Oi pessoal! Resolvi que posso usar esta página para conversar um pouco
mais com vocês sobre os meus trabalhos e acredito que será bastante divertido
passarmos um tempo aqui juntos. Por isso a partir deste mês vou postando aos
poucos algumas partes de tudo o que eu for criando. Claro que não posso
garantir que o texto será exatamente como estará aqui, pois como todos sabem o
autor precisa voltar muitas e muitas vezes em seus textos (eu detesto esta
parte, confesso). O que vou publicar hoje é a primeira versão de uma parte do
meu trabalho atual “Função CEO – A descoberta do prazer”. É uma parte contada
por Robert (o personagem principal). Espero que gostem. Bjs
“Sozinho em minha sala, pude voltar a minha pequena briga com Tanya no
dia anterior por telefone. Ela nunca me deixaria livre disso. Todos os dias da
minha vida eu seria punido pelas minhas escolhas. Mesmo tendo tudo arrancado de
mim. Mesmo não havendo esperança para a felicidade. Mesmo eu transformando a
minha vida neste campo de batalha que era conviver com meu próprio passado. Não
havia esperança para mim e teria que conviver com isso. Todos os dias eu tentava
apagar as lembranças com conversas animadas, bebidas no fim da tarde e uma ou
outra noite uma mulher qualquer em minha cama, mas quando o sol ia embora e
quando eu me encontrava sozinho em meu quarto era impossível me esquecer de
cada palavra que disse e de cada escolha que fiz. Tudo isso me condenava à
escuridão eterna que era estar dentro de mim. Isso ninguém seria capaz de
enxergar, ninguém seria capaz de desfazer.
Eu não ouvi o elevador chegando, mas vi a movimentação na recepção e
logo supus que era ela. Imediatamente liguei a câmera que me mantinha ligado a
tudo o que acontecia em minha sala, assim pude observá-la sem precisar de tanto
tato. Dei o zoom adequado e fechei a imagem nela. Estava desgrenhada, apesar do
esforço para recompor a imagem. Ofegava. Eu podia ver as curvas de seus seios
subindo e descendo devido à respiração acelerada. Seus olhos tímidos me
avaliaram. Não consegui identificar se o rubor em seu rosto era pelo esforço ou
pela vergonha. Estava maravilhosamente sexy. Melissa parecia inocente, mas seus
olhos deixavam claro para mim que ela não o era. Precisava apenas de um pequeno
empurrão. Não seria eu a dar.
- Srta. Simon – vamos acabar logo com isso.
Ela entrou em minha sala. Cuidei de fingi estar analisando alguma coisa
em meu computador. Na verdade, troquei a câmera para poder assisti-la daquele
ângulo. Ela estava realmente muito assustada. Peguei as folhas de papel que
Nicole tinha me entregado e fingi estar analisando-as, olhando de tempos em
tempos para ela através da minha tela do computador.
Ela era bastante atenciosa. Olhava para tudo. Analisava a sala, o
ambiente. Tudo o que seus olhos conseguiam alcançar. Estava impaciente. Ansiosa
por algo. Repentinamente me senti ansioso também. Era como se existisse uma
necessidade em mim de falar algo. Fiquei incomodado.
- Quando acabar com a inspeção... – Sentia vontade de confrontá-la. Queria
realmente vê-la fugir. Sua atenção voltou para mim. Seus olhos eram choque
puro.
- Desculpe-me! – Ah não! Ela era a típica garota submissa, vulnerável.
Uma garotinha assustada e totalmente hipnotizada por mim. Era uma presa fácil.
Eu tinha que tira-la dali o quanto antes.
- Não é o suficiente. A senhorita agora trabalha para um CEO. É
importante que esteja atenta a todas as necessidades deste setor. Deve estar à
disposição – este era o meu discurso tradicional. Nas minhas empresas todos os
funcionários deveriam estar à disposição, por isso chegavam antes e colaboravam
para o funcionamento geral da organização.
- Sinto muito – Completamente submissa. Ela mordeu os lábios e desviou o
olhar. Eu poderia fazer o diabo com esta menina. Eu queria fazer isso?
- Está atrasada – Precisava fugir dos meus pensamentos. Ela não era
forte o suficiente para mim. – Eu disse em dez minutos. A senhorita chegou aqui
em treze. São três minutos de atraso. Sem contar que deveria ter se apresentado
com meia hora de antecedência, para que Alexa e Nicole pudessem instruí-la
adequadamente. – Enquanto eu falava ela enrijecia. Seus olhos atentos e
espertos me fuzilavam. Oh! Uma mudança significante. Inclinei para frente
analisando-a diretamente, sem utilizar as câmeras. Até onde ela aguentaria?
- Eu não sabia – Vamos lá Melissa! O que você pode fazer por mim? O que
você é? Frágil ou forte?
- Não toleramos atrasos nesta empresa, Srta. Simon, a Srta. Nicole irá
lhe explicar melhor à noite quando, estiver fazendo o papel de sua babá,
enquanto perde uma reunião em família. Espero que esteja grata a ela por isso e
que, da próxima vez perceba, que seu atraso acaba sendo problema de todos aqui
– Era isso. Eu podia ir além. Podia força-la um pouco mais. Sabia que depois de
agora ela poderia ir embora chorando ou me enfrentar e me mostrar do que
realmente é capaz. – E agora a senhorita está me fazendo perder ainda mais
tempo. As agendas – respondi depois de entender seu olhar perdido. Ela iria
chorar, com certeza. Seria divertido e Nicole me mataria.
