seu pai,
apenas pela questão de tradição. Você aceitou então nós vamos nos casar com ou
sem o consentimento dele – parei chocada. Edward interrompeu seus passos para
virar em minha direção me encarando. – Ele vai concordar. Não se preocupe.
- Mas...
- Eu conto para ele que tirei sua
virgindade, aí será ele quem vai querer me obrigar a casar – sorriu cinicamente.
- Edward!
- Estou brincando. Não quero ser
responsável pela morte do seu pai. Este será meu último argumento, caso ele
invente um monte de obstáculos para me impedir de ficar com você.
- Dá para parar? Deixe que eu converso com ele.
Vai ser melhor do que deixar os dois fazerem uma competição para decidir quem é
o mais macho – ele riu.
- Não estou competindo com ninguém. Mesmo
porque já sei que sou o vencedor – dei um tapa em seu braço e ele riu mais. – O
rio ainda está muito cheio – rapidamente mudamos o astral de alegre para preocupado.
Atravessá-lo seria uma grande aventura.
- E agora?
- Acho melhor você montar e eu vou levando
vocês dois.
- Não vou montar nesse... Não vou montar em
seu cavalo. Ainda estou dolorida – suavizei um pouco a voz para que ele não desconfiasse
da minha antipatia pelo animal.
- Bella, eu consigo atravessar. A água não
está nem com metade da força de ontem. Já você, não tenho certeza se vai
conseguir.
- Posso tentar. Você segura minha mão – ele
respirou fundo e, olhando para a água, concordou.
Começamos a entrar e... Arg! Estava gelada
demais. Insuportavelmente gelada. Estremeci e Edward percebeu. Sem contar que a
correnteza estava mesmo muito forte. Cada passo tinha que ser muito bem
calculado. Quando a água já estava nas minhas coxas eu comecei a tremer e bater
o queixo.
- Tudo bem, Bella. Suba em minhas costas – Edward parou um pouco
já me posicionando para subir. Aceitei sem questionar. Muito melhor as costas
dele do que o lombo daquele animal falso e dissimulado. Era incrível como ele
fingia ser bem comportado perto do dono.
Agarrei-me nas suas costas e ele continuou
a caminhar, com mais cuidado. Livre da água e sentindo sua mão em minha perna,
toda a minha atenção foi desviada. Deitei o rosto em seu pescoço e inspirei
aquele aroma fantástico que só Edward conseguia ter. Ele, sutilmente, inclinou
a cabeça em minha direção, aceitando o carinho.
- Podemos voltar a cabana um dia?
- Quantas vezes você quiser.
- Podemos passar nossa lua-de-mel aqui? – Ele
riu.
- Eu tinha pensado em um lugar especial,
Paris por exemplo.
- Você sempre pensa em tudo? - Riu
divertido. – Aquela cabana é o lugar mais especial do mundo.
- Tem razão. É que eu penso em tantas
coisas para nós dois... Viajar, conhecer lugares, revisitar outros. Fazer amor
em vários outros... – Não resisti beijei seu pescoço e corri minha mão por seu
peito com paixão. – Assim eu não vou conseguir continuar.
Naquele momento ouvimos o barulho de motores.
Agucei as vistas e logo à frente pude enxergar um jipe, uma moto e alguém a
cavalo. Caramba!
- Os reforços chegaram – Edward falou sem
muito entusiasmo. Com certeza estava tão apreensivo quanto eu. Não sabíamos
como agir. O que fazer primeiro? Não podíamos simplesmente anunciar que
estávamos juntos. Podíamos? Não. Era necessário passar por um obstáculo
terrivelmente perigoso: meu pai.
Continuamos andando. Ele com passos firmes
e cautelosos comigo em suas costas, agora sem me deitar em seu pescoço, ou
acariciar seu peito. Estava mais para uma mochila, patético.
Alcançamos o outro lado, sãos e salvos,
quase que no mesmo instante em que eles. Jasper e Emmett estavam no Jipe, Jacob
na moto e meu pai, como não poderia deixar de ser, a cavalo, como um rei procurando
sua linda princesa. Não pude deixar de sorrir.
Meu pai, apesar de toda aquela história sobre
virgindade, escolher o meu marido e tudo mais, é a pessoa mais incrível que eu conheço.
Um homem de honra, que cresceu com seu próprio esforço, sem nunca ter prejudicado
ninguém. Ele é uma pessoa boa. Por
detrás daquela máscara de austeridade existe um homem bom que se preocupa em dar
condições dignas de saúde para quem não tem condições de pagar. Eu me orgulhava
muito dele.
Edward parou, me ajudou a descer e me
manteve ao seu lado com a mão em minha cintura. Meu pai imediatamente percebeu
este detalhe. Eu corei de uma maneira que nunca achei possível. Jacob sorriu
cúmplice deixando claro que tinha entendido tudo: eu não era mais virgem.
Por que aquilo me deixava tão envergonhada?
Todo mundo ali sabia que eu era virgem e
que tinha envolvido Edward num plano absurdo e maluco para deixar de ser. Tudo
bem que meu pai não sabia mas os outros, de uma forma ou de outra, acabaram
sendo envolvidos pela situação. Então qual o motivo de tanta vergonha? O fato
era que eu estava incrivelmente constrangida.
- Bella, que bom encontrar você inteira sem
nenhum pedaço faltando – Jacob me agarrou puxando-me para longe de Edward. Tive
tempo de perceber seu gesto de reprovação, mas permiti que Jack roubasse a
atenção. – Será que está inteira mesmo? Deixe-me observar melhor.
- Jack! – Dei um tapa em seu braço rindo da
sua insinuação.
- Sério estou feliz por você.
- Posso pegar a minha filha? – Meu pai
estava atrás de mim. – Bella! – Me apertou em seus braços com força. Dava para
sentir o desespero contido. Ah, pai! – Fiquei tão preocupado! Nunca mais faça
isso, mocinha. Sua mãe está muito nervosa e não vai sossegar enquanto não
colocar os olhos em você.
- Eu estou bem, pai – afirmei com meus
olhos úmidos.
- Está frio e você molhada. Como foi a
noite? Choveu muito. Eu mesmo teria ido, mas Edward... – Seus olhos correram
para meu namorado e meu coração descompassou.
- Eu estou bem! Ótima! Edward me encontrou
na hora certa. Conseguimos acender a lareira e... – suspirei pensando em como
tudo deu certo.
- Ela está bem, Charlie – meu namorado se
aproximou. Olhei para trás e vi aquele homem seguro, forte e decidido que eu
conhecia. Era possível me apaixonar ainda mais por ele? Apesar do meu pai ter
assumido sua postura intimidante habitual, Edward não recuou. Apertaram as mãos
sem desviar o olhar.
- Vamos voltar. Vocês devem estar cansados,
está muito frio, sem contar que as mulheres estão quase botando um ovo – Jasper
falou se aproximando e foi repreendido pelo olhar de Edward. Que história era
aquela de botar ovo? Meu deus! Jasper era muito debochado.
- Vamos! – Emmett se intrometeu tentando
conter um risinho do tipo “eu sei o que vocês fizeram na noite passada”. Minha
vontade era de esmurrá-lo. – Vocês devem estar com fome. Eu estou.
- Certo. Vá no jipe com eles, filha. Estarei
logo atrás, levando os cavalos com Edward.
Puta que pariu! Eu conhecia aquele tom muito
bem. Precisava evitar o tal confronto.
- Eu posso montar pai – Edward estreitou os
olhos em minha direção. Ok! Eu não podia montar sem sentir dor, mas era por uma
boa causa então tentaria. – Por que o senhor não vai no jipe e me deixa levar
os cavalos com Edward? Seria mais confortável para o senhor – pela minha visão
periférica percebi que Jacob abriu um imenso sorriso e balançou a cabeça.
- De jeito nenhum. Você vai no jipe onde
estará segura.. Eu chegarei logo em seguida.
Puta que pariu um milhão de vezes!
- Mas pai...
- Bella! Tudo bem vá no jipe. Faça o que
seu pai está pedindo – Edward interferiu me deixando ainda mais irritada. Como
se não bastasse o meu pai decidir sobre a minha vida eu arranjei um namorado
mais do que mandão.
Infelizmente não havia como argumentar. Com
Edward e meu pai me dando ordens ao mesmo tempo o melhor a fazer era me afastar
e deixar as coisas acontecerem. Entrei no carro recebendo um olhar de conforto
de Jasper e um afago de Emmett. Só fizeram com que eu me sentisse ainda mais
criança. O que eles estavam pensando? Eu não era mais uma menininha.
POV
EDWARD
Ainda estava desmontado quando Bella entrou
no jipe e partiu. Jacob hesitou e Charlie o dispensou apenas com um olhar. O
clima ficou tenso imediatamente. Eu nem sabia como começar a conversa. Porém
não demonstrei fraqueza nem fiquei intimidado. Sabia o que queria e não abriria
mão. Não voltaria atrás.
Charlie não montou como achei que faria.
Apenas segurou as rédeas e começou a caminhar. Como fez com Jacob apenas me
olhou indicando que deveria acompanhá-lo. Caminhei ao seu lado, em silêncio e
cada vez mais tenso. Ele permanecia calado. Só olhava para frente e caminhava a
passos lentos. Foram os dez minutos mais longos de toda a minha vida.
- Eu a amo, Charlie – falei de uma vez só.
Não dava para manter aquele silêncio nem ficar aguardando a iniciativa dele. Se
era para fazer então que começasse logo.
Para minha surpresa, ele não explodiu, não
se fez de ofendido, nem mesmo parecia que estava tendo uma sincope. Apenas
sorriu e parou para me olhar.
- Disso eu já sei. – Por que ele estava tão
relaxado? Eu não me aguentava de nervoso. Preparado para uma batalha. Armado.
Pronto. E ele simplesmente reagiu
naturalmente.
- Ótimo! – Olhei para frente sem saber como
enfrentar sua atitude.
- Espero que você me compreenda, Edward.
Isabella é minha única filha. Eu sonhei para ela um futuro brilhante.
Sacrifiquei a minha vida para que tivesse tudo o que sonhava. Pode não parecer,
mas eu, mesmo contrariado, fiz e continuo fazendo tudo para que ela se realize.
Não vou me opor à escolha dela. Apesar de tudo nunca fiz isso. Ela é como a
mãe. Sonhadora, porém decidida. Vira o mundo de cabeça para baixo se preciso
para conseguir o que quer.
Sorri. Essa era realmente a Isabella que eu
conhecia. A garota determinada que me cercou totalmente e não me deixou a menor
chance de escapar. A mulher da minha vida!
- Você deve saber muito bem o gênio dela. É
impossível e determinada. Colocou na cabeça que queria ser escritora. Pode até não
parecer, mas eu nunca fui contra. Queria que ela fosse médica, ou administradora,
você sabe... Os hospitais... Mas Jack vai cuidar de tudo e isso me deixa mais
feliz. Eu quero que ela realize todos os seus sonhos.
- Eu te entendo, Charlie.
