- Melissa! Você já sentiu vontade de tocar em algo que sabe ser
proibido? Já teve o desejo irresistível de experimentar algo que sabe não ser
socialmente ou eticamente correto? Algo tão proibido, no entanto tão desejável
que poderia te destruir?
Era exatamente assim que eu a via naquele momento. Não era apenas uma
mulher ou uma peça do jogo. Era talvez a carta que poderia me derrubar ou me
ajudar a derrubar Tanya.
- Sim.
Como imaginei. Melissa era minha. Se um dia Tanya pensou em utilizá-la
nesta guerra, escolheu a pessoa errada.
- Então... Melissa. É melhor você
ir embora, ou então eu seria tentado a aceitar a sua ajuda, mas do meu jeito.
Lógico que aquele não era o momento para isso e eu precisava realmente
que ela fosse embora que pudesse colocar em prática o meu plano. Aquele
acontecimento serviu como combustível para as minhas ações. Era necessário
começar a arrumar o terreno para mais este golpe. Deixei que ela passasse por
mim. Coitada! Tão assustada e desnorteada. Quase ri.
Assim que o elevador desceu, corri para meu computador, impaciente e
ansioso por mais informações, além de desejar saber como ela se comportaria
após tudo o que passamos nos últimos minutos.
Para minha surpresa ela estava ao telefone. Será que com Tanya? Sua
agitação era nítida. Ela estava incomodada com algo. Com certeza estava
passando os últimos acontecimentos. Mas isso também poderia ser útil. Se Tanya
acreditasse que meu único interesse em Melissa era como amante seria ainda mais
fácil. Sorri satisfeito.
Quando ela desligou a ligação estava ainda mais frustrada e confusa.
Parecia estar também um pouco irritada. Perdi sua imagem tão logo a porta do
elevador abriu deixando-a escapar de meus olhos. O que não me agradou em nada.
Peguei o telefone, meu celular, pois não usava o telefone da empresa
para coisas pessoais, principalmente coisas como a que faria agora, e aguardei.
- Deixe-me adivinhar, Você precisa que eu investigue alguém – Tom
atendeu com a voz cansada.
Tom Cornell é um investigador, mais precisamente, é o meu investigador
pessoal. Seus últimos dois anos foram dedicados exclusivamente as minhas
necessidades. Graças a ele e a sua equipe eu estava conseguido estar sempre há
um passo na frente de Tanya.
- Isso é um problema para você? – ele bocejou.
- Não. Seu dinheiro sempre é bem vindo – Riu sarcasticamente. – de quem
estamos falando?
- Melissa Simon.
- Melissa Simon. OK. Quem é ela? – ele ficou mais atento, assumindo o
tom profissional.
- Isso é você quem vai me dizer.
- E de onde você tirou este nome?
- É a minha nova secretária.
3 comentários:
Amo esses momentos! Saudades desse ceo!
Muito denso e interessante o ponto de vista do CEO!
Nossa super interessante..
Beijos!
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