Pela câmera a vi andar cansada até a mesa e pegar as agendas. Voltou se
arrastando ainda mais parando a aminha frente. Não a deixei continuar. Era
interessante quando ela era contrariada. Seus olhos se apertavam e ela mordia
os lábios além de poder ver a sua respiração acelerar o que possibilitava
assistir as suas curvas dos seios dançando.
- Srta. Simon, a senhorita tem voz? Pensei que apenas se comunicava com
os olhos assustados – Ri deliciado com a minha atuação. Sugeri que ela
sentasse. Podia senti-la caindo e tremendo. Era melhor sentar. – Acredito que
não houve tempo para Alexa ensiná-la como proceder quando chego à empresa –
Alexa tinha feito o que era possível.
- Não, Srº Carter – outra vez submissa, mas seu queixo se empinou. O que
é você Melissa? Vi-me ansioso demais para descobrir.
- Preciso saber o que tem agendado – Desviei outra vez a minha atenção.
Não queria vê-la daquela forma. Ela começou a falar dos meus compromissos. Tão
diferente de Abgail que era completamente sistemática. Melissa era algo mais
que não me deixava descobrir. Ela escondia algo. Tinha muito mais dela que não
transbordava. Eu queria que transbordasse. Queria descobrir o que existia no
seu mais intimo. Resolvi provocar um pouco mais. - Começamos sempre pela agenda
preta, Srta. Simon. – Passei as mãos pelos cabelos espantando os pensamentos.
Eu não podia envolvê-la nisso.
- Desculpe-me! – Não. Não. Não. Não faça isso Melissa.
- Não se desculpe Srta. Simon. A agenda preta, por favor! – Falei com
indiferença, desgostoso com a complexidade que era a personalidade dela.
Melissa era o inexplicável.
- Reunião às 15:00h com representantes brasileiros.
- Hum! – Já que teríamos que fazer isso, faríamos da forma certa. - A
senhorita fala português? – que importância tinha isso. Abgail com certeza já
tinha contratado o interprete, como sempre fazia. Por que eu sentia esta
necessidade descabida de descobrir tudo sobre ela?
- Não – Ah Melissa! Você me dá mais e mais motivos para te pressionar.
- Como poderá me acompanhar a esta reunião se nem ao menos entenderá o
que eles vão dizer? – Que bobagem. Ela nem precisaria passar por isso.
- Eu falo espanhol – quase ri.
- Quando chegar à reunião vai entender que é um absurdo achar que pode
entender português apenas porque sabe espanhol. Qual o nosso horário de saída? -
Ela não respondeu. Seu olhar suplicava por ajuda indo da agenda em suas mãos
para mim e de mim para a agenda. Seria destruída ali dentro. Muito fraca, como
eu havia pensado. – Onde será a reunião, Srta. Simon? – Com certeza esta
informação estava anotada na agenda. Abgail era muito eficiente. Melissa
pareceu satisfeita em encontrar a informação correta. - Iremos de carro? –
Voltei a observá-la pelo computador. Eu estava muito curioso, mas não devia
encará-la. Ela desmontaria se eu fizesse isso.
- Onde posso encontrar essa informação? – não consegui segurar o riso.
Como eu saberia onde encontrar esta informação? Muito provavelmente iríamos de
carro. Não utilizávamos o helicóptero com tanta frequência. Ainda mais para um
local tão perto. Passei as mãos pelo cabelo mais uma vez. Eu não devia ter
feito esta pergunta. A coitada se partiria em mil pedaços. Sem conseguir evitar
forcei um pouco mais a minha pressão nela.
- Srta. Simon, o que está fazendo aqui? – seu rosto ficou inteiramente
vermelho e ela recomeçou a morder os lábios. Aquilo era sexy. Muito sexy. E ela
estava quase chorando. Era a hora de sair correndo. – Como veio parar neste
cargo? – Para minha total surpresa Melissa reagiu. Ela não saiu correndo e
chorando como eu esperava. Seus olhos se estreitaram, sei queixo se empinou. Eu
me senti realmente ameaçado. Uma criatura tão pequena e frágil se fazia valente
a minha frente. Agora sim eu saberia o que ela é.
- Fui contratada por causa da minha formação, Srº Carter. Sou formada em
economia e possuo um excelente currículo a respeito da minha evolução
acadêmica. Não falo português, falo fluentemente espanhol, francês e alemão e,
isso já deveria ser suficiente para qualquer empresa. Possuo experiência na
área em que estou tentando atuar desde que cheguei aqui, porem não tenho como
adivinhar a forma como a empresa funciona porque nada me foi apresentado... –
parei de ouvir o que ela dizia a partir daí.
Eu apenas olhava a forma como ela se expressava. Como defendia o seu
direito ao cargo. Era isso o que eu queria, isso o que precisávamos aqui. Ela
era forte. Apenas se escondia atrás da imagem de menininha frágil e que merecia
cuidados. Melissa era admirável. Fiquei alarmado neste momento, quando
constatei que eu estava tendo uma ereção. Eu estava deliciado a tal ponto que
não tinha conseguido impedir a minha reação física. Desejava Melissa Simon e
não poderia desejar. E então ela saiu da sala, batendo os pés e indicando que
estava indo embora. Eu não podia deixar que ela fosse. Não desta forma.”
1 comentários:
Essa cena é impagável! Acredito que foi nesse momento que ele se deu conta da mulher que estava em sua frente!
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