- Por causa disso quero que ela tenha o
namorado da sua escolha o que não significa que vou facilitar. Minha filha pode
se apaixonar quantas vezes quiser, no entanto o homem que ficar com ela terá
que merecê-la. Deverá provar ser capaz de cuidar dela quando eu não estiver
mais presente. Espero que entenda. Um dia você será pai e não poderá colocar
sua cabeça no travesseiro e dormir sossegado à noite sabendo que sua filha pode
sofrer, ser magoada e ferida. Eu não consigo conviver com esse pensamento.
- Entendo perfeitamente – afirmei apreensivo.
Como eu poderia prometer tudo aquilo? Como poderia saber o que a vida reservava
para nós dois?
- Vocês passaram a noite juntos – engolir
passou a ficar mais complicado. Eu nem conseguia mais fixar meus olhos nele.
- Foi necessário não havia outra
alternativa...
- Sim. Eu sei. De qualquer forma...
- Nós vamos nos casar... Quer dizer... Eu
quero me casar com ela... Eu a pedi em casamento... – Puta que pariu! Estava
ficando cada vez mais difícil. – Com o seu consentimento, é claro! – Ele parou,
respirou profundamente e continuou andando. Novamente em silêncio. Mais intermináveis
cinco minutos.
- Você é bem mais velho do que ela – disse
por fim, como se estivesse falando sobre o tempo.
- E desde quando idade é um problema? – Estava
tão tenso que não impedi a rouquidão da voz. E se ele recusasse? Eu diria que
ela já era minha mulher?
- Ela é muito mais rica do que você –
revirei os olhos. Nunca tinha parado para pensar sobre este ponto. Aliás, nunca
parei para pensar em nós dois de uma maneira diferente de eu ser o dono da
editora e ela a escritora.
- Para nós não é um problema. A não ser que
seja para você – ele negou com a cabeça, olhando sempre para frente.
- Ela é virgem. – Ferrou! Quase me encolhi.
Engoli com muita dificuldade. Puta merda! Puta merda! – Isto é algo importante,
Edward. Você é homem. Experiente. Vivido. Homens têm necessidades... – não dava
para encará-lo. Definitivamente não dava. - Quero que permaneça assim. Se você
pensa em casamento... Se esta for realmente a sua vontade. Vai ter que esperar
até que seja realmente sua esposa.
O que eu poderia dizer? “Ah, não, Charlie!
Eu comi sua filha, várias vezes, ontem e hoje. Sinto muito!” Puta que pariu! O
que eu poderia dizer?
- Claro Charlie! – Me ouvi concordando. Era
aceitar ou me arriscar a perdê-la. Porra! Como vou sair dessa? – Eu quero casar
o mais rápido possível. Não tenho dúvidas sobre meus sentimentos por Bella.
- Por que a pressa? – Ele me olhou em
dúvida. Merda!
- Porque amo a sua filha e quero passar a
minha vida ao lado dela. Estou com 34 anos e não tenho mais tempo a perder.
Tenho uma vida confortável, um emprego seguro. Quero e vou me envolver com a
carreira dela, além disso me preocupo com os seus sentimentos e sua segurança
tanto quanto você. Não vejo porque esperar – e claro, eu já transei com ela e
não posso deixar você descobrir este detalhe.
Charlie não me disse nada. Estávamos
próximos da casa. Eu precisava extravasar toda a tensão. Merecia “uma bela
trepada” para aliviar o meu corpo, embora, pelo visto, isso estivesse fora de
questão. Pelo menos enquanto estivéssemos sob o olhar atento de Charlie. A
verdade era que depois de daquela conversa, eu precisava dela em meus braços
para ter certeza de que tudo ficaria bem.
- Certo. Ela aceitou?
- Sim.
- Certo.
Ele não disse mais nada. Entregou-me as
rédeas do cavalo e andou em direção a casa. Eu fui para o estábulo, acomodar os
animais. Depois resolvi entrar pelos fundos e ir até o meu quarto. Sem
conseguir me sentir melhor trancado lá, resolvi nadar. Estava frio. Muito frio.
Preocupar em me aquecer era melhor do que pensar em minha conversa com Charlie.
Troquei de roupa e fui para piscina.
POV
BELLA
Chegar foi mais complicado do que imaginei.
Primeiro tive que aguentar os risinhos dos rapazes. Era tão constrangedor.
Absurdamente embaraçoso.
Depois precisei acalmar minha mãe. Ela
estava muito assustada e queria se certificar que eu estava realmente bem. Fui
inspecionada um milhão de vezes até ela ter certeza de que estava inteira... Ou
quase.
Rose e Alice foram mais fáceis. Estavam
saltitantes, loucas por alguns minutos a sós comigo para arrancar de mim todas
as informações. Elas também sabiam. Poderia ser mais constrangedor?
No entanto meus pensamentos estavam em
Edward e meu pai. Deus! Será que ele contou? E meu pai será que concordou? Merda de será... Droga! Por que eu não insisti
em acompanhá-los? Era melhor estar presente no momento em que Edward contasse,
assim poderia impedir meu pai de atirar nele, ou que meu namorado provocasse um
ataque cardíaco em meu pai.
Por que demoravam tanto?
Por que ninguém ia atrás deles?
Por que... Merda!
Alice e Rose insistiam que eu precisava de
um banho. Estava frio e eu molhada, mas não queria sair da sala. Não antes de
Edward e meu pai chegarem e ver com meus próprios olhos que tudo estava bem. Elas
praticamente me empurraram escada acima e se trancaram comigo no quarto.
- Banho! E desembucha logo tudo – Alice era
tão mandona quanto o irmão. Revirei os olhos.
Entrei no banheiro e elas me seguiram.
- Aconteceu? – Rose não conseguia se conter
de tanta curiosidade.
- Como foi? Edward foi um bruto? Pelo amor
de Deus, não me diga que ele não aprendeu nada do que eu ensinei...
- Meninas, eu preciso tomar banho. Vocês
poderiam dar o fora? – Eu tinha pressa em tomar banho e voltar para a sala para
encontrá-lo.
- Tome seu banho, Bella! – Alice me olhou
sem entender.
- Preciso tirar a roupa.
- Você tem tudo o que eu tenho – ela riu e
Rose a acompanhou.
- Sem chance, saiam, as duas – onde já se
viu? Eu não ia ficar nua na frente delas.
- Eu já te vi nua um monte de vezes, Bella.
Não tem nada de novo aí, ou tem? – Os olhos de Rose brilharam e ela riu. Alice
parecia uma criança de tão alegre.
- Virem de costas!
- Conta logo. Aconteceu ou não? – Não dava
para conter Alice.
- Aconteceu.
As duas viraram em minha direção ao mesmo
tempo gritando como duas adolescentes. Cobri meu corpo com a primeira toalha
que encontrei, Rose foi mais rápida e viu o hematoma.
- O que aconteceu? Bella, o que ele te fez?
Alice levou a mão a boca assustada demais
para falar. Olhei para mim conferindo o que havia de tão absurdo. Depois olhei no
espelho e quase não acreditei.
Eu tinha um hematoma enorme no braço
direito, tomando o cotovelo, descendo até quase o pulso subindo em bolas
separadas e arroxeadas. Havia também arranhões. Na minha bunda, como eu já imaginava,
havia um hematoma que cobria um lado quase todo. Meus joelhos estavam cobertos
por arranhões e duas manchas vermelhas enfeitavam minhas costas. Eu só
conseguia me perguntar como tudo aquilo foi parar ali? A única dor que eu
sentia, que nem era dor realmente e sim um leve ardor, estava concentrada no
meio das minhas pernas e eu sabia muito bem o motivo.
Ah, como lembrava!
Imediatamente voltei a ficar tensa. Edward
estava com meu pai, em algum lugar, conversando sobre o nosso futuro.
- Bella, o que ele te fez? – Rose rosnou ao
meu lado.
- Não seja ridícula, Rose. Edward jamais faria
isso comigo. Aliás, ele nem viu. Deve ser por causa da queda.
- Queda? – as duas perguntaram ao mesmo
tempo.
- Eu caí do cavalo. Por favor, não contem a
ele. Edward é quase tão paranoico quanto meu pai em relação a minha segurança.
- Como assim ele não viu? – Rose continuava
espantada.
- Sei lá. Eu mesma não tinha visto até
agora. Não havia luz e nós estávamos tão envolvidos... Não sei, acho que vou
ter que usar roupas de frio por um tempo.
- Charlie vai ficar louco – Alice não
conseguia tirar os olhos de mim.
- Louca vou ficar eu se não descer logo.
Edward está conversando com meu pai neste momento, ele me pediu em casamento
então...
As duas gritaram como doidas, voltando a recuperar
a empolgação.
- Meninas! – Minha mãe falou de fora. –
Posso entrar? – Fiquei muito aflita, minha mãe veria os hematomas. Ela entrou
no banheiro e estancou me encarando. Imediatamente lágrimas escorreram de seus
olhos.
- Mãe, não foi nada. Eu caí enquanto
procurava abrigo. São somente arranhões. Amanhã já terão desaparecido...
- Renée, Edward pediu Bella em casamento –
Alice, como uma benção conseguiu desviar a atenção da minha mãe.
- Casamento? Ah, filha! – E ela continuou a
chorar, agora de felicidade.
Após o banho consegui convencer minha mãe
que eu estava bem e que precisava descer e descobrir o que os dois haviam
aprontado. Aproveitando o frio vesti calça jeans e uma camisa de manga comprida.
Tudo muito bem escondido.
Procurei Edward e não o encontrei, sabia
que eles já haviam voltado, pois ouvia a voz de meu pai conversando
animadamente com Carlisle. Estava indo em sua direção quando dei de cara com
Irina, olhando pela parede de vidro. Ela percebeu a minha presença e sorriu.
Não consegui retribuir. Era uma reação muito ruim?
- Fico feliz que não sofreu nenhum dano.
- Pois é!
- Edward que não parece estar bem. Ele está
na piscina desde que chegou. Com o frio que está fazendo não consigo imaginar o
porquê de ele estar agindo assim.
Oh merda! O que será que aconteceu? Estava
realmente frio. Muito frio. Aproximei-me da parede para olhá-lo. Ele nadava
metodicamente, de um lado para o outro, indo e voltando, sem parar. Merda! O
que meu pai falou pra ele?
- Com licença, Irina.
- Será que ele está se sentindo culpado por
alguma coisa? – Parei incapaz de evitar a minha reação.
- Por que você acha que ele se sentiria
culpado?
- Não sei Bella – sua voz doce não perdia o
tom educado. – Fiquei sabendo que ele pediu demissão da faculdade e Alice me informou
que é a mais nova editora chefe. Você sabe como é um homem precisa se sentir
seguro, realizado profissionalmente e ele simplesmente abriu mão de tudo. Simplesmente
porque acredita que deve recompensá-la... – Um pequeno, quase imperceptível
sorriso brotou em seus lábios.
- Ele me contou.
- Contou? – Seus olhos me sondaram. –
Entendo...
- Edward será o meu agente. Vai cuidar da
minha carreira – saboreei a reação dela. Peste invejosa e fingida. – Ah, e vamos
nos casar. Ele me pediu ontem e não me deixou recusar. Já fala até em filhos –
sorri com a mesma doçura dela antes. Instantaneamente vi sua máscara se desfazer.
- E você vai arruinar a carreira dele por
causa da sua necessidade infantil de responsabilizá-lo pela perda de sua
virgindade?
- Não, Irina. Eu não responsabilizo Edward.
Ele se reencontrou depois que descobriu seu amor por mim e voltou a sentir
necessidade de escrever. Você sabe como funciona. A necessidade impulsiva de
colocar para fora seus sentimentos. Escrever com a alma, com a segurança de
quem conhece o assunto. Agora ele sabe muito bem como seus personagens se
sentem. Edward vai continuar se realizando profissionalmente, a diferença é que
agora estarei ao seu lado. Vamos nos casar, nos apoiar, construir a nossa
família e seremos felizes, como nunca.
Ela me olhava com raiva e tristeza ao mesmo
tempo. Irina não rebateria meu argumento. Ela tinha um nível, uma pose de
superioridade para manter e não entraria em uma discussão comigo. Pelo menos não
naquele momento nem naquele lugar.
- Bella! – Meu pai apareceu. Fiquei
nervosa, mas mantive a tranquilidade para não alertar Irina sobre meus medos.
- Pai! – Sorri sinceramente para ele.
- Vou deixá-los a sós – ela se retirou sem
olhar para trás. Será que procuraria Edward? Olhei para fora e me certifiquei
de que ele continuava lá, no mesmo ritmo incansável. Indo e vindo. Ah, Edward!
O que aconteceu?
- Você tem certeza? – Meu pai perguntou logo
atrás de mim. Ele também se aproximou para saber o que eu tanto observava.
Sorri amavelmente. – Ele é mais velho do que você.
- Eu o amo, pai – não tive receio de
assumir. Com certeza ele já sabia de tudo. Até que ponto?
- Mesmo? – Sua voz parecia surpresa. Virei-me
para encará-lo.
- De verdade! – Sorri e ele retribuiu.
Fiquei tão mais relaxada ao vê-lo sorrindo.
- Você bem que poderia ter procurado algo
melhor. Alguém mais de acordo. Por que justamente ele? – Meu pai não entendia
que não havia ninguém tão de acordo comigo quanto Edward? Era ele! Ninguém
mais.
- Sabe como é não existem muitos Charlies disponíveis.
Tive que me contentar com o que havia no mercado.
Meu pai sorriu deixando os olhos brilharem.
Ele não seria contra o meu envolvimento com Edward, tive certeza naquele
momento. Também nunca me senti tão decidida e determinada.
- Tem razão. Ele é um bom homem e vai
cuidar muito bem de você. É o mais importante.
- Achei que o mais importante era ele me
amar – meu pai olhou em meu olhos intensamente.
- E quem não te amaria, Bella?
POV
EDWARD
Com o corpo exausto e já me sentindo menos
tenso resolvi que era a hora de sair da piscina. Assim que saí avistei Irina
aguardando por mim do lado de dentro da casa. Respirei fundo. Eu não precisava
de mais uma conversa sobre meu relacionamento com Bella.
Caminhei lentamente arrumando o roupão no
corpo. Ela tratou de desfazer a distância entre nos dois. Parecia abalada, apesar
de manter sua postura superior e educada.
- Deve ser um problema muito grande para
fazê-lo passar tanto tempo nadando neste frio.
- Na verdade um problema resolvido. Eu
precisava desfazer a tensão do meu corpo – sorriu maliciosamente. Não era o seu
normal.
- Tensão?
- Pedi Bella em casamento. Conversei com
Charlie e você deve imaginar que não é nada fácil uma situação como esta.
Principalmente sendo ele tão comprometido em manter a... segurança da filha –
tive a impressão de ver os olhos dela brilharem. Como se esperasse uma
confissão. – Graças a Deus deu tudo certo!
- Tomara que sim. Ela ainda poderá ter o
trabalho de conclusão do curso, cancelado por causa do envolvimento de vocês.
- Não acredito que aconteça.
- Tanya me disse que você colocou Jasper
para orientar Isabella. Ela foi embora. Falou que não iria participar dessa
palhaçada... Palavras dela. Tomara que minha prima não apronte. Disse a ela que
você tinha o direito de ser feliz, mas...
- Não estou preocupado com o que Tanya pode
fazer. Nesse momento estou mais interessado em tomar um banho quente, trocar de
roupa e procurar pela minha namorada.
- Entendo – Irina mordeu o lábio inferior,
pensativa, apreensiva. – Você acha mesmo que precisava fazer isso? Abandonar
seu trabalho, seus sonhos...
- Meus sonhos? – Ri sem muita vontade. –
Não estou abrindo mão de nada, Irina. Estou vivendo o que sempre quis. Bella é
tudo o que desejei para a minha vida. Além do mais, continuo sendo o dono da
editora, simplesmente vou me dedicar à empresa de outra forma.
- Sei... – seus olhos não expressavam o
mesmo que ela dizia.
- Bom, é melhor eu me apressar ou ficarei
doente.
- Certo. Vá.
Afastei-me dela, no entanto não me deixei
enganar, Irina estava contrariada. Eu entendia o seu lado, embora não pudesse me
sentir culpado por seus sentimentos. Nunca menti para ela Além do mais há muito
tempo não havia nada entre nós. Eu nunca alimentei qualquer esperança de um
futuro para nós dois. Um dia todo mundo acaba encontrando a sua outra metade.
Eu encontrei a minha um dia ela encontraria a dela.
Fui até o meu quarto, tomei um longo banho.
Levei um bom tempo inventando coisas para fazer, até resolver que estava na
hora de encarar os outros. Precisava procurar Bella para dizer que estava tudo
bem. Contar a meus pais sobre minha decisão de casar, aguentar as palhaçadas de
Jasper e Emmett, as recomendações de Charlie... Ver Bella... Eu não via a hora.
Bom... Voltei a ser adolescente.
Ria sozinho no quarto quando uma batida
leve chamou a minha atenção.
- Entre – olhei para a porta enquanto
calçava meu tênis. Vi meu pai abrindo-a com cuidado e procurando por mim. –
Pai?
- Oi filho. Gostaria de conversar com você.
- Claro. Entre – ele parecia preocupado.
- E então? Você chegou e não quis falar com
ninguém. Vi que estava na piscina. Aconteceu alguma coisa? – Ponderei sobre o
que dizer ao meu pai. Ele era meu amigo, a pessoa em quem eu mais confiava.
- Pedi Bella em casamento – meu pai me
encarou sério. Provavelmente tentando entender o porquê de um pedido tão
repentino.
- Eu já imaginava que o que havia entre
vocês era muito mais do que uma relação entre professor e aluna. Parece que
nenhum dos dois conseguiu esconder de ninguém lá no jantar. Apesar disso não
esperava por esta revelação – meu pai sorriu. Um sorriso genuíno de quem não me
repreendia e sim estava interessado pelos meus reais motivos. – Aconteceu
alguma coisa? Você não... engravidou a menina, não é?
- Não! – Naquele momento me senti um garoto
de quinze anos. Acredito que nunca fiquei tão encabulado em toda a minha vida.
Carlisle é um pai maravilhoso sempre
conversamos sobre tudo, inclusive sexo. Nesse exato momento descobri que tal
assunto não era um tabu entre nós porque eu nunca antes tinha me interessado
por uma mulher como me interessei por Bella. A partir daí tornou-se complicado
explicar qualquer coisa relacionada a nossa intimidade.
- Mas então por que...
- Porque eu estou apaixonado pai. Amo
Isabella Swan – levantei e caminhei pelo quarto. – Você há de convir que nossa
relação não é algo corriqueiro, aceito com naturalidade.
- Por que não?
- Porque eu sou o professor dela. Sou mais
de dez anos mais velho e o responsável pelo trabalho de conclusão de curso dela
que, diga-se de passagem, foi o que nos aproximou. Ela também está escrevendo um livro erótico,
por sinal maravilhoso, pai. Aliado a tudo isso está o fato de nossa editora ser
responsável pelo lançamento do livro dela e como sou editor chefe nosso
envolvimento poderá ser questionado e nosso trabalho desacreditado.
- Edward, você precisa parar e analisar os
acontecimentos. Antes de começarmos... Este casamento repentino é apenas porque
você se sente culpado e deseja recompensá-la?
- Não, pai! Eu já falei. Amo a Bella e não
quero ficar longe dela nem por um dia.
- Ok. Então vamos analisar os fatos.
Primeiro não existe nenhum problema em você ser mais velho. Sua mãe é mais
velha do que eu e ninguém nunca reclamou – sorri. Era verdade, apesar de não
aparentar. – Segundo, ser professor dela pode ser um ponto negativo, mas não
será a primeira vez que acontece. Quantos professores você já ouviu falar que
se envolveram com uma aluna? – Bom, pensando por este lado era verdade, o que
não deixava de ser errado. – Não é o correto em se tratando de ética, Edward,
mas ela já está se formando. Praticamente terminou o curso então qual o motivo
de tanta preocupação?
- Porque Tanya tem muito interesse em fazer
todos acreditarem que o trabalho de Isabella é ruim e que eu o aprovei por ela ser
minha namorada.
- Entendo. E você por acaso transou com
Tanya?
- Não, pai! Pelo amor de Deus!
- Edward, eu só preciso saber. Você transou
com muitas mulheres, meu filho, em algum momento tinha que aparecer uma para
estragar a sua festa.
- Puta merda!
- Jasper me contou o que você fez acredito
que esse problema já foi solucionado. Então o que está te preocupando?
Encarei-o por alguns segundos. Meu pai
tinha razão. Até um dia antes eu não me sentia pressionado. Tanya, Irina,
editora, universidade, tudo tinha ficado para trás. Nesse momento... Charlie era
o meu maior problema. Ele e a promessa que eu fiz.
- Pai. Eu... – não sabia nem por onde
começar. Merda! Era tão complicado, eu não sou uma criança, por que
simplesmente não encarava as coisas com maturidade? Até Bella eu estava
evitando. Por que?
- Filho, se você não contar, não poderei
ajudar – ele colocou uma mão em meu ombro e me deixei levar pela confiança que
tinha nele.
- Conversei com Charlie hoje. Disse a ele
que amava Bella e que queria me casar com ela.
- Ele foi contra?
- Não. Ele falou que respeitaria a decisão
dela – meu pai sorriu, parecendo admirado.
- Isso é muito bom!
- Sim, mas... Pai, você sabe como Charlie
é. Ele precisa estar no controle de tudo, inclusive e principalmente, da filha.
- Sei. Ele a protege muito. Mas se ele não
negou...
- Ele quer que ela case virgem – a
princípio meu pai apenas me encarou, sem compreender muito bem, à medida que
foi entendendo um sorriso irônico foi tomando conta do seu rosto. Estreitei os
olhos e ele gargalhou com vontade.
- Desculpe! Desculpe! E você está
incomodado com este fato? Ela quer casar virgem? Por isso que você quer casar
logo? – Ele não conseguia esconder seu divertimento.
- Pai, eu quero me casar porque amo Bella
de verdade. Não existe outro motivo. – Puta merda! Como me expressar sem que
ele entendesse tudo errado?
- Então esperar não é exatamente um
problema para você.
- Ai está a questão, é exatamente o meu
problema.
- Não estou entendendo, Edward. Estou me
esforçando mas não consigo – ele continuava com o sorriso bobo nos lábios o que
me deixava mais ansioso e envergonhado.
- Pai, Charlie deixou bem claro que deseja
que Bella case virgem e isso não estava em nossos planos, eu não podia dizer a
ele então menti e prometi fazer do seu jeito.
- Então vocês têm planos para mudar esta
situação.
- Nós transamos ontem – revelei. Era o
melhor a ser feito. Meu pai deixou o sorriso bobo e mordeu os lábios olhando-me
atentamente.
- Espero sinceramente que ela não fique
grávida. Vai ser ainda mais difícil justificar.
- Ela não vai engravidar, pode ficar
tranquilo. Nós já planejávamos há algum tempo e acabou acontecendo ontem –
respirou aliviado.
- Ontem – ficou pensativo, olhando para a
parede enquanto avaliava a situação.
Ah, merda! Como se não bastasse todos os
meus momentos infantis, ainda tinha que me sentir uma criança aguardando pelas
instruções do pai. Enquanto ele permanecia calado eu ficava cada vez mais
ansioso. Até que meu pai levantou, colocou as mãos nos bolsos e caminhou pelo
quarto.
- Vocês terão que esconder a verdade
enquanto o casamento não sai. É o melhor a ser feito, eu acredito. Não é muito
correto nem combina com você este tipo de atitude, mas vendo por outro ângulo,
Charlie não vai ficar muito feliz em saber que você se ofereceu para salvar a
filha dele e como pagamento levou embora a sua virgindade. – Encarei meu pai,
seu sorriso ridiculamente idiota e irônico estava de volta. Puta merda! Será
que ele não entendia o quanto me angustiava mentir? – Ok, Edward! Ok! Não vejo
outra saída. Contar a verdade não vai facilitar as coisas. E já que você pretende
mesmo casar e diz que está amando e tudo o mais, não vejo porque não sustentar
esta pequena mentira.
- Vai ser uma merda! – Desabei na cama. –
Ele já não facilitava antes, sem nem desconfiar do nosso relacionamento, agora
que estamos juntos de verdade, tenho certeza de que a marcação será mais acirrada.
Para piorar Bella morre de medo de desafiar o pai, o que seria ótimo em outra circunstância,
nesta significa que não encostarei um dedo nela enquanto ele estiver por perto.
Claro que não teremos Charlie o tempo todo conosco, principalmente porque,
graças a Deus, ele mora longe! Mas será complicado. Isabella é... Ela é... –
como dizer a meu pai que minha namorada era extremamente fogosa e que conseguia
sempre me levar ao limite, obrigando-me a esquecer de todas as regras? – Ela é...
difícil, tenho certeza de que não facilitará minha vida.
- Você está sendo excessivamente rígido.
Está parecendo um garoto com sua primeira namorada. Não complique as coisas,
filho. Não é tão ruim e muito menos tão desesperador como está tentando fazer
parecer. Ok, Charlie não pode saber que vocês dois já dormem juntos. Essa é uma
regra que todos os homens da minha geração seguiram – ele sorriu torto. O mesmo
sorriso que eu dava. Mal de família como dizia a minha mãe. – No entanto
ninguém nunca deixou de transar por conta disso. Nem me lembro quantas paredes
escalei para chegar aos quartos das minhas namoradas. No final sempre dava tudo
certo. Você é um homem, Edward. Já tem uma vida estabilizada e sabe o que quer.
Vai tirar isso de letra. Tenho certeza.
Será? Eu queria muito acreditar, mas algo
dentro de mim dizia que não seria moleza coisa nenhuma.
POV
BELLA
Cheguei à piscina tarde demais. Somente
Irina caminhava pensativa pela borda, como se algo não estivesse alinhado. Fiz
a volta assim que a vi. Era melhor evitar mais um confronto. Minha intenção era
encontrar Edward e não suas ex-namoradas inconformadas.
Passei pela sala, onde Alice e Jasper
brincavam com um tablet e riam muito,
mais ao fundo, minha mãe e Esme conversavam confidentes e, pelo olhar que a
minha futura sogra me enviou, entendi que ela já tinha sido informada sobre a
novidade. Sorri de volta me sentindo um pouco sem jeito, afinal de contas, eu
era a aluna e estaria me casando com o professor.
Tentei desviar a atenção de todos da minha
direção. Parei um pouco na mesa, conferindo dois livros que estavam lá “O peão
e a Marrentinha” e “Casei. E Agora?” Hummm! Interessante. Segurei os dois e os
levei comigo escada acima, como se estivesse indo em direção ao meu quarto.
Assim que cheguei ao segundo andar foi
interceptada por Carlisle. Ele também me olhou cúmplice e sorriu da mesma forma
que Edward costumava sorrir.
Edward! Eu precisava tanto vê-lo.
- Bella! – Surpresa, me vi presa em seus
braços como meu pai costumava fazer. Aquilo estava ficando embaraçoso. Uma
mistura de Edward com o meu pai não era uma boa coisa. Não naquele momento.
- Ah, oi!
- Edward me falou do casamento.
- Falou? – Me sentia uma idiota sendo tão
monossilábica a atitude de Carlisle estava me deixando confusa.
- Sim. Estou neste momento indo conversar
com Charlie e com Esme. Sinto-me muito feliz por estarmos unindo nossas
famílias.
Por um segundo imaginei que uma gota de
suor escorreria por minha testa. Fiquei tensa. Inexplicavelmente tensa. Já
havia conversado com meu pai e tinha sido incrível. Fácil como piscar. Minha
mãe nem se fala, mas pensar em toda a família reunida conversando sobre um
casamento que eu nem tinha certeza se queria que acontecesse... Quer dizer...
Claro que queria passar a minha vida ao lado de Edward, por outro lado, não
queria que meu desejo se tornasse uma obrigação, com pressão dos amigos,
planejamento das famílias... Queria um “Sim! Eu te amo!” E correr para a cabana
e... Ah, a cabana! Este desvio de pensamento me fez recordar que eu estava à
procura de Edward e porquê.
- Algum problema?
- Não. Estou procurando Edward – sorri
sentindo minhas bochechas esquentarem. Meus pensamentos foram incrivelmente
pecaminosos e deixar que eles se manifestassem na frente do meu futuro sogro
não era uma boa ideia.
- Acabei de deixá-lo no quarto – me lançou
um olhar intrigante. Como se não devesse ter me fornecido a informação. Não
entendi. – Você vai até lá?
- Acho que sim – respondi confusa com sua
reação.
- Bom... – Carlisle coçou a cabeça e olhou
para os lados. – Onde Charlie está? – Pisquei algumas vezes sem entender, então
a ficha caiu. Puta que pariu! Meu rosto foi ficando vermelho e a vergonha
atingia minhas orelhas e descia pelo meu pescoço. Eu mataria Edward!
- Não sei – a voz arranhava minha garganta.
Eu mal conseguia falar. – Estive com ele mais cedo...
- É apenas para o caso dele te procurar
e... Não seria legal se... É... – e a vergonha foi inevitável.
- Tudo bem. Você poderia avisar a Edward
que estou procurando por ele? Eu... Vou arrumar um lugar para ler... ler estes
livros.
- Ah, os livros... Sei... Claro! Bons
livros... – Puta merda! Dava para ser mais constrangedor?
- Ok. Estou indo... – disparei escada
abaixo sem olhar para trás. Precisava ter uma conversa séria com Edward o mais
rápido possível.
POV
EDWARD
Desci pelos fundos esperando encontrar
Bella em algum lugar distante de todos os outros ocupantes da casa. Tinha contar
a ela sobre minha conversa com Charlie. Ela precisava saber. Quando entrei na
sala, Alice brincava com Jasper no sofá, minha mãe e Renée arrumavam um jarro
de flores.
Estava quase alcançando a porta quando
minha mãe me deteve.
- Filho! – Ela me abraçou com força, sem
nenhum desespero em sua voz ou na atitude. Era seu abraço de mãe, como ela
gostava. Retribuí. - Estava agora mesmo pensando que horas você apareceria –
seus olhos brilhavam e no rosto estampava o mesmo sorriso bobo do meu pai.
Ergui uma sobrancelha certo de que ela já sabia que eu tinha pedido Bella em
casamento, porém aguardava ansiosamente para que eu mesmo lhe comunicasse minha
decisão.
- Mãe, eu estou bem. Estou procurando Bella
– olhei para Renée, que sorria discretamente.
- Bella? – Estreitou os olhos e depois deu
um de seus risinhos que me faziam voltar à infância. – Bom... Acho que a vi
subindo em direção ao quarto com alguns livros nas mãos.
- Certo – olhei para as escadas, não
poderia simplesmente escapulir e deixá-las sem nenhuma informação. – Renée, eu
conversei com Charlie mais cedo, não sei se vocês já falaram a respeito ou se
Bella contou alguma coisa – dei de ombros tentando não parecer grosseiro.
A verdade era que eu estava com pressa e
desejava muito encontrar Bella, então fingir que não sabia que ela já tinha
conhecimento do que estava acontecendo, era meio que parecer um imbecil. Renée
me olhava atentamente. Seus olhos brilhavam os da minha mãe também.
- Renée, eu e Bella estamos apaixonados. Pode
parecer absurdo... – ela me abraçou com força quase ao mesmo tempo que minha mãe.
As duas, penduradas em meu pescoço, choravam e me felicitavam. Eu simplesmente
não sabia o que fazer. Realmente não esperava aquela reação.
- O que está acontecendo? – Alice se
aproximou e as duas “loucas” finalmente me deixaram, secando as lágrimas dos
olhos e rindo como duas crianças.
- Edward e Bella vão se casar – minha mãe
revelou. Alice riu e eu entendi que ela já sabia. Bella, com certeza.
- Eu estava falando sobre isso agorinha
mesmo com Jasper. Nós estávamos olhando alguns sites escolhendo alguns
detalhes.
O que? Como assim? A Bella não deveria participar?
Alice não podia simplesmente assumir as rédeas da situação e ignorar a vontade
de Bella. Ou minha namorada teria pedido a ela? Eu precisava falar com ela a
respeito. Aliás, precisava encontrá-la. Já sentia falta da sua presença, do seu
riso, da sua pele...
- Com licença pessoas, estou procurando
pela noiva – falei tentando encontrar alguma informação no meio daquela
confusão, as mulheres olhando o tablet
na mão de Alice e admirando o que quer que ela estivesse exibindo.
- Ela acabou de passar correndo por aqui.
Acho que foi em direção ao escritório – Jasper respondeu já que as outras não
me deram a menor atenção.
Agradeci a meu amigo e segui em direção ao
escritório. Só de pensar em Bella a saudade se tornou insuportável. Quanto
tempo já tinha se passado? Não sabia ao certo, porém eu sentia uma vontade
irresistível de beijá-la, tocá-la, sentir o cheiro que pertencia unicamente a
ela.
Parei em frente à porta, que estava
entreaberta, hesitei. Respirei profundamente e abri louco para tocá-la.
POV
BELLA
Minha única vontade era me trancar em algum
lugar e ficar por lá escondida de todo mundo. Por que Edward teve que contar ao
pai sobre o meu problema em relação a sexo?
Sexo!
Que saudade de Edward!
Tudo bem. Eu o perdoaria. Afinal de contas
estava morta de vontade de tocá-lo. Mesmo ainda machucada e sabendo que meu
corpo não suportaria muito neste momento. Eu sentia a falta dele como se nossos
corpos nunca tivessem vivenciado algo diferente.
Com os livros ainda em mãos resolvi me
trancar no escritório até que ele me encontrasse ou eu tivesse coragem de sair.
No entanto, assim que abri a porta entrando num rompante, dei de cara com a
minha amiga Rosalie e seu namorado Emmett em uma situação nada fácil.
Surpreendi os dois no maior amasso sobre a
mesa de Carlisle, sem se preocuparem com quem poderia entrar. Na verdade, vi
muito mais do que amassos. Vi mãos que não deveriam estar, ou deveriam, em
lugares nada decorosos.
Minha reação foi cobrir o rosto e me virar
em direção a parede enquanto ela emitia gritinhos e tentava se recompor.
- Bella!
- Ai meu Deus!
- Bella, eu... nós...
- Eu só quero chegar até a porta. Por
favor, Rose!
Ela começou a rir histericamente enquanto
Emmett não sabia como se desculpar. Eu apenas queria ter a certeza de que
conseguiria sair dali sem ver mais nada que não deveria.
- Dois passos para a direita, Bella – Rose
me orientava rindo.
- Ok. Saindo agora – abri a porta e, sem
olhar para trás, saí de lá, rumando para os fundos da casa.
Depois daquela eu só poderia fazer uma
coisa. Encontrar Edward independentemente de qualquer outra situação. Decidi
subir pelos fundos e procurá-lo no quarto, mesmo que Carlisle estivesse na
frente da porta dando uma de defensor da minha virgindade. Era só o que me
faltava.
POV
EDWARD
Abri a porta do escritório e dei de cara
com Emmett no meio das pernas de Rosalie. Ela deitada sobre a mesa, olhos
fechados o rosto demonstrando sua excitação, ele com uma mão acariciando suas
coxas expostas e a outra apalpando um seio, não exposto graças a Deus, enquanto
roçava os lábios no pescoço da garota.
Puta que pariu! O que eles estavam fazendo?
E se alguém entrasse? Poderia ser meu pai, minha mãe ou até mesmo Charlie e eu
não queria estar na pele do meu irmão se isto acontecesse.
O que mais intrigou foi que eles nem
perceberam a minha presença continuaram os amassos sem se importarem com quem
os observava. Emmett é um perfeito filho da puta. Pigarreei.
- Puta merda Edward! – Ele saiu de cima da
garota, que imediatamente tratou de se ajeitar sem coragem de olhar em minha
direção.
- Faz algum tempo que estou assistindo a
demonstração pública de vocês dois – queria rir, mas segurei o máximo que pude.
Pela primeira vez Rosalie não me olhava com desdém ou arrogância. Aliás, ela nem
olhava para mim.
- Filho da puta mentiroso. Não faz nem quinze
minutos que Bella saiu daqui com a cara vermelha que nem um tomate – a menção
do nome dela me fez esquecer da brincadeira. – Que casal mais empata foda! -
Rosalie deu um tapa no braço do meu irmão, sem se atrever a me encarar.
- Bella esteve aqui? Estou procurando por
ela.
- Mal começou o relacionamento e já perdeu
a garota de vista? – Ele balançou a cabeça em reprovação. – Sei não. Alguém
precisa ensinar ao irmão mais velho como manter a namorada entretida.
- Emmett! – Rosalie o repreendeu, meu irmão
não se intimidava facilmente e deu uma de suas risadas estrondosas.
- E alguém terá que ensinar o irmão mais
novo a correr de bala. Esqueceu que Charlie está aqui? Podia ser ele a
surpreendê-los. Eu adoraria ver esse seu risinho cínico e petulante diante da
arma dele. – Imediatamente Emmett recuou. – E você, Rosalie, não tem medo do
que pode acontecer? Não tiveram nem a decência de trancar a porta. Por que não
escolheram o quarto, ou a cabana... – Merda! A cabana. Eu precisava encontrar Bella.
- Foi mal, mano. Estávamos de bobeira e
acabamos nos empolgando... – Rosalie me olhou furiosa. Bom, ela me detestava e
eu nada podia fazer a esse respeito. Nem queria, a garota era intragável.
- Vou procurar Bella – saí do escritório indeciso
sobre que direção tomar.
Resolvi ir até o meu quarto buscar meu
celular, que estava carregando enquanto me ocupava em encontrar a minha
namorada. Retornei a sala e avistei o grupo reunido, exceto meu pai e Charlie,
que provavelmente estavam resolvendo coisas sobre a comemoração do feriado.
Irina, sentada no sofá, sem prestar muita
atenção ao que Alice falava, foi a única a me notar. Ignorei o seu olhar. Eu
precisava encontrar Bella ou iria enlouquecer.
Subi os degraus a passos largos e corri em
direção ao meu quarto. Pegaria o celular e ligaria para ela, seria mais fácil e
não precisaria ficar rodando pela casa a sua procura. Assim que abri a porta
dei de cara com quem nem poderia imaginar.
Bella!
Como minutos podem fazer uma diferença tão
grande? Eu estive com ela na noite anterior, nos amamos durante a madrugada e
pela manhã, estive ao seu lado quando voltávamos para casa, apesar disso, ficar
afastados por algum tempo fez meu corpo reagir de uma maneira estranha.
Eu sabia que estava sentindo sua falta, mas
não com tanta intensidade. Quando abri a porta e dei de cara com Bella, seus
lindos olhos verdes e espertos me observaram, a princípio com espanto, em seguida
com admiração, amor... devoção. E eu tinha certeza que meus olhos estampavam os
mesmos sentimentos.
Estávamos a um passo um do outro e para mim
parecia haver um precipício entre nós, eu precisava vencê-lo. Precisava tocá-la
para ter certeza de que tudo não havia
sido um sonho, uma alucinação. Necessitava dela em meus braços.
Quase que no mesmo instante em que pensei
em avançar, ela o fez, e em um átimo estávamos nos braços um do outro. Sentir
seu cheiro, sua pele era como respirar depois de passar algum tempo submerso.
Sem esperar por mais nada envolvi seu corpo com meus braços e tomei seus
lábios.
POV
BELLA
Ah, os lábios de Edward!
Como pude ficar tanto tempo sem senti-los? E
seu toque? Como sobrevivi?
Suas mãos percorrerem minhas costas e meu
corpo frio se aqueceu. Tão rápido quanto, minha mente se esqueceu de tudo o que
eu queria dizer. A única coisa que importava era os lábios dele nos meus.
Sua língua pediu passagem, acariciando pelo
caminho, seus lábios macios brincavam com os meus num ritmo lento e delicioso.
Meu íntimo reagiu, deixando-me pronta e ansiosa. Era sempre assim. Edward não
precisava mais do que um olhar para me deixar úmida. Nada além de um beijo para
me deixar entregue e um toque para me fazer queimar.
- Que saudade! – Murmurou em meus lábios
sem interromper nosso beijo.
Cambaleantes, demos passos inseguros até
que minhas costas encontraram a parede e ele conseguiu prender seu corpo no meu
tão excitado quanto eu. Imediatamente sua mão desceu para minhas coxas,
levantando-as deixando nossos sexos mais próximos.
Senti um leve ardor, lembrança meio
irritante da nossa noite de amor. Nada me impediria de continuar, mesmo que eu
ficasse impossibilitada de andar depois. Pensando assim me agarrei em seus
cabelos, exigindo mais. Intensifiquei nosso beijo. Edward gemeu em resposta. Um
gemido que eriçou meus pelos, esquentou minha pele, desconectou meus neurônios
e formou um turbilhão dentro de mim.
Ah, Edward!
Foi quando ouvimos alguém pigarrear. Edward
se afastou tão rápido que me deixou atordoada. Quase desci escorregando pela
parede com a falta do seu corpo. Era como se eu estivesse solta no ar, perdida
no espaço. O mundo se tornou tão amplo que me consumiu. A vertigem me atingiu e
quando percebi estava nos braços dele novamente. Foi como se tudo voltasse ao
seu eixo.
- Bella! O que aconteceu? – Sua voz preocupada
me despertou e eu sorri. A sensação era maravilhosa. – O que houve?
- O que ela tem?
Oh, merda! Carlisle. Abri os olhos e
encarei o rosto do meu futuro sogro.
- Bella, você está bem?
- Bella, fale comigo! – Edward parecia
apavorado.
- Eu estou bem. Eu... Acho que... você me
soltou rápido demais – Edward exibiu um sorriso! Discreto, mas lindo! Enquanto
Carlisle tentava não rir, fracassando descaradamente.
- Ok. Levante-se bem devagar – obedeci.
- Esme pediu para que eu o avisasse que está
tudo pronto. Vamos descer?
- Vamos! – Edward respondeu e eu senti meu
corpo inteiro protestar. Havíamos ficado tanto tempo separados e, quando
finalmente conseguimos ficar juntos, precisávamos nos afastar outra vez.
Apesar de contrariada decidi que o melhor
a ser feito era segui-los. Minha mente fervilhou quando Edward segurou minha
mão, andando ao meu lado enquanto seguíamos seu pai. Ele parecia tão tenso
quanto eu, porém em nenhum momento pareceu estar fazendo aquilo por obrigação,
ou demonstrou vontade de soltar-se de mim. Pelo contrário, à medida que nos
aproximávamos da sala, seu polegar passou a fazer uma massagem com movimentos
circulares, ajudando-me a relaxar.
Nada mais importava. Estávamos juntos para
o que desse e viesse.
Descemos as escadas, seguimos em direção à
piscina e encontramos o grupo reunido em uma varanda grande. Todos atacavam as
comidas que estavam expostas na mesa, enquanto do lado de fora, meu pai e Jack
cuidavam das salsichas e dos hambúrgueres. Só então percebi que estava com fome.
Rose me olhou e sorriu, eu não consegui
evitar o constrangimento ao recordar da cena entre ela e o namorado. Alice me
enviou um sorriso largo e cheio de promessas que me fez suspirar derrotada. Com
certeza já tinha elaborado um mirabolante plano para o casamento perfeito.
Minha mãe e Esme se apressaram em vir em nossa direção. Estavam tão empolgadas!
- Bella temos muito que conversar – Esme me
envolveu com seus braços delicados afastando-me de Edward. Eu não queria, mas
como era o que normalmente fazia, obedeci, com o coração partido e já sentindo
a falta dele.
Fui obrigada a ouvir pacientemente tudo o
que minha futura sogra e minha mãe falaram sobre a festa de casamento. Elas
queriam algo grandioso enquanto eu queria apenas trocar a aliança e me trancar
no quarto com ele sem me preocupar com o que meu pai poderia fazer. A essa
altura devíamos saber que não conseguiríamos fazer algo simples e discreto,
visto que meu pai era um homem influente e eu sua única filha, teria que ser
uma grande festa para mostrar ao mundo o quanto estávamos felizes. Suspirei resignada.
Corri os olhos pela sala só conseguia ver
Edward de longe. Ele conversava com o irmão, com o amigo, com o pai... Em
nenhum momento ficou comigo. Eu estava morta de saudades louquinha para
continuarmos de onde paramos. Devo confessar que usar jeans não era nada
agradável, estava assada e úmida devido à excitação, para minha tristeza não
havia nenhuma possibilidade de trocar por uma saia, meus joelhos estavam
machucados e eu desejava esconder esse fato o máximo possível de Edward.
Assim o dia foi passando, as pessoas tinham
bebido, comido e agora aguardavam pelos fogos jogando conversa fora e rindo das
bobagens que Jack contava. Decidi que não suportaria mais nem um segundo sem
tocá-lo, mas meu amigo conseguiu me interceptar no caminho.
- Todo mundo já sabe sobre a sua vida menos
eu! – Ele jogou os braços em meus ombros e me puxou para si. Lancei um olhar
para Edward, que não gostou nadinha do que viu.
- Jack, você está muito ocupado babando o
ovo do meu pai – apesar de tentar não conseguia ser dura com ele. Amava o meu
amigo.
- Alguém tem que cuidar do padrinho para
que sua garotinha possa namorar livremente – sorri abraçando sua cintura
permitindo que ele me levasse para longe.
- Ele parece ter aceitado bem.
- Só se foi com você, comigo ele pegou bem
pesado. Praticamente me acusou de deixar você cair nas garras de um homem mais
velho ainda por cima seu professor e que isso poderia trazer problemas sérios
para os dois – estremeci.
- Ele disse isso? – Jack confirmou, me
apertando com força em seus braços.
- Não se preocupe vai dar tudo certo e em
breve eu não poderei mais abraçá-la desse jeito – ele apertou com bastante
força me fazendo gritar de dor. – O que foi? – Claro que não teria como
esconder de Jacob os meus machucados.
- Nada demais. Ontem durante a tempestade eu caí e me
machuquei. Está tudo bem, juro – tentei não alertar os outros e engoli a dor em
minhas costelas.
- Bella, você precisa de um médico.
- Meu pai morre se descobrir.
- Droga! – Ele passou a mão pelos cabelos
negros. - E mesmo ferida o Edward te comeu?
- Jacob! – Dei um tapa no ombro do meu
amigo que começou a rir.
- Mas é verdade! Ele poderia ter te liberado,
né? Você estava machucada.
- Cale a boca Jack! Quem disse que eu
queria ser liberada? Quer saber? Vá a merda!
- Ele vai casar com você. Eu nem acredito
que em pleno século XXI, as pessoas ainda casam porque comeram alguém. Esse
Edward é mesmo um idiota. Primeiro aceita dar aulas de sexo...
- Para, Jack! – Apesar de furiosa foi
impossível conter o riso.
- Bella, pense um pouco. Ele levou um
tempão para se decidir a fazer sexo com você. Finalmente te comeu ontem e já quer
casar? Sabe o que significa casamento? É dormir junto sem transar. É engordar
por causa dos filhos. É discutir por causa das mínimas merdas. Caralho! Ele poderia
muito bem ficar mais uns dois anos te ensinando a trepar e só depois desse
tempo estragar tudo casando.
- Ok, Jack. Já deu! Se você continuar vou
pedir ao Edward te dar umas porradas.
- Ah, isso eu pago pra ver – ele deu um
soco na própria mão e riu ameaçadoramente. – Você pode mandá-lo ter uma conversinha
comigo. Quem sabe não consigo ensinar àquele imbecil uma forma mais prazerosa
de viver.
- Vou embora. Fui – dei as costas, porém
ele me segurou rindo.
- Ok. Ok. – Ele te faz feliz, devo admitir.
Também foi muito corajoso enfrentando aquele temporal só para te comer –
gargalhou.
- Para Jack! Ao menos ele foi mais homem do
que você.
- Claro, eu não tinha nenhum interesse
em...
- Atrapalho?
Edward apareceu do nada pegando-nos de
surpresa. Jack não se intimidou enquanto eu fiquei sem reação. Edward estava
bem perto de nós. Próximo o suficiente para ouvir a nossa conversa indecorosa.
Ele olhava diretamente para Jack. Suas mãos estavam no bolso, seu sorriso aparentemente
tranquilo, eu sabia muito bem que não era a realidade.
- Não! Estou aproveitando da Bella enquanto
ela ainda não é uma mulher casada. – Jack me envolveu com seus braços impedindo
que Edward me alcançasse. Quase esbofeteei meu amigo. Só não o fiz para não
chamar a atenção dos outros. Ele não fazia por mal, gostava de irritar o meu
namorado, realmente se divertia fazendo isso, porém eu não queria forçar
demais.
- Seu tempo realmente é bastante curto
Jacob. Eu e Bella vamos nos casar o mais rápido possível. – Edward, sem
demonstrar sua raiva estendeu o braço e me puxou para si. Jacob não opôs resistência.
Ainda bem.
Estar nos braços de Edward era como estar
de volta ao meu universo. Encostei meu rosto em seu peito e aspirei seu cheirinho
gostoso. Era tão... Edward! Ele beijou o topo da minha cabeça e acariciou
minhas costas protetoramente.
- Calma porque ela está machucada. – Puta
que pariu! Por que Jacob tinha que abrir sua bocarra.
- Machucada?
- Alguns arranhões. – Edward me encarava procurando
pelos machucados. Olhei com raiva para Jack e ele imediatamente percebeu que
tinha feito uma merda.
- O que aconteceu? Como você se feriu? Onde
estão? Como são? – Oh, droga! Ele simplesmente desfez todo o meu encantamento.
- Edward!
- Bella! Por que você não me disse? Eu... –
Ele olhou para Jacob e desistiu de dizer o que pretendia. – Por que não me falou?
- Não é nada demais. Apenas alguns
arranhões.
- Droga!
- Acho melhor deixar os pombinhos sozinhos
porque não quero presenciar uma briga de casal. Prefiro saborear minha cerveja
e assistir aos fogos, com licença. – Jack sempre se esquivava quando eu
precisava dele para desviar a atenção de mim.
- Bella...
- Edward, não fique nervoso. Eu estou bem –
abracei-o e desta vez busquei seus lábios. – Senti a sua falta – ele foi
relaxando aos poucos. Estava dando certo. Beijei sua boca devagar permitindo
que ele me saboreasse aos poucos. - Queria poder voltar à cabana – sussurrei e
mordi seu lábio inferior. Ele gemeu me deixando muito excitada.
- Seu pai não vai tirar os olhos de nós
dois – sua mão subiu por minhas costas alcançando minha nuca e me prendendo. Minhas
pernas fraquejarem.
- Não deveria ser problema estar com o meu
professor. Ou você não é mais meu professor? – Aticei. Edward puxou minha
cabeça para trás e mordiscou meu pescoço.
- Ah, Bella! Claro que sou ainda tenho tantas coisas para
te ensinar.
- E eu quero muito aprender – fechei os
olhos me entregando ao momento.
- Sim. Você vai é uma aluna aplicada.
- Tudinho – provoquei.
- Tudinho. Não vou deixar passar nada.
- E eu vou aproveitar muito – todas as
minhas células se agitavam, ferviam e pulsavam.
- Tenho certeza que teremos aproveitamento
máximo você é excelente. Minha melhor aluna!
- Melhor e a mais ansiosa por novas aulas –
ele me beijou com prazer.
Pela forma como seus lábios se moviam nos
meus, pelo avanço da sua língua em minha boca, assim como a avidez de suas mãos
em meu corpo, eu podia sentir que Edward ardia de desejo. E eu? Ah! Eu nem
sabia descrever o que estava sentindo depois de ouvir tantas promessas.
- Vamos soltar os fogos – a voz de meu pai
quase me fez gritar. Edward se afastou mas desta vez me manteve em seus braços.
O que foi ótimo! Eu realmente cairia.
- Charlie – Edward pigarreou tentando melhorar
a voz.
- Vocês poderiam ser mais discretos. Além
do mais não acho correto. – Ele olhava de maneira dura para Edward. Merda!
- Pai...
- Nós vamos nos casar Charlie. Que mal há
em nos abraçarmos?
- Era bem mais do que um abraço – meu pai
não levantava a voz, nem demonstrava abertamente a raiva que era perceptível na
forma como repreendia Edward, que por sua vez queria rebater, porém acabava
concordando com as babaquices dele.
- Somos namorados, Charlie, como quer que
nos comportemos? Casais beijam, abraçam... – ele se perdeu na continuação. Foi
neste instante que entendi que havia algo mais naquela história toda. – Compreendo
a sua preocupação, no entanto nós não estávamos fazendo nada demais. Estamos em
um local aberto e na frente de todos, pelo amor de Deus!
- Eu não entendo – rebati. – Estamos no
século XXI, pai. Pare de ser tão antiquado. Além do mais Edward tem razão se
nós vamos nos casar, não há necessidade de uma marcação tão cerrada – encarei
meu pai que me encarou de volta algum tempo depois, suspirou derrotado.
- Eu ainda não me adaptei ao século XXI e
preciso me acostumar a vocês dois, enquanto isso não acontece, evitem este tipo
de demonstração gratuita. – Ele olhou diretamente para Edward que concordou e
beijou o alto da minha cabeça.
- Pai!
- Estou concordando com tudo, Bella.
Fazendo todas as suas vontades. Não
force a barra senão eu a tranco num convento e você só sai de lá no dia do
casamento.
Ai, que ódio! Precisava ser tão cabeça dura, um ogro do
século passado?
- Vamos ver os fogos – Edward não queria prolongar
o confronto e por isso me indicou o caminho sem se encostar muito. Merda!
O restante do dia e inicio da noite foi
relativamente tranquilo. Correu tudo bem
tirando o fato de meu pai realmente nos vigiar de perto e de Edward cumprir sua
promessa de que pegaria leve, ou não pegaria, já que nem encostava em mim,
apesar de permanecer ao meu lado.
O único problema era justamente o que eu
imaginava. Eu precisava de Edward. Precisava de seu toque, seus beijos e todas
as promessas que ele havia feito antes de meu pai estragar tudo.
No quarto, após me certificar de que meu
pai realmente tinha ido dormir e implorar a minha mãe para que conversasse com
ele sobre os limites rígidos impostos, sentei para conversar com Rose, embora
ainda me sentindo péssima por ter dado aquele flagra.
- Preciso dar um jeito de passar a noite
com Emm – ela tirava da mala um conjunto de calcinha e sutiã absurdamente sexy.
– O que acha?
- Tudo fica bem em você, Rose – deitei na
cama e olhei para o teto.
- Emmett gosta de lingerie pequena. Quero satisfazer
todas as suas vontades hoje. – Meu rosto ficou vermelho só de me lembrar
daqueles dois.
- Como você vai fazer para escapar? Meu pai
tá insuportável com toda aquela cobrança e perseguição.
- Sim. Em cima de você. Graças a Deus!
- Que horror, Rose! – Ela riu.
- Bella, o padrinho tem um sono de pedra.
Nem vai perceber que não dormimos no quarto. É só você esperar o momento certo
e correr para o quarto do seu professor. Ou ele vir para cá.
Imediatamente levantei o corpo, ficando
sentada na cama e encarando a minha amiga. Valeria a pena arriscar? Mordi os
lábios sentindo a dúvida me invadir e a hesitação diminuir a cada segundo. A
vontade de ficar com Edward era mais forte do que qualquer outro sentimento.
- Vá se arrumando enquanto não chega a hora,
boba! – Ela piscou e entrou no banheiro.
Demorei alguns segundos sentada, ponderando
e pensando que, se meu pai realmente resolvesse me procurar, pelo menos colocaria
um fim naquela idiotice de guardar a minha virgindade. Já que ela nem existia
mais.
Quando Rose saiu do banho eu já estava com o
meu plano todo arquitetado, a lingerie mínima sobre a cama além de um roupão gigante
que me ajudaria a esconder os hematomas. Era só pedir para Edward manter a luz
desligada, por causa do meu pai e pronto, eu teria uma noite incrível nos
braços dele.
POV
EDWARD
Após o banho vesti uma calça de moletom e
uma camisa de algodão. A noite estava incrivelmente fria. Desforrei a cama,
deitei e apaguei o abajur que ficava ao lado. Ouvi uma batida tímida na porta. Pensei
em ignorar. Muito provavelmente era Irina e, com certeza, isso me renderia
muitos problemas. No entanto a pessoa do lado de fora foi mais ousada e abriu a
porta. Arrependi-me no mesmo instante de não tê-la trancado.
Ouvi o barulho da chave trancando e imediatamente
fiquei tenso. Então ela surgiu. Estava escuro e a princípio não a reconheci,
mas era impossível confundi-la com outra pessoa. Seu corpo magro e delicado,
seu jeitinho peculiar seus passos leves. Era Ela.
- Bella? –Sussurrei para o espectro parado diante
da cama.
- Oi – sua voz confirmou. – Não esperava
por mim?
Engoli em seco. Lógico que eu esperaria por
ela, ansiava por ela, mataria e morreria por ela, só não imaginava que ela
tivesse realmente coragem de derrubar a barreira construída por seu pai e fosse
tão ousada.
- Não está feliz em me ver? – Avançou. A
luz da noite clareou seu corpo. Cabelos escuros descendo pelo roupão de seda
branco. Ela estava perfeita.
- Claro que estou, mas...
- Mas? – Bella deu mais um passo em minha
direção e retirou o roupão. Eu conseguia ver apenas suas formas insinuadas pela
pouca iluminação. Estava quase que completamente exposta.
- Seu pai, Bella. Ele não vai gostar
nadinha. – Puta que pariu! Eu estava mais do que excitado. O proibido
definitivamente era mais gostoso. Em se tratando de Bella, incrivelmente
estimulante.
- Ele está dormindo Edward, se preferir eu
posso ir embora – ela fez menção de se afastar.
Uma porra que eu permitiria que ela fosse.
Não naquele momento. Nem naquela hora. Eu precisava dela em meus braços, de momentos
só nossos. Levantei, puxando-a pelo braço e jogando-a em minha cama.
Instantaneamente ela gemeu. Um gemido de
dor, não de prazer o que me fez recuar imediatamente. Isabella arfou um pouco e
tentou disfarçar procurando meus lábios. Para azar dela o estrago já havia sido
feito. Eu teria que descobrir a extensão dos seus ferimentos.
Alcancei o abajur antes que ela conseguisse
me impedir e acendi a luz. Fechei os olhos quando vi o que procurava. Ela
estava muito ferida. Hematomas arroxeados se espalhavam em seu braço e se
estendiam pelas costelas. Chequei suas pernas e vi os joelhos arranhados.
Sentei na cama e respirei fundo.
- O que aconteceu com você? – As palavras
saíram por entre os dentes. Não dava para disfarçar minha irritação.
- Eu caí do cavalo, também escorreguei
algumas vezes, e... – olhei em seus olhos com mágoa. Como não reparei antes?
- E?
- Acho que... – Bella desviou os olhos. –
Acho que o chão também machucou um pouco as minhas costas, não sei... Edward...
- Droga, Bella! Você estava machucada e
eu... Nós...
- Edward, por favor! Sem dramalhões. Não
foi nada demais. Eu sou muito branca. Um beliscão de nada me deixa marcada,
imagine uma queda, mas amor... – nossos olhos se encontraram. Eu me sentia
magoado, não com ela, com a situação e a minha falta de sensibilidade.
- Você está muito machucada. Eu...
- Edward, pare! Você não teve culpa de
nada, meu amor. Por favor, vamos nos esquecer disso e continuar. – Bella me segurou em seus braços e eu ri sarcástico.
- Continuar, Bella? Você está... Você está
péssima, dolorida, com hematomas por todo o corpo... E eu estou me sentindo
culpado pela metade dos seus ferimentos.
- Pare com isso Edward! Eu caí. Estava
chovendo e aquele... Aquele animal que você tanto ama me derrubou no chão e
depois foi embora sem esperar por mim – voltei a rir ainda muito irritado.
- Você caiu do cavalo Bella. Poderia estar
seriamente ferida. Pode ser que seus ferimentos sejam...
- Pare – ela apagou a luz e me olhou. –
Pronto. Acabou. O que os olhos não veem o coração não sente, não é o que diz o ditado
popular? – Ri, desta vez realmente achando graça.
- Deixe de bobagens. Vou pedir meu pai para
examiná-la. Droga, Bella!
- Não quero médico, quero ficar com você.
Sinto sua falta. Preciso de você.
- Não. Você está machucada, Bella.
Ela avançou, sentando em meu colo, colando
sua pele na minha e se movimentando e arrancando toda a minha capacidade de
raciocínio. Um gemido escapou de meus lábios e eu nem sabia onde podia tocar
sem machucá-la mais.
- Bella, não. Pare!
- Por favor! Eu preciso de você, Edward. E
você prometeu.
-
Prometi o que? – Ela roçou os lábios nos meus ao mesmo tempo em que seu sexo
roçava o meu. Droga! Eu a queria. Muito. Mas como?
- Continuar sendo o meu professor.
Continuar me ensinando – suas mãos corriam por baixo da minha camisa,
arranhando minha pele me estimulando ainda mais.
- Outro dia. Prometo – ela protestou e eu a
virei cuidadosamente sobre a cama. Bella não se deu por vencida prendendo as pernas
em minha cintura.
- Edward, por favor. Eu estou aqui agora.
- Toda arrebentada.
- E
excitada – eu podia ver aquele seu sorrisinho safado se prolongar no rosto
perfeito.
- É? – Puta merda! Como eu podia ser tão ordinário
ao ponto de desejar uma garota coberta de hematomas?
- Hum, hum! Muito! – Bella levantou os
quadris, rebolando em meu pau. Porra! Ela era muito safada.
- Não, Bella – mas meu inconsciente já
estava totalmente no modo “sim”.
- Eu quero tanto – beijou meus lábios com
tanta doçura e sensualidade que senti meu membro latejar.
- Porra, Bella. Não! Eu vou deixá-la mais
machucada.
- Vai, é? – O sorriso travesso e malicioso
estava lá. Ah eu poderia fazer tantas coisas com aquela boca.
- Vou. E se você continuar me provocando será
pior.
- Será? – Ela levantou minha camisa. Naquele
momento eu me dei conta de que o quarto estava quente demais. Abafado. Deixei
que a camisa caísse no chão sem sair de cima dela. Era pedir demais.
- Escuta Bella. Não acho que seja uma boa
ideia. Eu nem sei onde posso te tocar.
- Em todos os lugares. Eu sou todinha sua –
a diaba continuava se movimentando, roçando em meu pau ronronando como uma
gatinha manhosa implorando por carinho. Como resistir a ela?
- Ah! Bella, não faz assim, eu... Ah,
Bella! – Era impossível não gemer sentindo aquele corpo quente, gostoso e
sensual se esfregar em mim. E, verdade seja dita, eu estava doido para me
enterrar nela.
- Edward estou pegando fogo! – Suas
palavras saíram como uma deliciosa tortura.
- Eu vou te machucar. – Puta que pariu! Eu
não iria resistir.
- Não vai. É só fazer bem devagarinho – ela
se movimentou com cuidado, insinuando o que estava sugerindo.
- Devagar? – Entrei em seu jogo, aceitando
os seus movimentos e retribuindo com os meus. Sem conseguir mais lutar contra,
beijei seu pescoço suavemente e segurei no travesseiro ao invés de em qualquer
lugar do seu corpo.
- Ah! Sim, Edward. Bem devagar.
POV
BELLA
Pensei que Edward não me daria o que eu
desejava, então ele concordou e rapidamente caiu no meu jogo. Ele me tocou
apenas com os lábios e foi tão gostoso que meu sangue ferveu. Sua boca desceu
por meu pescoço e se alojou em meus seios provocando.
Como os dentes afastou o sutiã revelando
meus seios e liberando-os para seu prazer. Eu estava completamente úmida,
excitada e ansiosa. Queria descobrir um pouco mais do que Edward tinha para me
oferecer. Ir além das brincadeiras e da nossa iniciação. Queria conhecer o sexo
em toda sua plenitude e queria naquele momento.
Edward cumpria sua palavra. Estava sendo
lento e cauteloso. Angustiosamente lento. Deliciosamente lento. Com os dentes se
apoderou de um mamilo e puxou um pouco. Arrepiei por completo em sua boca. Mantendo-os
ali, roçou a ponta do bico com a língua, umedecendo-o. Gemi. Era impossível ficar
indiferente.
Repetiu no outro seio e depois alternou, um
de cada vez, sugando, lambendo, mordendo e me enlouquecendo até o limite. Com
era possível que ele conseguisse me deixar quase no ápice apenas com sua boca?
Lento porém implacável Edward os abandonou,
depositando um beijo suave em cada bico já sensível e intumescido, seguiu
descendo por minha barriga, se prolongando em meu ventre e alcançando... Ah!
Ele chegou lá. Entre as minhas pernas.
A princípio apenas me acariciou com a face.
Roçou a barba por fazer na junção entre minhas coxas e meu centro de prazer,
depositou beijos suaves pela sua extensão fazendo-me pensar que o mundo não
mais existia. Tudo havia evaporado, desaparecido, ficando apenas eu, Edward e a
cama. Então sua língua macia tocou meu sexo de leve.
Involuntariamente inclinei meu corpo em sua
direção. Eu não controlava os meus gestos, não tinha domínio sobre meus atos.
Apenas o queria e faria o impossível para tê-lo. Agarrei seus cabelos,
suplicando por mais, mais carícias, mais dele. Muito mais.
Decidido a me matar de ansiedade Edward se
afastou, beijando e mordendo minhas coxas. Contorci-me prendendo seus cabelos
entre meus dedos.
- Edward!
- Você está muito ansiosa, amor. Preciso ir
devagar ou vou te machucar. Controle-se!
- Não quero me controlar. Quero que você
perca o controle.
Ele riu, me deixando frustrada e continuou
a mordiscar minhas coxas, traçando um caminho tortuosamente lento. Contorci-me gemendo
baixinho toda a minha ansiedade.
- Quieta Bella! – Ordenou com a voz rouca.
Puta merda! Era excitante demais quando ele falava comigo com autoridade. Como
se estivesse pedindo que meu corpo incendiasse. E era o que acontecia. Não
consegui me controlar e me contorci toda quando senti que se aproximava cada
vez mais. – Quietinha! – Sussurrou.
Não podia. Era humanamente impossível.
Edward levantou um pouco, colocou um
antebraço em cada uma das minhas coxas abrindo-as até eu estivesse
completamente exposta, segurou minha cintura com suas mãos e me imobilizou.
Puta. Que. Pariu!
Era estranho, constrangedor, íntimo e...
Puta merda! Eu estava em chamas.
- Assim está bem melhor.
Não tive tempo de responder, pois naquele
mesmo instante, naquela fração de segundo em que eu procurava algum argumento,
seus lábios afoitos tocaram meu pontinho de prazer. Arfei, sentindo-me
deliciosamente impotente em sua boca e mãos.
Edward sabia o que fazia. Movimentava-se
como um mestre, um conhecedor do assunto, um verdadeiro professor. Seus lábios
se abriam e fechavam em sincronia, beijando e chupando de forma inegavelmente
perfeita, até para uma quase leiga, como eu.
- Ah, Edward! – De olhos fechados, me
permiti ser apenas sensações. Sentia seus lábios, sua língua ousada e insistente,
seus dentes provocadores pressionando minhas terminações nervosas. Ah!... Eu
não queria gozar daquela maneira. Não depois de ter experimentado a maravilhosa
sensação de tê-lo dentro de mim.
Nossas brincadeiras eram ótimas.
Esplêndidas. No entanto eu não queria me satisfazer com elas. Queria ele, todo
e completamente cravado dentro de mim. Queria as mesmas sensações da noite
anterior. De ser invadida, tocada por todos os lados. Senti-lo se movimentando com
determinação. Avançando e recuando sem cessar, indo muito mais além do que sua
língua era capaz.
- Edward, não! Pare! Assim não... Ah, assim
não, amor – eu não conseguia parar de gemer.
Como evitar o prazer que se espalhava em
seu corpo? Como desistir de algo tão gostoso e latejante que avança por suas
veias, causando alvoroço em suas células? Como se desfazer de um prazer quente
que lambe sua pele se apossando de tudo? Como parar a sensação daquela boca
habilidosa e incansável?
- Edward, eu quero você, eu quero...
- Goze Bella! – Seu hálito quente foi o
sopro que faltava para que meu barco ficasse a deriva. E eu me perdi em gozo,
sonhos, sensações e sentimentos, ainda sentindo seus lábios de fechando em meu
clitóris e sugando bem devagar, acompanhando os meus espasmos.
Um orgasmo, até onde eu entendia, era algo que
apesar de durar poucos segundos equivalia a um dia inteiro. Uma sensação e
satisfação, um formigamento, que podia ser leve ou intenso, geralmente
centralizado na região onde ele foi provocado, que normalmente era no sexo. Como
enquadrar este conhecimento ao que eu sentia quando Edward me lançava no espaço
com suas carícias?
Não havia comparação ente esta definição e
o que eu sentia. O meu prazer não era algo concentrado, ou localizado. A bem da
verdade tudo começava no meu sexo, mas era como uma bomba atômica. Todo meu
corpo sentia os efeitos. Iniciava naquela região e em seguida todas as células
ficavam em alerta máximo. Um tumulto geral e então explodia. Explodia
realmente, com chamas que lambiam cada parte da minha pele, explorando todas as
terminações nervosas, arrancando de mim qualquer coerência, qualquer
equilíbrio, me atirando no vazio, no nada. Eu sentia um formigamento intenso.
Flutuava sentindo o prazer se estender por meu ventre, meus seios, minha
garganta. Cegava meus olhos, tampava meus ouvidos, imobilizava minhas pernas e
braços, deixando-me completamente entregue.
Esta era a sensação de um orgasmo com
Edward.
Nem tive tempo de me recuperar.
Quando abri os olhos encontrei os dele, pairando
acima de mim, encarando, aguardando. Delicadamente ele se curvou ao meu
encontro e, quando seus lábios encontraram os meus, senti seu membro pedindo
passagem. Eu ainda estava voltando ao controle do meu corpo, as células ainda
se reagrupando, a mente desanuviando quando o mar de sensações voltou a me
atingir, bastou entender que ele me invadiria, para que me contorcesse toda. Eu
era normal? Não tenho ideia. Só sei que o desejo voltou como uma onda
gigantesca afogando qualquer resquício de cansaço.
Ah, Edward!
Retribuí o beijo e permiti que ele entrasse
em meu corpo úmido pelo gozo e pela excitação. Edward gemeu ao adentrar as
minhas paredes apertadas, mesmo com a lubrificação extra. Seus movimentos eram
lentos e contidos, o que não me deixou frustrada. Eu precisava desse tempo de
recuperação, gemi em resposta a suas investidas, cada vez mais intensas,
profundas e gostosas.
Ele se ajeitou entre minhas pernas e se
afundou um pouco mais. Gemi mais alto e me segurei em suas costas, deixando
minhas unhas brincarem com sua pele. Ele buscava meus lábios, provava-os, se
afastava e se aprofundava, entrava, parava um pouco buscando minha aceitação e
movimentava os quadris num rebolado sensual, depois saía até quase o seu
limite, para logo depois reiniciar.
Surpresa entendi que meu corpo reagia como
se não tivesse acabado de ter um orgasmo. Ele simplesmente se preparava para
mais um, com mais intensidade e desejo há minutos atrás. Foi estranho,
assustador, e ao mesmo tempo delicioso descobrir esta capacidade peculiar do
meu corpo.
Edward continuou se movimentando lentamente,
uma deliciosa e atormentadora lentidão. Cada estocada demorava o tempo exato
para que cada parte do meu íntimo fosse tocada por seu pênis que roçava as
minhas paredes, se encaixando com precisão e causando formigamento por todo o
meu ventre. Ele gemia baixinho de forma perfeita para minha mente reagir.
Sem pensar duas vezes, quando Edward saiu
quase que completamente de dentro de mim e iniciou lentamente sua volta me
movimentei em sua direção, forçando-o a entrar com vontade e se apossar de mim
com mais determinação. Ele segurou na cama com força, impedindo que seu corpo
caísse sobre o meu e parou ofegante.
- Porra, Bella! – Rosnou da maneira mais
sensual possível. Meu corpo vibrou.
Nossos olhos se encontraram e eu sorri
provocando. Aproveitei sua fragilidade e rebolei. Ok. Era muito cedo para saber
a forma exata de dar prazer a um homem experiente como Edward. Precisaria de
muitas aulas ainda e esperava que fossem muitas mesmo, mas eu já tinha tido
experiência de sobra com ele para saber que rebolar era uma maneira de
desarmá-lo, torná-lo vulnerável, por isso, com ele dentro de mim, movi meu
corpo e, sem que ele se mexesse, comecei a rebolar de forma a recebê-lo e
expulsá-lo.
- Oh, droga! Calma, amor, assim você...
Ah!... Bella, eu não quero te machucar, devagar – ele gemia e me deixava agir,
com a testa em meu pescoço, os lábios roçando minha pele e as mãos, antes
cautelosas, apertando minha cintura para acentuar os movimentos. – Amor, assim
você vai me deixar louco.
E eu me movia forçando sua entrada,
rebolando quando nossos corpos se juntavam o que causava um atrito
incrivelmente delicioso com o meu clitóris já sensível, prendendo seu corpo ao
meu com as mãos e deixando que as suas me conduzissem no ritmo desejado.
- Ah, Bella! Sua doidinha. Desse jeito eu
vou te machucar – ele passou uma mão por meu pescoço, segurando meu rosto em
direção ao seu e me beijou intensamente.
Um beijo feroz, carregado de paixão que
atiçou mais fogo ao meu corpo. Então se deitou sobre mim seu peso limitava meus
movimentos impedindo-me de continuar com a mesma velocidade. O beijo foi
perdendo a força e acabou. Ele recomeçou lento e angustiante.
- Eu disse devagar, Bella. Não quero deixá-la
mais machucada. Seja boazinha e colabore – enquanto falava, distribuía beijos
em meu peito e acariciava minha pele, dos seios à cintura, descendo ao quadril
e refazendo o percurso. Nossa! Eu estava em brasas.
Tentei desobedecer e forcei meu quadril
para cima, ele me segurou com força, limitando meus movimentos. Tudo bem, eu
estava sendo uma garota rebelde e no fundo Edward tinha razão. Lento também era
gostoso e ele já tinha saciado parte do meu desejo então porque não fazer como
ele pedia. Permiti que ele me dominasse e recomeçamos.
- Isso Bella! É assim que eu quero você – e
ele se perdeu em mim.
Com movimentos controlados, o corpo deitado
sobre o meu, ele me invadia com cuidado, me acariciava, brincava com meus seios
e me deixava em êxtase.
Todas as vezes que avançava, eu o sentia me
tocando em todos os pontos, invadindo, forçando e simultaneamente friccionando
meu pontinho de prazer que se manifestava, causando a mesma sensação maravilhosa.
Em pouco tempo eu estava pronta. Prestes a me entregar a mais um orgasmo.
Edward continuava lento, gemendo, baixinho como
se estivesse saboreando cada segundo. Seus lábios me tocavam, roçavam minha
pele, me exploravam. Suas mãos me apertavam, tomavam e dominavam ditando as
regras. Seu quadril rebolava num movimento pertencente apenas a Edward, me
deixando mais sensível a cada investida.
Senti que ele estremeceu mas tentava se
controlar. Eu não queria mais o controle, queria me perder, me afundar naquele
mar de sensações, terminar com aquela tortura.
- Vamos lá – ele sussurrou em meu ouvido,
cravando os dentes em meu lóbulo. – Goze comigo! – Como não obedecer?
Edward tinha o controle remoto da minha
mente. Bastava uma ordem, um pedido e o meu corpo obedecia. Ele disse: Goze
comigo. E foi o que eu fiz. Estremecendo e em convulsão nos seus braços, sentindo-o
se entregar e me inundar com seu gozo.
- Eu amo você! – O ouvi dizer, com a voz
rouca e apaixonada entrecortada pelo prazer.
- Eu também amo você, Edward! – Meu corpo
já estava nas nuvens e nem tenho certeza se ele me ouviu dizer ou se as
palavras realmente saíram de meus lábios.
8 comentários:
Tô adorando a história... qdo vamos ter um novo capítulo?
Não teremos novos capítulos?
Novidades de novos capítulos???
Teremos atualização da fic?
Oi! Adorei a história! Vi que postou no wattpadd também, mas tanto lá, quanto aqui estão sem final.. não vai postar mais? To morrendo de curiosidade, doida por mais, hahaha.
Beijos
Tati cade a continuação estou aflita pra saber como termina ;)
Atualiza por favor sei que esta corrido poe causa de #CEO3 mais colabora com a gente.
Bjs sua linda
Tati, por favorrrrrrr quero mais...
aaaaaaaaaamei eu lia essa historia na fanfic mais não tem mais ela, ai fiquei dias casando ate que me lembrei de outro livro seu que estou tentando faz meses compra lo função ceo da descoberta do prazer eu tbm lia ela na fanfic
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